Fundos de Pensão - Fipecafi
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EMPRESAS AMERICANAS COMPENSAM PERDAS DA MIGRAÇÃO . CD CD VERSUS VERSUS BD<br />
BD<br />
Sofisticação nos CDs<br />
O crescimento do número <strong>de</strong> planos CD, no<br />
entanto, traz um ponto positivo e que é unanimida<strong>de</strong><br />
nos discursos dos especialistas: o maior<br />
comprometimento e empenho do participante na<br />
construção <strong>de</strong> suas reservas previ<strong>de</strong>nciárias. Pesquisa<br />
da Buck Consultants com 255 empresas<br />
<strong>de</strong> médio e gran<strong>de</strong> porte, e integrantes das indústrias<br />
<strong>de</strong> entretenimento, transportes, serviços<br />
e educação, entre outras, registrou que 69,5%<br />
buscou aumentar a comunicação com os participantes<br />
<strong>de</strong> seus fundos <strong>de</strong> pensão, 65% passaram<br />
a oferecer cursos <strong>de</strong> educação financeira e<br />
47,8% tornaram disponíveis ferramentas facilitadas<br />
para alocação <strong>de</strong> investimentos, quando da<br />
implantação <strong>de</strong> seus planos CD.<br />
Nessa linha, 32,6% estudam, em um futuro<br />
próximo, introduzir planos ‘ciclo <strong>de</strong> vida’ para<br />
seus participantes, enquanto 35,8% querem ter<br />
um time <strong>de</strong> técnicos que possam dar conselhos<br />
práticos sobre a gestão dos portfolios <strong>de</strong> investimento<br />
para participantes que não são público<br />
assíduo nos cursos – muitas vezes chatos – <strong>de</strong><br />
educação financeira.<br />
BDs longe do fim<br />
Segundo o estudo da Watson Wyatt, embora<br />
um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> companhias tenha optado<br />
por oferecer somente planos CD para seus funcionários,<br />
uma parcela consi<strong>de</strong>rável das empresas<br />
estudadas ainda proporciona planos BDs para<br />
os recém-contratados ou, ainda melhor, não <strong>de</strong>scartam<br />
a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> institui-los no futuro.<br />
Uma forma que as companhias encontraram,<br />
durante os últimos anos, para se manter leais ao<br />
mo<strong>de</strong>lo do benefício <strong>de</strong>finido, mesmo buscando<br />
um <strong>de</strong>senho que enxugasse riscos, foi converter<br />
seus planos tradicionais para híbridos.<br />
“Aproximadamente um quarto, ou 24% das companhias<br />
ouvidas adotaram um plano híbrido durante<br />
o período. As conversões para esse tipo <strong>de</strong><br />
plano aceleraram-se no final dos anos 1990, mas<br />
<strong>de</strong>caíram a partir do início do ano 2000, por conta<br />
do aumento nas incertezas nos ambientes le-<br />
gais e regulatórios”, nota o levantamento.<br />
Apesar da queda, a oferta <strong>de</strong>sses planos está<br />
longe <strong>de</strong> terminar. É o que explica a diretora da<br />
Buck Consultants, Susan Rosenbleeth. “Certas<br />
indústrias, como a automobilística, <strong>de</strong> aviação e<br />
manufatureira <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre priorizaram os planos<br />
BDs e, mesmo com a pressão sobre os custos,<br />
não há nada que sinalize que esses segmentos<br />
<strong>de</strong>ixarão essa tradição <strong>de</strong> lado”, diz. A explicação<br />
é histórica, segundo ela.<br />
No Brasil ainda não existe a<br />
tendência para elaborar<br />
compensações em planos CD<br />
Os planos BD começaram a ganhar popularida<strong>de</strong><br />
durante e mesmo após a Segunda Guerra<br />
Mundial, como forma <strong>de</strong> aumentar os benefícios<br />
aos empregados, em uma época <strong>de</strong> salários controlados.<br />
Vale lembrar, no entanto, que muito antes<br />
da guerra, os planos <strong>de</strong> previdência corporativos<br />
já começavam a pipocar; o primeiro plano<br />
privado dos EUA foi criado pela American<br />
Express para seus funcionários, em 1875, segundo<br />
informação do Fe<strong>de</strong>ral Deposit Insurance<br />
Corporation (FDIC), agência governamental<br />
americana responsável pela supervisão <strong>de</strong> instituições<br />
financeiras locais.<br />
Nessa linha, com o aumento dos preços dos<br />
bens e a impossibilida<strong>de</strong> dos empregadores elevarem<br />
os salários <strong>de</strong> seus funcionários, por conta<br />
da guerra, as empresas passaram a oferecer<br />
renda diferida, na figura <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> aposentadoria.<br />
E, como esses benefícios aos empregados<br />
começaram a ser lugar comum, acabaram<br />
tornando-se ferramenta <strong>de</strong> barganha para os sindicatos,<br />
permitindo às companhias negociarem<br />
pagamentos futuros ao invés <strong>de</strong> aumentos <strong>de</strong> salários<br />
imediatos, mesmo quando as restrições<br />
salariais causadas pela guerra já faziam parte do<br />
passado. “Historicamente, a maioria dos trabalhadores<br />
cobertos por planos BDs ten<strong>de</strong>m a ser<br />
sindicalizados, e pertencentes à indústria <strong>de</strong> trans-<br />
ABRIL 2008 41