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Relatório_Acidentes Mortais em GIFs 2013.pdf

Relatório encomendado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) ao Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais - ADAI/LAETA do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade de Coimbra, com o fim de apurar as causas que levaram aos acidentes que provocaram a morte a 9 bombeiros.

Relatório encomendado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) ao Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais - ADAI/LAETA do
Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade de Coimbra, com o fim de apurar as causas que levaram aos acidentes que provocaram a morte a 9 bombeiros.

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Universidade de Coimbra Os Incêndios Florestais de 2013<br />

perturbações significativas nos últimos 5 anos. Verificam‐se situações pontuais de perturbação pelo fogo <strong>em</strong><br />

pequenas áreas ardidas entre 5 e 10, e entre 15 e 20 anos e uma área considerável que não regista qualquer<br />

perturbação há 25 ou mais anos.<br />

Figura 14 – Anos desde o último incêndio (1975‐2012)<br />

Um regime de fogo tão baixo <strong>em</strong> algumas zonas da área ardida, associado ao abandono progressivo da<br />

atividade agrícola, traduziu‐se numa elevada acumulação de combustíveis de superfície. Herbáceas e matos<br />

são os complexos combustíveis que mais rapidamente se instalam após o abandono da atividade agrícola e<br />

que ficam disponíveis para arder. Pela análise efetuada facilmente se constata que estavam reunidas as<br />

condições para que o incêndio logo no seu ponto de início tivesse uma progressão rápida e muito intensa.<br />

2.3. Ambiente do Fogo<br />

2.3.1. Topografia<br />

A topografia é um parâmetro de extr<strong>em</strong>a importância no comportamento do fogo. A morfologia do<br />

terreno (Figura 9) pode ter um efeito drástico no aumento da velocidade e direção da sua progressão. T<strong>em</strong><br />

também um papel importante na ocorrência de focos secundários, tal como se verificou neste incêndio <strong>em</strong><br />

que terão ocorrido projeções na ord<strong>em</strong> dos 3km de distância.<br />

As características da topografia que mais influenciam o comportamento do fogo são a exposição e o<br />

declive. A exposição, ou seja, a orientação das encostas relativamente à posição do sol, determina a<br />

quantidade de radiação solar recebida pelos combustíveis florestais à superfície e, consequent<strong>em</strong>ente,<br />

influencia significativamente o seu teor de humidade.<br />

Em grande parte da história deste incêndio os vales são abertos e paralelos à direção média do vento,<br />

principalmente ao que ocorreu no dia 9.<br />

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