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és reprovado; porque o Senhor corrige a qu<strong>em</strong> ama e açoita a todo filho a qu<strong>em</strong> recebe. É para<br />
disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?<br />
Mas, se estais s<strong>em</strong> correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e<br />
não filhos.<br />
O sofrimento produz perseverança. Tiago disse:<br />
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo<br />
que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança<br />
deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, <strong>em</strong> nada deficientes (Tg 1.2-4).<br />
Pedro afirma:<br />
Ora, o Deus de toda a graça, que <strong>em</strong> Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de<br />
terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar<br />
(1 Pe 5.10).<br />
O sofrimento no ensina a odiar o pecado. Os salmos imprecatórios são o clamor de Davi pela<br />
vingança de Deus sobre seus inimigos. Após suportar muito sofrimento, Martinho Lutero<br />
admitiu que havia adquirido uma afeição especial por estes salmos. O sofrimento o ensinara a<br />
compartilhar do ódio de Davi pelo pecado.<br />
Ao observar Maria, chorando pela morte de seu amado irmão Lázaro, Jesus "agitou-se no<br />
espírito e comoveu-se" (Jo 11.33). Ele se irou com a dor e o pesar que o pecado havia infligido à<br />
família de Lázaro.<br />
O sofrimento promove a auto-avaliação. Quando as circunstâncias são boas, é fácil louvar ao<br />
Senhor e sentir-se otimista sobre a vida <strong>em</strong> geral. Quando os probl<strong>em</strong>as vêm, s<strong>em</strong>pre nos<br />
tornamos impacientes com Deus e questionamos sua graça e sua soberania. Em tais ocasiões,<br />
somos forçados a cont<strong>em</strong>plar as profundezas dos nossos corações e lidar com <strong>nossa</strong> falta de fé.<br />
Estes pod<strong>em</strong> ser t<strong>em</strong>pos preciosos de profundo crescimento e descoberta espiritual.<br />
O sofrimento esclarece <strong>nossa</strong>s prioridades. Em t<strong>em</strong>pos de prosperidade, nossos corações<br />
pod<strong>em</strong> ficar divididos e <strong>nossa</strong>s prioridades confusas. Deus advertiu os israelitas a se guardar<strong>em</strong><br />
contra isso, quando entrass<strong>em</strong> na Terra Prometida (Dt 6.10-13). O sofrimento que nos sobrev<strong>em</strong><br />
reverte para Deus a atenção que damos ao mundo.<br />
O sofrimento nos identifica com Cristo. Sofrer por causa do Senhor é uma marca distintiva de<br />
todos os verdadeiros crentes. Paulo ensinou a Timóteo que "todos quantos quer<strong>em</strong> viver<br />
piedosamente <strong>em</strong> Cristo Jesus serão perseguidos" (2 Tm 3.12); e aos crentes de Tessalônica, ele<br />
escreveu: "Tanto é assim, irmãos, que vos tornastes imitadores das igrejas de Deus existentes na<br />
Judéia <strong>em</strong> Cristo Jesus; porque também padecestes, da parte dos vossos patrícios, as mesmas<br />
cousas que eles, por sua vez, sofreram dos judeus, os quais não somente mataram o Senhor<br />
Jesus e os profetas, como também nos perseguiram, e não agradam a Deus, e são adversários de<br />
todos os homens" (1 Ts 2.14-15).<br />
Em Gálatas 6.17, Paulo declara: "Trago no corpo as marcas de Jesus". Ele recebeu <strong>em</strong> seu<br />
corpo feridas causadas por pessoas cujo alvo era atacar a Cristo. Paulo considerava um<br />
privilégio o sofrer por Cristo, pois desejava compartilhar da comunhão dos sofrimentos de<br />
Cristo (Fp 3.10).<br />
O sofrimento encoraja outros crentes. Freqüent<strong>em</strong>ente Deus usa o sofrimento de um crente<br />
para encorajar e fortalecer outros crentes. A reação dos cristãos <strong>em</strong> Tessalônica às tribulações foi<br />
um ex<strong>em</strong>plo para os crentes <strong>em</strong> toda a Macedônia e Acaia (1 Ts 1.6-7). O primeiro<br />
aprisionamento de Paulo resultou <strong>em</strong> maior progresso para o evangelho, porque deu a outros<br />
crentes ousadia para "falar com mais desassombro a palavra de Deus" (Fp 1.14).<br />
O sofrimento pode beneficiar os incrédulos. Muitos incrédulos são pessoas eleitas que ainda<br />
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