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nossa suficiência em cristo - john macarthur jr..pdf

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Digo isto com tristeza, mas, na minha opinião, é verdade que, <strong>em</strong> uma época quando as<br />

oportunidades para a igreja de Jesus Cristo fazer real progresso nunca foram tão boas, um<br />

analfabetismo teológico, que evoca o surgimento da heresia total, t<strong>em</strong> permeado a igreja. Tal<br />

analfabetismo tanto pode ser atribuído aos pastores apóstatas quanto à completa falta de<br />

pregadores evangélicos teologicamente b<strong>em</strong> preparados, capazes de corrigir os males que<br />

aflig<strong>em</strong> a igreja.<br />

Não me entendam mal. Não há escassez de pregadores. Mas a pergunta contundente é:<br />

quantos, de fato, estão teologicamente qualificados para ministrar nos dias de hoje?<br />

Ele adverte os pregadores:<br />

Façam aliança com Deus para aprender, da revelação que Ele escreveu para sua igreja, tudo<br />

que puder<strong>em</strong> sobre o que os homens dev<strong>em</strong> crer a respeito de Cristo e de sua grande salvação...<br />

e quais os deveres Deus requer deles. Façam aliança com Deus para pregar à igreja aquilo que<br />

Deus lhes ensina, l<strong>em</strong>brando que Cristo ama a igreja e morreu <strong>em</strong> favor dela. Tal pregação<br />

promoverá a saúde da igreja e capacitará seus filhos para aquelas boas obras que Deus mesmo<br />

ordenou para eles. E, enquanto acontece o crescimento que só Deus pode dar, regu<strong>em</strong> com<br />

fervorosa oração o trabalho feito para Ele, a fim de que vocês sejam usados para plantar e<br />

nutrir a s<strong>em</strong>ente da Palavra nas almas de homens necessitados. 26<br />

A pregação evangélica t<strong>em</strong> de refletir <strong>nossa</strong> convicção de que a Palavra de Deus é infalível<br />

e inerrante. Muito freqüent<strong>em</strong>ente ela não reflete. De fato, há uma tendência, no sist<strong>em</strong>a<br />

evangélico cont<strong>em</strong>porâneo, para nos distanciarmos da pregação expositiva e doutrinária e nos<br />

movermos <strong>em</strong> direção a uma pregação pragmática, superficial, tópica e centrada na experiência.<br />

Os freqüentadores da igreja são vistos como consumidores para qu<strong>em</strong> se t<strong>em</strong> de vender<br />

algo que eles gost<strong>em</strong>. Os pastores têm de pregar o que as pessoas quer<strong>em</strong> ouvir, <strong>em</strong> vez de<br />

pregar<strong>em</strong> aquilo que Deus quer que seja proclamado.<br />

Esta é a questão que Paulo abordou <strong>em</strong> 2 Timóteo 4.3-4: "Pois haverá t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que não<br />

suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias<br />

cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade,<br />

entregando-se às fábulas". Paulo proibiu Timóteo de pregar daquela maneira.<br />

Qual é o ensino da Palavra de Deus sobre como dev<strong>em</strong>os ministrar? Jesus ordenou: "Ide,<br />

portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os <strong>em</strong> nome do Pai, e do Filho, e do<br />

Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estou<br />

convosco todos os dias até a consumação do século" (Mt 28.19-20). Paulo disse: "Até à minha<br />

chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino" (1 Tm 4.13). "E o que de minha parte ouviste,<br />

através de muitas test<strong>em</strong>unhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para<br />

instruir a outros" (2 Tm 2.2). "Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina" (Tt 2.1).<br />

A pregação que não se esforça por comunicar ao hom<strong>em</strong> a verdade de Deus não é uma<br />

pregação legítima. O pregador que evita a pregação doutrinária, por achar que ela é muito<br />

técnica ou inviável, abdicou sua responsabilidade bíblica. Ele é chamado a falar com a<br />

autoridade de Deus, e ninguém pode fazer isso se não pregar expositivamente a Palavra de<br />

Deus. Histórias comoventes, conselho moralista, psicologia, piadas e opinião pessoal, todos<br />

estes são vazios e incertos. Somente quando pregamos a Palavra com autoridade é que<br />

satisfaz<strong>em</strong>os a intenção de Deus quanto ao chamado à pregação. Aquelas outras coisas são<br />

instrumentos para o tipo de pregação que produz coceiras nos ouvidos sobre a qual Paulo<br />

advertiu Timóteo:<br />

26 Robert L. Reymond, Preach the Word! A Teaching Ministry Approved unto God (Edinburgh, Rutherford House,<br />

1988), pp. 84-85.<br />

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