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procura de satisfação instantânea. A propaganda alimenta essa mentalidade por dizer-nos que<br />
pod<strong>em</strong>os possuir todo que desejamos e que pod<strong>em</strong>os tê-lo neste instante. É claro que "possuir<br />
tudo" normalmente significa comprar a prazo o que eles estão vendendo. Uma constante dieta<br />
dessa filosofia t<strong>em</strong> engordado <strong>nossa</strong> sociedade com auto-indulgência e impaciência. As pessoas<br />
não agüentam a vida, se não pod<strong>em</strong> satisfazer cada desejo instantaneamente. Quer<strong>em</strong> eliminar<br />
de imediato cada desconforto, dificuldade, injustiça ou privação.<br />
As Escritoras respond<strong>em</strong> a isso com dois conceitos revolucionários: a mentalidade celestial<br />
e a satisfação postergada. Mentalidade celestial é tirarmos os nossos olhos das ofertas do<br />
mundo, quando buscamos realização, colocando-os na suficiente provisão de Deus, para a<br />
<strong>nossa</strong> satisfação. É isso que Jesus tinha <strong>em</strong> mente quando nos instruiu acerca de tornarmos o<br />
reino do Pai a <strong>nossa</strong> primeira prioridade (Mt 6.33). É o que Paulo quis dizer quando nos<br />
orientou para colocarmos <strong>nossa</strong>s mentes nas coisas lá do alto e não nas deste mundo (Cl 3.2). É<br />
o que João quis dizer quando afirmou: "Não ameis o mundo n<strong>em</strong> as coisas que há no mundo" (1<br />
Jo 2.15).<br />
Satisfação postergada é simplesmente anuir à vontade de Deus e ao momento oportuno<br />
dEle — isto é a essência do conceito de paciência. Todas as promessas dEle serão cumpridas,<br />
sua justiça e autoridade serão plenamente realizadas, seu Filho e seus santos serão cabalmente<br />
vindicados — quando Ele achar oportuno, não quando nós acharmos. Muitas das dificuldades<br />
que enfrentamos não serão resolvidas nesta vida, porque os propósitos dEle transcend<strong>em</strong> as<br />
situações t<strong>em</strong>porais que enfrentamos. Por isso, não há sentido <strong>em</strong> sairmos por aí,<br />
impacient<strong>em</strong>ente, à procura de alívio, dirigindo-nos a pessoas que oferec<strong>em</strong> "soluções" que<br />
ignoram tanto os objetivos quanto a escala de atividades de Deus.<br />
Por ex<strong>em</strong>plo, o Espírito Santo, por meio destas palavras, encoraja os crentes perseguidos:<br />
"Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência<br />
o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também<br />
pacientes, e fortalecei os vossos corações, pois a vinda do Senhor está próxima" (Tg 5.7,8). Tenho<br />
certeza de que os santos a qu<strong>em</strong> Tiago escreveu anelavam pelo consolo e pela justiça de Deus,<br />
<strong>em</strong> relação a seus perseguidores; mas Deus queria que cultivass<strong>em</strong> a paciência, tivess<strong>em</strong> o<br />
coração fortalecido e uma alegre expectativa da volta de Cristo. Esses são benefícios muito<br />
maiores do que o alívio imediato das dificuldades e injustiças que enfrentavam. Deus haveria<br />
de vindicá-los, mas a seu t<strong>em</strong>po.<br />
Adorando a Deus Pela Nossa Herança Eterna<br />
Uma paciência inclinada para as coisas celestiais inclui o cont<strong>em</strong>plar antecipadamente<br />
<strong>nossa</strong> herança eterna, adorando a Deus pela mesma, a despeito de <strong>nossa</strong>s circunstâncias<br />
t<strong>em</strong>porais. Pedro ilustrou este princípio <strong>em</strong> sua primeira epístola, que foi escrita para nos<br />
ensinar como pod<strong>em</strong>os vivenciar a <strong>nossa</strong> fé <strong>em</strong> meio a provações e perseguições aparent<strong>em</strong>ente<br />
insuportáveis. Nero, o Imperador, havia acusado os cristãos de haver<strong>em</strong> incendiado Roma, e a<br />
perseguição que disso resultou estava se espalhando até a Ásia Menor, onde viviam os<br />
destinatários da carta de Pedro.<br />
Para ajudá-los a fixar sua atenção na herança eterna e não nas dificuldades presentes,<br />
Pedro deu-lhes — e a nós também — uma palavra de encorajamento dividida <strong>em</strong> três partes.<br />
L<strong>em</strong>br<strong>em</strong>-se da sua vocação. Somos chamados de "raça eleita, sacerdócio real, nação santa,<br />
povo de propriedade exclusiva de Deus" (1 Pe 2.9). Como tais, estamos <strong>em</strong> desavença com o<br />
sist<strong>em</strong>a maligno deste mundo pertencente a Satanás e, por isso, incorr<strong>em</strong>os no ódio que<br />
procede do mundo. Portanto, não dev<strong>em</strong>os nos surpreender ou ficar intimidados pelas ameaças<br />
de perseguição. Essa é a <strong>nossa</strong> vocação:<br />
Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu <strong>em</strong> vosso lugar,<br />
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