26.01.2014 Views

nossa suficiência em cristo - john macarthur jr..pdf

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Prefácio<br />

“Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as cousas que conduz<strong>em</strong> à vida e à piedade,<br />

pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.” 2 Pedro 1.3<br />

Em sua brilhante sátira Screwtape Letters (Cartas do Inferno), CS. Lewis imaginou este<br />

m<strong>em</strong>orando do d<strong>em</strong>ônio Murcegão para seu aprendiz Cupim, que desesperadamente<br />

procurava impedir que seu "paciente" humano vivesse o cristianismo bíblico:<br />

Meu caro Cupim,<br />

O verdadeiro probl<strong>em</strong>a a respeito do grupo com o qual o seu paciente convive, é que ele é<br />

meramente cristão. Todos têm, é claro, interesses individuais, mas o laço que os une é o<br />

cristianismo. O nosso alvo, se chegam ao ponto de se tornar<strong>em</strong> cristãos, é mantê-los <strong>em</strong> um<br />

estado de espírito ao qual chamo de "cristianismo e". Você sabe: Cristianismo e a Crise,<br />

Cristianismo e a Nova Corrente Psicológica, Cristianismo e a Nova Ord<strong>em</strong>, Cristianismo e a<br />

Cura Pela Fé, Cristianismo e a Pesquisa Psíquica, Cristianismo e o Vegetarianismo,<br />

Cristianismo e a Reforma Ortográfica... Se não pod<strong>em</strong>os impedi-los de ser<strong>em</strong> cristãos, então<br />

que o sejam com certos qualificativos. Substitua a fé por alguma moda que tenha um colorido<br />

cristão.<br />

O uso de modas, na área do pensamento, t<strong>em</strong> por objetivo distrair a atenção dos homens<br />

para que não percebam o real perigo no qual se encontram. Direcionamos o clamor da moda,<br />

<strong>em</strong> cada geração, contra os vícios que oferec<strong>em</strong> menos perigo e faz<strong>em</strong>os que sua aprovação se<br />

fixe na virtude mais próxima do vício que desejamos tornar endêmico. Nossa estratégia é fazêlos<br />

pegar <strong>em</strong> extintores, enquanto está acontecendo uma enchente, e agrupá-los naquele lado<br />

do barco que já está prestes a afundar. Assim, a moda será expor os perigos do entusiasmo,<br />

enquanto todos estão se tornando mundanos e apáticos. Um século mais tarde, quando<br />

realmente os estivermos tornando como que <strong>em</strong>briagados de <strong>em</strong>oção, a moda será clamar<br />

contra os perigos da "mera compreensão". As épocas marcadas por crueldade são levadas a se<br />

colocar<strong>em</strong> <strong>em</strong> guarda contra o sentimentalismo; nos períodos de irresponsabilidades, são<br />

colocados clamores contra a respeitabilidade; nas épocas de libertinag<strong>em</strong>, os clamores são<br />

contra o puritanismo; e s<strong>em</strong>pre que os homens estiver<strong>em</strong> se colocando na condição de escravos<br />

e de tiranos, o liberalismo será o bode expiatório.<br />

Porém, o maior de todos os triunfos é elevar o horror à "mesma-coisa-de-s<strong>em</strong>pre", mediante<br />

uma filosofia tal que a insensatez intelectual reforce a corrupção da vontade. Aqui é que o<br />

caráter evolucionista ou histórico do moderno pensamento europeu (que <strong>em</strong> parte é trabalho<br />

nosso) torna-se útil. O inimigo [Deus, no entendimento de Murcegão] gosta de simplicidade.<br />

Diante de qualquer decisão, Ele quer, a meu ver, que os homens façam as simples perguntas:<br />

"É correto? É prudente? É possível?" Porém, se fizermos com que os homens pergunt<strong>em</strong>:<br />

"Está de acordo com o andamento geral de nosso t<strong>em</strong>po? É progressista ou revolucionário? A<br />

história está caminhando nessa direção?", eles negligenciarão as perguntas realmente<br />

importantes. E, naturalmente, estas perguntas que desejamos que eles façam não têm<br />

respostas, visto que eles não conhec<strong>em</strong> o futuro. O futuro depende muitíssimo das escolhas<br />

que eles faz<strong>em</strong> hoje e para as quais invocam a ajuda do futuro. Como resultado, enquanto suas<br />

mentes estão ocupadas a zumbir nesse vácuo, t<strong>em</strong>os <strong>nossa</strong> melhor chance de nos imiscuirmos e<br />

forçá-los a cumprir<strong>em</strong> os nossos propósitos. Grandes trabalhos já foram realizados.<br />

Antigamente eles eram capazes de discernir entre mudanças que trariam boas ou más<br />

conseqüências e as que seriam indiferentes. Porém, já conseguimos anular grande parte desse<br />

discernimento. T<strong>em</strong>os conseguido substituir o adjetivo descritivo "estável" pelo adjetivo<br />

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