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nossa suficiência em cristo - john macarthur jr..pdf

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do momento da salvação, cada crente está <strong>em</strong> Cristo (2 Co 5.17), e Cristo está no crente (Cl 1.27).<br />

O Espírito Santo habita no crente (Rm 8.9), e o crente é o santuário do Espírito Santo (1 Co 6.19).<br />

"Porque todos nós t<strong>em</strong>os recebido da sua plenitude e graça sobre graça" (Jo 1.16). Portanto, cada<br />

cristão é um depósito de riquezas espirituais divinamente outorgadas. Nenhuma outra coisa —<br />

nenhum grande segredo transcendental, nenhuma experiência de êxtase, nenhuma sabedoria<br />

espiritual oculta — pode levar o crente a um mais elevado nível de vida espiritual. “Visto como,<br />

pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as cousas que conduz<strong>em</strong> à vida e à piedade,<br />

pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2 Pe<br />

1.3 - ênfase minha). O "conhecimento completo daquele que nos chamou” refere-se ao<br />

conhecimento salvífico. Buscar algo mais é como bater freneticamente numa porta, à procura do<br />

que está lá dentro, s<strong>em</strong> perceber que você t<strong>em</strong> uma chave <strong>em</strong> seu bolso.<br />

Satanás t<strong>em</strong> procurado s<strong>em</strong>pre enganar os cristãos, conduzindo-os para longe da pureza e<br />

da simplicidade encontradas <strong>em</strong> Cristo, que é todo-suficiente (2 Co 11.3), e s<strong>em</strong>pre t<strong>em</strong><br />

encontrado pessoas dispostas a renegar a verdade <strong>em</strong> troca de praticamente qualquer coisa<br />

nova e incomum.<br />

A Invasão do Gnosticismo na Igreja Primitiva<br />

Uma das primeiras negações quanto à <strong>suficiência</strong> de Cristo foi o gnosticismo, uma seita<br />

que floresceu nos primeiros quatro séculos da história da igreja. Muitos escritos pseudobíblicos,<br />

incluindo o Evangelho Segundo Tomé, o Evangelho de Maria, o Apócrifo de João, a Sabedoria<br />

de Jesus Cristo e o Evangelho Segundo Felipe, foram obras gnósticas.<br />

Os gnósticos criam que a matéria é má e que o espírito é bom. Eles inventaram explicações<br />

heréticas acerca de como Cristo podia ser Deus (espírito puro, imaculado) e ainda assim<br />

encarnar (a carne era vista pelos gnósticos como uma substância material totalmente má). Os<br />

gnósticos ensinavam que há uma faísca de divindade dentro dos seres humanos e que a<br />

essência da espiritualidade está <strong>em</strong> nutrir esse lado imaterial e <strong>em</strong> negar os impulsos materiais e<br />

físicos. Eles criam que a principal forma de se liberar o el<strong>em</strong>ento divino contido numa pessoa<br />

seria através do alcançar a iluminação intelectual e espiritual.<br />

Os gnósticos, portanto, criam que possuíam um nível de conhecimento espiritual mais<br />

elevado do que o crente comum e que esse conhecimento secreto era a chave para a iluminação<br />

espiritual. Aliás, a palavra grega gnosis significa "conhecimento". A heresia gnóstica levou<br />

muitos na igreja a buscar<strong>em</strong> um conhecimento oculto, além do que Deus havia revelado <strong>em</strong> sua<br />

Palavra e através de seu Filho.<br />

O gnosticismo era, pois, algo elitizado, um movimento exclusivista que desdenhava os<br />

cristãos bíblicos "não-iluminados" e "simplistas", por sua ingenuidade e por sua falta de<br />

sofisticação. Infelizmente, muitas igrejas foram enganadas por essas idéias e se afastaram de sua<br />

exclusiva confiança <strong>em</strong> Cristo.<br />

O gnosticismo foi um ataque desferido contra a <strong>suficiência</strong> de Cristo. Ele promovia a falsa<br />

promessa de algo mais, algo mais elevado ou um recurso espiritual mais completo, quando a<br />

verdade é que Cristo é tudo o que alguém necessita.<br />

A maioria das epístolas do Novo Testamento confronta, de modo evidente, as incipientes<br />

formas do gnosticismo. Em Colossenses, por ex<strong>em</strong>plo, o apóstolo Paulo estava atacando<br />

conceitos gnósticos quando escreveu a respeito de "toda a riqueza da forte convicção do<br />

entendimento, para compreender<strong>em</strong> plenamente o mistério de Deus, Cristo, <strong>em</strong> qu<strong>em</strong> todos os<br />

tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Cl 2.2,3). Ele preveniu os crentes contra<br />

a metodologia procedente desta heresia: "Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua<br />

filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e<br />

não segundo Cristo; porquanto, nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.<br />

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