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nossa suficiência em cristo - john macarthur jr..pdf

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entretenimento e um ambiente agradável, ao invés de anunciar as grandes verdades da Palavra<br />

e as profundas experiências de adoração, oração e arrependimento.<br />

Qualquer pastor que segue esse padrão e deixa de pregar a Palavra está prostituindo o seu<br />

ministério. Qualquer igreja que visa divertir os não-convertidos se colocou <strong>em</strong> oposição a Deus.<br />

"Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que<br />

quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4.4). A igreja deve confrontar o<br />

mundo. A mensag<strong>em</strong> que Deus nos chamou a pregar não foi designada a fazer os pecadores<br />

sentir<strong>em</strong>-se confortáveis. O t<strong>em</strong>or do Senhor é o que deve nos motivar a persuadir os homens (2<br />

Co 5.11). Muitos pregadores hoje t<strong>em</strong><strong>em</strong> ofender as pessoas; então pregam uma mensag<strong>em</strong><br />

insípida e s<strong>em</strong> poder, que de fato é uma ofensa a Deus.<br />

Compare essa tendência com o que sab<strong>em</strong>os a respeito da pregação da igreja primitiva.<br />

Paulo desafiou a igreja dos gálatas, dizendo: "Porventura, procuro eu agora o favor dos homens<br />

ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de<br />

Cristo" (Gl 1.10). Ele afirmou: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de<br />

Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1.16).<br />

A maneira como Paulo confrontou Félix e Drusila (At 24.24-27) desafia qualquer dos<br />

axiomas do vergonhoso evangelismo de nossos dias. Ele lhes declarou a verdade de Deus, s<strong>em</strong><br />

se preocupar com a posição social, o poder ou o prestígio deles —"Assim que, nós, daqui por<br />

diante, a ninguém conhec<strong>em</strong>os segundo a carne; e, se antes conhec<strong>em</strong>os Cristo segundo a carne,<br />

já agora não o conhec<strong>em</strong>os deste modo" (2 Co 5.16). Paulo não lhes ofereceu palavras de<br />

conforto, consolação ou encorajamento; de fato, sua mensag<strong>em</strong> assustou tanto a Félix que este<br />

mandou Paulo retirar-se (v.25). O apóstolo dissertou sobre três assuntos para Félix e Drusila: a<br />

justiça, o domínio-próprio e o juízo vindouro (v.25). Esses, de fato, são o foco principal do<br />

ministério de convicção realizado pelo Espírito Santo (Jo 16.8-11). Esses eram tópicos<br />

particularmente alarmantes para Félix e Drusila, cuja devassidão era b<strong>em</strong> .,, conhecida por todo<br />

o império romano. Isso não levou Paulo a deixar de desafiá-los com ousadia.<br />

L<strong>em</strong>bre-se também que Paulo estava diante de Félix como um prisioneiro diante de um<br />

juiz. Félix poderia ter ordenado que Paulo fosse libertado da prisão. Contudo, o apóstolo não<br />

tentou agradá-lo ou lisonjeá-lo. Paulo apenas se preocupou <strong>em</strong> pregar a verdade para este<br />

hom<strong>em</strong>, a qu<strong>em</strong> ele via como um pecador carente da salvação. Paulo preferia fazê-lo sentir-se<br />

miserável e aterrorizado, sabendo de sua necessidade de um Salvador, do que fazê-lo sentir-se<br />

tranqüilo, mas na ignorância e a caminho do inferno.<br />

Quando Pedro pregou no dia de Pentecoste, as pessoas foram compungidas no coração<br />

(At 2.37-41). Ele não procurou conquistá-las; não tentou encantá-las, diverti-las ou fazê-las<br />

sentir<strong>em</strong>-se b<strong>em</strong>; não fez esforço algum para engendrar uma reação satisfatória. Apenas<br />

proclamou a verdade.' Essa é a única metodologia que o Espírito Santo usa. Aqueles que<br />

aplicam qualquer outra técnica estão agindo por conta própria.<br />

Um sincero compromisso de glorificar a Deus caracterizou todos os aspectos do ministério<br />

da igreja no Novo Testamento. Aqueles cristãos não estavam preocupados com a opinião do<br />

mundo, tal como as igrejas parec<strong>em</strong> estar hoje. Quando os crentes se reuniam no primeiro dia<br />

da s<strong>em</strong>ana, não tinham o objetivo de se divertir ou entreter seus vizinhos pagãos. O ensino, a<br />

comunhão, o partir do pão e a oração (At 2.42) constituíam seu programa de culto. Tudo girava<br />

<strong>em</strong> torno da pregação da Palavra (2 Tm 2.2). Pelo menos <strong>em</strong> uma ocasião, na igreja de Trôade, o<br />

apóstolo Paulo expôs a Palavra de Deus até a meia-noite (At 20.7); depois, ficou até o amanhecer<br />

falando com as pessoas (v.11). A maioria das igrejas hoje ficaria <strong>em</strong> pé de guerra, se o pregador<br />

proclamasse a verdade de Deus por tanto t<strong>em</strong>po!<br />

Atualmente os cultos de adoração, <strong>em</strong> muitas igrejas, são como um carrossel. Você põe<br />

uma ficha na caixa coletora; vale por uma volta. Há música e muito movimento para cima e<br />

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