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nossa suficiência em cristo - john macarthur jr..pdf

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convencê-los do pecado ou mesmo realizar uma cirurgia radical <strong>em</strong> sua alma.<br />

No entanto, há muitos hoje que não crê<strong>em</strong> que a verdade da Palavra de Deus é suficiente<br />

para levar as pessoas ao arrependimento. Alguns crê<strong>em</strong> que também dev<strong>em</strong>os ser capazes de<br />

exibir sinais, maravilhas e ressurreições para convencer os incrédulos da veracidade da Palavra.<br />

Outros sent<strong>em</strong> que dev<strong>em</strong>os vestir o evangelho com roupag<strong>em</strong> de sutileza, torná-lo<br />

culturalmente relevante ou adaptá-lo para acomodar-se à dureza do coração dos incrédulos.<br />

Eles prefer<strong>em</strong> trabalhar com s<strong>em</strong>ente sintética ao invés de s<strong>em</strong>ear a s<strong>em</strong>ente viva da Palavra de<br />

Deus. Tais pontos de vista sobre o evangelho negam o inerente poder da Palavra de Deus e do<br />

Espírito Santo e negam o lugar da soberania de Deus na redenção.<br />

Fico perplexo com o que as pessoas pensam que dev<strong>em</strong> fazer para aumentar o poder da<br />

Palavra de Deus. Li um artigo sobre uma cantora evangélica que t<strong>em</strong> sido criticada por se vestir<br />

de modo provocante e tomar banho de sol despida. Seu pastor, querendo defendê-la, declarou<br />

que ela só estava tentando usar a sexualidade, "num sentido piedoso", para alcançar com o<br />

evangelho o povo de sua cultura. Deus precisa de uma cantora sexy para fazer o que a Bíblia<br />

não t<strong>em</strong> poder de fazer? O argumento daquele pastor reflete o que muitos na igreja hoje<br />

parec<strong>em</strong> crer: você precisa de um "jeitinho" para apresentar o evangelho a um mundo hostil;<br />

você deve ser indireto, cativante, simplista e cuidadoso para não desinteressar ninguém. E se —<br />

Deus não permita — alguém sentir-se ofendido ou rejeitar a mensag<strong>em</strong>, significa que você<br />

falhou. Esta é uma perspectiva bíblica?<br />

Não, não é. Tal perspectiva abriu a porta para algumas bizarras estratégias evangelísticas.<br />

A igreja imita quase todas as modas da sociedade secular. Rock metálico, rap, grafitag<strong>em</strong>,<br />

break, musculação, jazz, coreografia e humorismo, todos foram adicionados ao repertório<br />

evangélico. Ligue na maioria das <strong>em</strong>issoras evangélicas e verá um desfile de shows de<br />

entrevistas, vídeo-clips, comédias, shows musicais de variedades e outras apresentações quase<br />

idênticas à programação de canais seculares, exceto que as <strong>em</strong>issoras evangélicas usam o nome<br />

de Jesus. Não é nada mais do que hedonismo à guisa da religião.<br />

Muitos acham que s<strong>em</strong> alguns chamariscos a mensag<strong>em</strong> do evangelho não atingirá as<br />

pessoas e que, se não nos acomodarmos à moda de nossos dias, não dev<strong>em</strong>os esperar que o<br />

evangelho seja eficaz. Lamentavelmente, o viver profano da parte daqueles que<br />

superficialmente professam a Cristo t<strong>em</strong> tornado impotente o test<strong>em</strong>unho da igreja. Assim, as<br />

igrejas modernas sent<strong>em</strong> que dev<strong>em</strong> ter planos e programas para atrair os incrédulos que não<br />

pod<strong>em</strong> ser persuadidos pela verdade revelada; isso porque aquelas mesmas pessoas têm sido<br />

repelidas pela hipocrisia do viver profano de m<strong>em</strong>bros das igrejas.<br />

O Legado do Liberalismo<br />

A noção de que a Escritura, <strong>em</strong> si mesma, é inadequada para o evangelismo certamente<br />

não é nova. O mesmo é verdade <strong>em</strong> relação à estratégia de tentar atualizar a mensag<strong>em</strong> do<br />

evangelho, usando a moda do dia, para torná-la mais atraente. Um artigo de 1928, escrito pelo<br />

famoso Harry Emerson Fosdick, apresentou uma amarga argumentação declarando que a<br />

pregação expositiva é inerent<strong>em</strong>ente irrelevante:<br />

Após um parágrafo ou dois de um sermão, grande parte de qualquer congregação deve<br />

começar a reconhecer que o pregador está lidando com algo de vital interesse para eles... E, se<br />

qualquer pregador não está fazendo isso, mesmo que tenha erudição e oratória à sua<br />

disposição, ele não está realizando b<strong>em</strong> a sua tarefa.<br />

Muitos pregadores, por ex<strong>em</strong>plo, habitualmente se entregam ao que chamam de sermões<br />

expositivos. Eles tomam uma passag<strong>em</strong> da Escritura e, supondo que as pessoas presentes na<br />

igreja, naquela manhã, estão profundamente preocupadas com o que significa a passag<strong>em</strong>,<br />

passam meia hora ou mais numa exposição histórica do versículo ou do capítulo, terminando<br />

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