26.01.2014 Views

nossa suficiência em cristo - john macarthur jr..pdf

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pretendidos por Deus.<br />

"Tudo Para com Todos" os Homens<br />

Alguns conceberam uma filosofia pragmática nas palavras do apóstolo Paulo <strong>em</strong> 1<br />

Coríntios 9.20-23:<br />

Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que viv<strong>em</strong> sob o<br />

regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que viv<strong>em</strong> debaixo da lei,<br />

<strong>em</strong>bora não esteja eu debaixo da lei. Aos s<strong>em</strong> lei, como se eu mesmo o fosse, não estando s<strong>em</strong><br />

lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que viv<strong>em</strong> fora do regime da<br />

lei. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com<br />

todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com<br />

o fim de me tornar cooperador com ele.<br />

Paulo estava falando de sua paixão por conquistar os perdidos a qualquer custo, até<br />

mesmo o extr<strong>em</strong>o sacrifício pessoal. O versículo 19, que introduz esta seção, diz: "Sendo livre de<br />

todos, fiz-me escravo de todos". Ele não estava advogando que dev<strong>em</strong>os retalhar a mensag<strong>em</strong> a<br />

fim de r<strong>em</strong>over o escândalo da cruz (Gl 5.11). Paulo não teria endossado a tendência atual de<br />

substituir a pregação firme por música, drama ou outros entretenimentos que não envolv<strong>em</strong><br />

constrangimento ou confronto. Nesta mesma epístola aos coríntios, ele escreveu: "Visto como,<br />

na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus<br />

salvar os que crê<strong>em</strong> pela loucura da pregação" (1 Co 1.21).<br />

Isso é o oposto da tendência atual, na qual encontramos a sabedoria mundana e os<br />

entretenimentos carnais substituindo a proclamação da Palavra de Deus e sendo usados como<br />

meios de evangelização.<br />

Paulo l<strong>em</strong>brou aos coríntios que ele mesmo havia sido ex<strong>em</strong>plo para eles: "Eu, irmãos,<br />

quando fui ter convosco, anunciando-vos o test<strong>em</strong>unho de Deus, não o fiz com ostentação de<br />

linguag<strong>em</strong> ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este<br />

crucificado" (1 Co 2.1-2). Ele conservou sua mensag<strong>em</strong> simples, franca e direta, deixando a<br />

Palavra de Deus penetrar os corações deles <strong>em</strong> vez de tentar convencê-los com engenhosidade e<br />

exibição.<br />

Paulo não queria que sua maneira de falar, seu comportamento pessoal, suas maneiras<br />

sociais ou quaisquer outras coisas externas foss<strong>em</strong> pedras de tropeço para ninguém a qu<strong>em</strong> ele<br />

estivesse ministrando. Paulo evitou, a todo custo, ofender desnecessariamente a qu<strong>em</strong> quer que<br />

fosse; isto é, ele se tornou "tudo para com todos" os homens (1 Co 9.22).<br />

Porém, uma coisa que Paulo nunca teria feito, a fim de evitar escândalo, era amenizar ou<br />

alterar a mensag<strong>em</strong> do evangelho. De fato, suas palavras mais severas foram uma maldição<br />

pronunciada sobre qualquer um que, por amenizar ou alterar, modificasse a mensag<strong>em</strong> do<br />

evangelho (Gl 1.8). Paulo reconheceu que a mensag<strong>em</strong> da cruz, <strong>em</strong> si mesma, é uma enorme<br />

pedra de tropeço para os incrédulos (Gl 5.11; Rm 9.32-33; 1 Co 1.23), mas não deixou de<br />

proclamá-la com ousadia (At 19.8; Ef 6.19). Condenou categoricamente pregadores que com sua<br />

mensag<strong>em</strong> produz<strong>em</strong> coceiras nos ouvidos (2 Tm 4.3-5). Então, é certo que não acolheria, por<br />

um momento sequer, a sugestão de que a mensag<strong>em</strong> do evangelho pudesse ser adaptada com o<br />

propósito de satisfazer as inclinações egoístas e carnais das pessoas. Paulo não suportaria os<br />

que acham que dev<strong>em</strong> vencer a resistência e a incredulidade das pessoas por meio de uma nova<br />

maneira de apresentar o evangelho ou por omitir as exigências mais árduas do evangelho. Ele<br />

sabia que tal abordag<strong>em</strong> produziria muitos falsos convertidos. Foi isso que me levou à seguinte<br />

conclusão <strong>em</strong> meu comentário sobres 1 Coríntios:<br />

Em resumo, Paulo... não comprometeu o evangelho. Ele não mudaria a menor verdade do<br />

evangelho, n<strong>em</strong> mesmo de um modo b<strong>em</strong> insignificante, para satisfazer a ninguém. Mas ele se<br />

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