Biodiesel ganha status de fonte alternativa de energia 92 <strong>Biotecnologia</strong> Ciência & Desenvolvimento 92 <strong>Biotecnologia</strong> Ciência & Desenvolvimento n.32 - janeiro/junho 2004 Pesquisadores, professores, estudantes, especialist<strong>as</strong> de órgãos públicos e parlamentares participam amanhã (28/09), às 8h15, no auditório da Reitoria da Universidade de Br<strong>as</strong>ília (UnB), do 5º Encontro do Projeto Café <strong>com</strong> Ciência, cujo tema será “Biodiesel: Uma alternativa de Energia Renovável”. Promovido pelo Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação da UnB, o encontro mostrará <strong>as</strong> pesquis<strong>as</strong> desenvolvid<strong>as</strong> pela universidade sobre o bio<strong>com</strong>bustível. A palestra dos pesquisadores Kleber Carlos Mundim e João Nildo de Sousa Vianna abordará os <strong>as</strong>pectos fundamentais do uso do biodiesel no Br<strong>as</strong>il, <strong>com</strong>o a caracterização, produção, utilização e sustentabilidade da cadeia produtiva. O trabalho envolve o Instituto de Química, onde são estudados os processos tecnológicos da utilização dos diversos óleos vegetais, <strong>com</strong>o os derivados da soja, gir<strong>as</strong>sol e mamona, além do Departamento de Engenharia Mecânica e o Centro de Desenvolvimento Sustentável, que investigam o desempenho do biodiesel e <strong>as</strong> questões de sustentabilidade. Emprego - O governo federal pretende autorizar a entrada do biodiesel no mercado nacional de <strong>com</strong>bustíveis até o final deste ano. O produto poderá ser adicionado ao óleo diesel mineral Resina para imobilização da invert<strong>as</strong>e apresenta vantagens em relação ao carvão ativo Pesquisadores do Departamento de Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica, da Faculdade de Ciênci<strong>as</strong> Farmacêutic<strong>as</strong> (FCF) da USP, patentearam um novo método de imobilização de invert<strong>as</strong>e - enzima usada no processo de produção do açúcar invertido. “Desenvolvemos uma nova maneira de reaproveitar vári<strong>as</strong> vezes a invert<strong>as</strong>e”, <strong>com</strong>enta o professor Michele Vitolo, que juntamente <strong>com</strong> sua orientanda, Ester Junko Tomotani, patentearam o produto. O açúcar invertido é uma mistura de frutose <strong>com</strong> glicose, e resulta da quebra d<strong>as</strong> molécul<strong>as</strong> da sacarose - o açúcar <strong>com</strong>um, obtido da cana-de-açúcar. É muito utilizado pela indústria de alimentos, uma vez que a frutose tem mais capacidade de adoçar do que a sacarose. “Nós imobilizamos a invert<strong>as</strong>e em uma resina de troca iônica (tipo DOWEX®)”, explica o professor. Essa resina é um polímero orgânico, insolúvel em água, capaz de adsorver macromolécul<strong>as</strong> (no c<strong>as</strong>o, a invert<strong>as</strong>e) por meio de interação eletrostática. “Dizemos que <strong>as</strong> molécul<strong>as</strong> de invert<strong>as</strong>e pres<strong>as</strong> ao polímero (chamado de suporte ou carreador) encontram-se na forma imobilizada”, conta Vitolo. “Com a invert<strong>as</strong>e imobilizada, podemos utilizá-la vári<strong>as</strong> vezes, sem nenhum tipo de perda”. Vantagens A invert<strong>as</strong>e imobilizada já é conhecida desde 1916 - e usada regularmente na indústria. Só que a fórmula <strong>com</strong>ercial atual de maior uso traz invert<strong>as</strong>e imobilizada em carvão ativo. “É um método eficiente, m<strong>as</strong> acreditamos que a imobilização em DOWEX® apresenta vantagens”, <strong>com</strong>enta o professor. Uma del<strong>as</strong> é a facilidade em separar após a reação, geralmente por filtração, a invert<strong>as</strong>e imobilizada do restante da mistura, sem deixar vestígios de resina no produto final (açúcar invertido). “Como <strong>as</strong> partícul<strong>as</strong> de carvão ativo têm dimensões extremamente reduzid<strong>as</strong>, para evitar a presença del<strong>as</strong> no produto final torna-se necessário o uso de microfiltros - muito caros - ou realizar vári<strong>as</strong> filtrações sucessiv<strong>as</strong>, quando se empregam filtros <strong>com</strong>uns”, diz Vitolo. Para desenvolver esse método, o Nos testes em laboratório, a biorremediação obteve sucesso. No entanto, ela ainda não foi aplicada em campo “porque deve-se estudar a fundo <strong>as</strong> conseqüênci<strong>as</strong> que a introdução de seres vivos estranhos ao ambiente pode provocar. C<strong>as</strong>o contrário, ao invés de melhorar a situação, podemos causar um desequilíbrio ambiental”, alerta a pesquisadora. Segundo ela, <strong>as</strong> melhores ferrament<strong>as</strong> biológic<strong>as</strong> são aquel<strong>as</strong> que, quando lançad<strong>as</strong> na natureza, cumprem seu papel e morrem, “<strong>com</strong>o <strong>as</strong> bactéri<strong>as</strong> utilizad<strong>as</strong> em derrames de petróleo no oceano”. Por isso, conclui Ueta, o ideal é mesmo não poluir. Tadeu Breda Mais informações: (0XX16) 602-4158 ou jueta@usp.br Fone: Agência USP de Notíci<strong>as</strong> na proporção de até 2%, sem <strong>com</strong>prometer a garantia dos motores dos veículos. O Br<strong>as</strong>il dispõe de um grande número de matéri<strong>as</strong>-prim<strong>as</strong> para a produção de biodiesel, <strong>com</strong>o soja, gir<strong>as</strong>sol, mamona e dendê. O governo federal espera que a entrada do novo <strong>com</strong>bustível no mercado nacional permita a redução da importação do diesel, que hoje corresponde a 9% do consumo. Além disso, o biodiesel deve apoiar o desenvolvimento econômico do meio rural <strong>com</strong> a geração de empregos e renda e incrementar o desenvolvimento da indústria nacional de pesquisa e equipamentos. Fonte: www.agricultura.gov.br professor Vitolo e Ester Tomotani testaram vários tipos de resin<strong>as</strong> de troca iônica. “Foram testad<strong>as</strong> mais de vinte resin<strong>as</strong> <strong>com</strong> característic<strong>as</strong> distint<strong>as</strong>. Quatro ou cinco variedades de resina se mostraram favoráveis, m<strong>as</strong> a DOWEX® (tipos 1X2, 1X4 e 1X8) adsorveu 100% d<strong>as</strong> molécul<strong>as</strong> de invert<strong>as</strong>e”, explica. “As vantagens dessa resina são a não toxicidade, o baixo custo, o amplo uso e a plena disponibilidade no mercado”. Márcia Bl<strong>as</strong>ques, especial para a Agência USP Mais informações: (0XX11)091-2382, <strong>com</strong> o professor Michele Vitolo, ou pelo e-mail michenzi@usp.br Fonte: Agência USP de Notíci<strong>as</strong>
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