Perfis e percepções acerca da consulta ginecológica em ... - UFMG
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determinante no acesso aos serviços de saúde, apresentando uma tendência<br />
b<strong>em</strong> s<strong>em</strong>elhante à <strong>da</strong> ren<strong>da</strong>, ou seja, quanto maior a escolari<strong>da</strong>de, maior o<br />
acesso aos serviços de saúde (Costa e Fachinni, 1997). Mendonza-Sassi et al<br />
(2003) relatam que o grupo com menor escolari<strong>da</strong>de t<strong>em</strong> reduzi<strong>da</strong> as suas<br />
chances de procurar um médico <strong>em</strong> 56%. Num estudo feito com mulheres<br />
residentes <strong>em</strong> Belo Horizonte, <strong>em</strong> 2002, foi constatado que as mulheres mais<br />
escolariza<strong>da</strong>s apresentaram quase duas vezes a chance de ter<strong>em</strong> tido uma<br />
<strong>consulta</strong> ginecológica nos meses anteriores a pesquisa do que as mulheres com<br />
escolari<strong>da</strong>de mais baixa (Simão, Miran<strong>da</strong>-Ribeiro e Caetano 2004).<br />
Quanto à dimensão d<strong>em</strong>ográfica, aspectos como i<strong>da</strong>de, raça/cor, estado conjugal,<br />
parturição e religião merec<strong>em</strong> investigação. A i<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s mulheres está<br />
intrinsecamente liga<strong>da</strong> à busca por um serviço ginecológico. As mulheres<br />
apresentam, <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, particulari<strong>da</strong>des que exig<strong>em</strong> um<br />
acompanhamento ginecológico regular, tais como a menarca, a primeira relação<br />
sexual, as gravidezes e os partos, a contracepção, a menopausa, além de<br />
doenças que passam a ser mais presentes <strong>em</strong> algum momento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, exigindo,<br />
assim, um maior ou menor acesso à necessi<strong>da</strong>de de <strong>consulta</strong> ginecológica ao<br />
longo do ciclo de vi<strong>da</strong>. Costa e Facchini (1997) indicam que há um aumento<br />
significativo na média de <strong>consulta</strong>s por ano, a partir dos 50 anos de i<strong>da</strong>de. Esta<br />
tendência é reafirma<strong>da</strong>, já que as chances de procurar serviços de saúde<br />
aumentam à medi<strong>da</strong> que os indivíduos ficam mais velhos e não acumulam anos<br />
de estudo (Néri e Soares, 2002). No entanto, no que se refere à <strong>consulta</strong><br />
ginecológica, esta tendência é inversa. Quanto à ‘realização de <strong>consulta</strong><br />
ginecológica no último ano’, nota-se uma diminuição significativa de sua<br />
prevalência à medi<strong>da</strong> <strong>em</strong> que a i<strong>da</strong>de aumenta. No caso <strong>da</strong>s mulheres<br />
menopausa<strong>da</strong>s, portanto mais velhas, nota-se também uma menor prevalência de<br />
<strong>consulta</strong>s ginecológicas no ano anterior (Sclowitz et al, 2005).<br />
A raça/cor também é de extr<strong>em</strong>a importância no que diz respeito ao acesso à<br />
<strong>consulta</strong> ginecológica, na medi<strong>da</strong> <strong>em</strong> que é notado historicamente, <strong>em</strong> nosso