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Perfis e percepções acerca da consulta ginecológica em ... - UFMG

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e Gerrard-Burnett, 2004). Nota-se, portanto, que a religião apresenta um<br />

importante papel no comportamento reprodutivo <strong>da</strong>s adolescentes, o qual pode<br />

ser estendido para a <strong>consulta</strong> ginecológica.<br />

Quanto à dimensão saúde, tipo de serviço, número de <strong>consulta</strong>s, plano de saúde,<br />

i<strong>da</strong>de à primeira relação e ter tido alguma IST são aspectos relacionados ao tipo<br />

de serviço de saúde de extr<strong>em</strong>a importância nesse trabalho, já que eles<br />

influenciam diretamente a busca <strong>da</strong>s mulheres pela <strong>consulta</strong> ginecológica.<br />

Novaes et al (2003) pontuam que 88% <strong>da</strong>s mulheres que indicaram buscar com<br />

mais freqüência os atendimentos <strong>em</strong> consultório ou ambulatório, realizaram o<br />

exame papanicolau, enquanto 72% <strong>da</strong>s mulheres que indicaram buscar com mais<br />

freqüência atendimento <strong>em</strong> posto ou centro de saúde fizeram o exame. Esta<br />

porcentag<strong>em</strong> era a mesma para as mulheres que indicaram ambulatório<br />

hospitalar ou pronto-socorro. É importante ressaltar que há uma forte associação<br />

entre fatores de risco (como por ex<strong>em</strong>plo, caso de câncer de mama na família) e<br />

aumento <strong>da</strong> prevalência de <strong>consulta</strong>s ginecológicas nos últimos 12 meses<br />

(Sclowitz, 2005). No caso de Belo Horizonte, quando in<strong>da</strong>ga<strong>da</strong>s sobre onde<br />

ocorreu a última <strong>consulta</strong> ginecológica, 30% <strong>da</strong>s negras indicaram que realizaram<br />

esta <strong>consulta</strong> na rede pública e 28% através de convênio, enquanto, para as<br />

brancas, este percentual foi 17% e 42%, respectivamente (Simão, Miran<strong>da</strong>-<br />

Ribeiro e Caetano 2004). Já no que se refere ao número de <strong>consulta</strong>s realiza<strong>da</strong>s<br />

nos últimos 12 meses, proporção similar de brancas e negras (50% e 46%,<br />

respectivamente) indicaram ter realizado de 1 a 2 <strong>consulta</strong>s neste período<br />

(Miran<strong>da</strong>-Ribeiro e Caetano, 2004).<br />

No tocante a plano de saúde, há uma relação positiva entre posse de plano e<br />

acesso a serviços de saúde (Novaes et al, 2003). Neri e Soares (2002), por<br />

ex<strong>em</strong>plo, indicam que os indivíduos que possu<strong>em</strong> plano de saúde têm suas<br />

chances de ir ao médico aumenta<strong>da</strong> <strong>em</strong> 450%. No caso de Belo Horizonte, as<br />

mulheres com plano de saúde apresentaram 3 vezes a chance <strong>da</strong>s que não<br />

possuíam plano de ter<strong>em</strong> feito uma <strong>consulta</strong> com um ginecologista nos 12 meses<br />

anteriores à pesquisa (Simão, Miran<strong>da</strong>-Ribeiro e Caetano 2004). Costa e Fachinni<br />

(1997) indicam, ain<strong>da</strong>, que quanto mais desfavoreci<strong>da</strong> a classe <strong>em</strong> que o

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