Perfis e percepções acerca da consulta ginecológica em ... - UFMG
Perfis e percepções acerca da consulta ginecológica em ... - UFMG
Perfis e percepções acerca da consulta ginecológica em ... - UFMG
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
42<br />
As mulheres cont<strong>em</strong>pla<strong>da</strong>s pelo perfil II apresentam uma escolari<strong>da</strong>de um pouco<br />
mais alta (4 a 7 anos de estudo) quando compara<strong>da</strong>s ao perfil I. Percebe-se uma<br />
tendência de ligeira melhora <strong>em</strong> relação ao perfil I nas d<strong>em</strong>ais variáveis <strong>da</strong><br />
dimensão socioeconômica. No tocante a plano de saúde, estas mulheres<br />
apresentaram trinta pontos percentuais a mais de probabili<strong>da</strong>de de não ter<strong>em</strong><br />
plano de saúde quando comparado a população total (88,2% e 54%.<br />
respectivamente). Estas entrevista<strong>da</strong>s apresentaram, também, uma maior<br />
probabili<strong>da</strong>de de ter<strong>em</strong> poucos bens duráveis e cômodos <strong>em</strong> suas casas. No que<br />
tange as variáveis <strong>da</strong> dimensão d<strong>em</strong>ográfica, nota-se que estas mulheres<br />
apresentam uma maior probabili<strong>da</strong>de de ser<strong>em</strong> um pouco mais jovens (40 a 49<br />
anos) quando compara<strong>da</strong>s ao perfil I e de ter<strong>em</strong> uma parturição de 2 ou mais<br />
filhos. As mulheres deste perfil apresentam, ain<strong>da</strong>, uma maior probabili<strong>da</strong>de de<br />
ser<strong>em</strong> par<strong>da</strong>s, protestantes ou pentecostais, e de ser<strong>em</strong> casa<strong>da</strong>s, uni<strong>da</strong>s ou<br />
divorcia<strong>da</strong>s/separa<strong>da</strong>s.<br />
No que diz respeito à dimensão saúde, as mulheres pertencentes a este perfil<br />
apresentam maior probabili<strong>da</strong>de de fazer<strong>em</strong> uso de algum método cirúrgico. Aqui,<br />
chama atenção a proporção de mulheres que utilizam o DIU, o qual exige<br />
acompanhamento médico regular. No entanto, estas mulheres também<br />
apresentam maior probabili<strong>da</strong>de de não ter<strong>em</strong> um acompanhamento ginecológico<br />
regular, de não ter<strong>em</strong> ido ao ginecologista nos 12 meses anteriores à pesquisa e<br />
de, quando o fizeram, ter<strong>em</strong> procurado o serviço público. A probabili<strong>da</strong>de de<br />
procurar o serviço público é b<strong>em</strong> superior nesse perfil (95,9%) do que na<br />
população total (47,5%).<br />
Na variável <strong>da</strong> dimensão poder, percebe-se a mesma tendência do perfil anterior.<br />
Em outras palavras, estas mulheres apresentam uma maior probabili<strong>da</strong>de de não<br />
evitar<strong>em</strong> a relação sexual se o parceiro se recusar a usar a camisinha. O fato de<br />
que 47% delas são esteriliza<strong>da</strong>s ou têm parceiros vasectomizados e 9% delas<br />
utilizam o DIU sugere que o uso de métodos contraceptivos seguros as “libera” do<br />
uso <strong>da</strong> camisinha. Mais uma vez, aparent<strong>em</strong>ente prevalece a preocupação com a<br />
contracepção, <strong>em</strong> detrimento <strong>da</strong> proteção contra ISTs.<br />
Pode-se indicar que este perfil é, assim como o perfil I, desfavorecido no que diz<br />
respeito às características socioeconômicas e de acesso à saúde. No entanto, à