Perfis e percepções acerca da consulta ginecológica em ... - UFMG
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maior probabili<strong>da</strong>de de ter<strong>em</strong> ou já ter<strong>em</strong> tido um acompanhamento ginecológico<br />
regular. Desta forma, estas mulheres, apesar de não ter<strong>em</strong> ido ao ginecologista<br />
nos 12 meses anteriores à pesquisa, se considerariam seguras, o que poderia<br />
fazer com que elas não se preocupass<strong>em</strong> tanto com a saúde quanto deveriam.<br />
Outro ponto interessante que vale ser ressaltado se refere a variável ‘teve DST ou<br />
sintoma’ na medi<strong>da</strong> <strong>em</strong> que esta variável, diferente do esperado, não foi uma<br />
característica marcante <strong>em</strong> nenhum dos perfis. Isto pode significar que não há<br />
uma diferenciação deste tipo de doença para mulheres de diferentes classes<br />
sociais ou escolari<strong>da</strong>de, <strong>em</strong>bora haja uma diferença de acesso à informação e<br />
<strong>em</strong>bora a análise descritiva tenha indicado que as mulheres que apresentaram<br />
DST ou sintoma procuraram mais a <strong>consulta</strong> ginecológica do que as que não<br />
apresentaram sintoma. É importante ressaltar que a percepção de DST não é<br />
uma coisa simples, na medi<strong>da</strong> <strong>em</strong> que muitas mulheres consideram como DST<br />
apenas o HIV, a gonorréia e a sífilis, não considerando doenças menos<br />
“populares”, como a cândi<strong>da</strong> e até mesmo o HPV e, posteriormente o câncer de<br />
colo uterino.<br />
Muitos dos resultados encontrados aqui reafirmam o que foi encontrado na<br />
literatura. No que diz respeito às variáveis <strong>da</strong> dimensão socioeconômica, não<br />
houve grandes diferenças, já que a ren<strong>da</strong> e a escolari<strong>da</strong>de apresentaram uma<br />
relação direta com a realização <strong>da</strong> <strong>consulta</strong>, b<strong>em</strong> como possuir plano de saúde. O<br />
mesmo pode ser dito <strong>da</strong>s variáveis <strong>da</strong> dimensão de saúde, já que os resultados<br />
encontrados corroboram a literatura pesquisa<strong>da</strong>.<br />
No que cerne a dimensão d<strong>em</strong>ográfica, percebe-se alguns resultados diferentes<br />
do esperado. A literatura discuti<strong>da</strong> indica que há uma relação inversa entre i<strong>da</strong>de<br />
e realização <strong>da</strong> <strong>consulta</strong> ginecológica, ou seja, quanto mais velha a mulher,<br />
menor é a probabili<strong>da</strong>de dela realizar uma <strong>consulta</strong> ginecológica. O resultado<br />
encontrado aqui segue um pouco este padrão. No entanto, quando as mulheres<br />
mais velhas possu<strong>em</strong> características socioeconômicas mais favoráveis, este<br />
padrão não é observado. O mesmo pode ser dito <strong>da</strong> parturição. A literatura indica,<br />
neste caso, que uma mulher com filho t<strong>em</strong> mais probabili<strong>da</strong>de de ter procurado<br />
uma <strong>consulta</strong> ginecológica do que uma mulher s<strong>em</strong> filhos. No entanto, o resultado<br />
encontrado não reafirma isto, já que as mulheres com maior probabili<strong>da</strong>de de