Perfis e percepções acerca da consulta ginecológica em ... - UFMG
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Já no que diz respeito ao estado conjugal <strong>da</strong>s entrevista<strong>da</strong>s, pod<strong>em</strong>os perceber<br />
que as mulheres que não foram ao ginecologista nos 12 meses que antecederam<br />
a entrevista eram predominant<strong>em</strong>ente casa<strong>da</strong>s (41,8%), b<strong>em</strong> como aquelas que<br />
foram a esta <strong>consulta</strong> (49,6%). Vale ressaltar também que, entre as mulheres que<br />
não foram, há um percentual um pouco menor de uni<strong>da</strong>s, comparativamente<br />
àquelas que foram a uma <strong>consulta</strong> no período de referência (14,8% e 16,5%%<br />
respectivamente). Ao mesmo t<strong>em</strong>po, as divorcia<strong>da</strong>s/separa<strong>da</strong>s também<br />
representaram um percentual pequeno <strong>da</strong>quelas que mulheres que foram ao<br />
ginecologista nos últimos 12 meses (10,6%). Estes resultados parec<strong>em</strong> indicar<br />
que ser casa<strong>da</strong> ou estar <strong>em</strong> união está associado à probabili<strong>da</strong>de de que uma<br />
mulher tenha tido uma <strong>consulta</strong> ginecológica nos 12 meses anteriores à pesquisa,<br />
enquanto ser divorcia<strong>da</strong>/separa<strong>da</strong> ou viúva reduziria esta probabili<strong>da</strong>de. Ad<strong>em</strong>ais,<br />
parec<strong>em</strong> também indicar que as mulheres com companheiro buscaram mais o<br />
cui<strong>da</strong>do do que aquelas que tiveram companheiro e no momento não t<strong>em</strong> mais.<br />
Em outras palavras, ir ao ginecologista parece estar relacionado a estar casado/<br />
<strong>em</strong> união.<br />
Em se tratando <strong>da</strong> parturição <strong>da</strong>s entrevista<strong>da</strong>s, percebe-se que o número total de<br />
filhos nascidos vivos de mulheres que não foram ao ginecologista nos últimos 12<br />
meses é maior relativamente àquelas que foram ao ginecologista. Isso é indicado<br />
por uma distribuição no número de filhos mais concentra<strong>da</strong> <strong>em</strong> parturições de<br />
ord<strong>em</strong> 3 ou mais entre as mulheres que não foram ao ginecologista, relativamente<br />
às que foram. Assim, 32,8% <strong>da</strong>s mulheres que não foram ao ginecologista nos<br />
últimos 12 meses tinham 3 filhos ou mais, seguido por 25,8% de mulheres que<br />
tinham 2 filhos, enquanto 28,9% <strong>da</strong>s mulheres que foram ao ginecologista t<strong>em</strong> 3<br />
filhos ou mais, seguido por 25,2% que não t<strong>em</strong> filhos. Estes números indicam<br />
que, ao contrário do que deveria ocorrer, as mulheres com mais filhos estariam<br />
indo menos ao ginecologista, reforçando a noção que as mulheres com<br />
características sócio-d<strong>em</strong>ográficas desfavoráveis buscariam menos a <strong>consulta</strong><br />
ginecológica. Poderia estar havendo, também, uma interação com i<strong>da</strong>de já que<br />
mulheres com número maior de filhos tenderiam a ser mais velhas, e mulheres<br />
mais velhas tend<strong>em</strong> a ir menos ao ginecologista.