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Perfis e percepções acerca da consulta ginecológica em ... - UFMG

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relação sexual com alguma certeza se o parceiro se recusasse a usar camisinha.<br />

Este perfil esteve presente <strong>em</strong> cerca de 20% <strong>da</strong> população.<br />

Foi positivo perceber que os perfis mais favorecidos foram aqueles mais<br />

prevalentes na população. No entanto, mais de 30% <strong>da</strong>s mulheres não realizaram<br />

uma <strong>consulta</strong> nos 12 meses anteriores à pesquisa e cerca de 80% não tinha<br />

acompanhamento ginecológico regular. Este ultimo número se mostrou alto e<br />

preocupante. Esta preocupação se dá porque várias doenças, se diagnostica<strong>da</strong>s<br />

cedo, são passíveis de tratamento e não causam maiores <strong>da</strong>nos. No entanto, se<br />

não acontece um acompanhamento ginecológico regular, o diagnostico pode não<br />

acontecer no momento ideal.<br />

Em linhas gerais, percebe-se que os resultados encontrados corroboram a<br />

literatura estu<strong>da</strong><strong>da</strong>. Nota-se que, no que diz respeito ao acesso a <strong>consulta</strong><br />

ginecológica, as mulheres com escolari<strong>da</strong>de mais baixa e negras não t<strong>em</strong> tiveram<br />

o acesso desejado a esta <strong>consulta</strong>. Percebe-se que são estas mulheres que não<br />

possu<strong>em</strong> plano de saúde. Logo, são as mulheres que, provavelmente, buscam a<br />

<strong>consulta</strong> <strong>em</strong> posto de saúde que não a realizaram nos 12 meses anteriores à<br />

pesquisa.<br />

Sobre as percepções destas mulheres <strong>acerca</strong> desta <strong>consulta</strong>, percebe-se que<br />

independente <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de, escolari<strong>da</strong>de, raça/cor e de qualquer outra característica,<br />

é atribuí<strong>da</strong> grande importância a ela. No entanto, a vergonha que elas sent<strong>em</strong><br />

nesta <strong>consulta</strong> é grande e inversamente proporcional à escolari<strong>da</strong>de. As mulheres<br />

entrevista<strong>da</strong>s indicaram também que, para que a <strong>consulta</strong> seja a melhor possível<br />

é necessário que haja bastante diálogo e paciência por parte do médico. As<br />

entrevista<strong>da</strong>s indicaram, ain<strong>da</strong>, que não se importam com a raça/cor do<br />

ginecologista – para elas, tanto faz se ele é preto, pardo ou branco. No que diz<br />

respeito à i<strong>da</strong>de ou sexo deste médico, não houve um padrão. Há aquelas que<br />

prefer<strong>em</strong> médicos jovens aos mais velhos, como há aquelas que prefer<strong>em</strong> os<br />

homens às mulheres.<br />

Foi interessante perceber que as mulheres com escolari<strong>da</strong>de mais alta foram pela<br />

primeira vez ao ginecologista buscando informação e prevenção. Já as mulheres<br />

com escolari<strong>da</strong>de mais baixa buscaram o ginecologista porque estavam grávi<strong>da</strong>s.

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