Perfis e percepções acerca da consulta ginecológica em ... - UFMG
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3.1.3 Metodologia<br />
Na amostra trabalha<strong>da</strong>, foram incluí<strong>da</strong>s as 983 mulheres de 18 a 59 anos que já<br />
tiveram alguma experiência sexual e que já tinham ido pelo menos uma vez ao<br />
ginecologista. Espera-se que o grupo de mulheres estu<strong>da</strong>do não seja homogêneo<br />
<strong>em</strong> termos de suas características referentes ao acesso aos serviços de saúde.<br />
Assim, optou-se por utilizar um método que pudesse levar <strong>em</strong> conta estas<br />
especifici<strong>da</strong>des individuais, e ain<strong>da</strong> fosse capaz de definir grupos com<br />
características s<strong>em</strong>elhantes. O método Grade of M<strong>em</strong>bership (GoM) foi julgado<br />
adequado ao objetivo, pois possibilita delinear perfis internamente homogêneos e,<br />
além disso, permite classificar os indivíduos <strong>em</strong> relação a sua proximi<strong>da</strong>de aos<br />
perfis. Esta proprie<strong>da</strong>de do método é bastante desejável e conveniente, uma vez<br />
que não é possível esperar que todos os indivíduos tenham to<strong>da</strong>s as<br />
características de um <strong>da</strong>do perfil homogêneo, podendo partilhar características de<br />
múltiplos conjuntos. Assim, de acordo com Cerqueira (2004), este método li<strong>da</strong><br />
com dois dos maiores probl<strong>em</strong>as na determinação de uma classificação ou<br />
tipologia, que são a identificação de grupos e a descrição de diferenças entre os<br />
mesmos.<br />
Os perfis formados são chamados de perfis extr<strong>em</strong>os e correspond<strong>em</strong> a<br />
conjuntos b<strong>em</strong> definidos, sendo que quanto maior o número de variáveis inseri<strong>da</strong>s<br />
no modelo, mais b<strong>em</strong> definido será o conjunto. Estas variáveis poderão ser<br />
internas, quando são potencialmente importantes na conformação do perfil, ou<br />
externas, quando são variáveis dependentes, de estratificação de perfil (Manton,<br />
1994).<br />
Para ca<strong>da</strong> el<strong>em</strong>ento de um conjunto, há um escore de pertinência, g ik , que indica<br />
o grau de pertinência do i-ésimo el<strong>em</strong>ento, ao k-ésimo conjunto ou perfil. A<br />
determinação de escores de pertinência, g ik , para ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de estudo,<br />
permite representar a heterogenei<strong>da</strong>de destas, sendo que este escore pode variar<br />
entre zero e um. Um escore zero indica que a observação não pertence ao perfil<br />
k, enquanto o escore um indica que esta observação possui to<strong>da</strong>s as<br />
características do perfil k. Logo, quanto mais uma observação i se aproximar do<br />
perfil extr<strong>em</strong>o k, maior será seu grau de pertencimento a este perfil e,<br />
conseqüent<strong>em</strong>ente, menor será o grau de pertencimento <strong>em</strong> relação aos d<strong>em</strong>ais