anatomia do lenho e dendrocronologia de lianas da famÃlia ...
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A notável largura <strong>do</strong>s elementos <strong>de</strong> vaso e <strong>do</strong>s raios nas <strong>lianas</strong> foi observa<strong>da</strong><br />
primeiramente por Westermeier & Ambronn (1881 apud Carlquist, 1991), que relatam vasos<br />
em Passiflora com mais <strong>de</strong> 500µm <strong>de</strong> diâmetro.<br />
Dois <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res que mais contribuíram para o conhecimento <strong>da</strong>s tendências<br />
relaciona<strong>da</strong>s à condução <strong>de</strong> água e conseqüentemente à dimensões <strong>do</strong>s vasos, foram Ewers e<br />
Fisher. Algumas <strong>da</strong>s principais contribuições a este conhecimento são: a corroboração que as<br />
<strong>lianas</strong> apresentam os mais largos e longos vasos <strong>do</strong> reino vegetal, que os vasos <strong>de</strong> <strong>lianas</strong><br />
po<strong>de</strong>m permanecer funcionais por mais tempo que po<strong>de</strong> ser espera<strong>do</strong> (em comparação com as<br />
árvores), que existe uma relação direta entre largura e comprimento <strong>do</strong>s vasos, e que não<br />
ocorre somente pouco xilema por área foliar mas também pouco floema e teci<strong>do</strong> cortical<br />
(Ewers, 1985; Ewers & Fisher, 1987, 1989, 1991; Ewers et al., 1989; Ewers et al., 1990;<br />
Ewers et al., 1991; Ewers et al.,1997; Fisher & Ewers, 1995).<br />
No Parque Nacional <strong>do</strong> Itatiaia são poucos os estu<strong>do</strong>s que envolvem <strong>lianas</strong>. Bra<strong>de</strong><br />
(1956) relata este hábito no Parque, apresentan<strong>do</strong>-se abun<strong>da</strong>nte em regiões baixas e sofren<strong>do</strong><br />
uma redução <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as mu<strong>da</strong>nças na altitu<strong>de</strong> e vegetação. Acima <strong>do</strong>s 1900 m é<br />
relata<strong>da</strong> a ocorrência <strong>de</strong> poucas espécies quan<strong>do</strong> compara<strong>da</strong> a regiões baixas. Ele cita também<br />
que <strong>lianas</strong> <strong>lenho</strong>sas são características <strong>do</strong> elemento florístico subtropical <strong>da</strong>s matas higrófilas.<br />
Outros estu<strong>do</strong>s florísticos e fitossociológicos na Floresta Atlântica, como os realiza<strong>do</strong>s na<br />
Reserva ecológica <strong>de</strong> Macaé <strong>de</strong> Cima, em Nova Friburgo, <strong>de</strong>monstram a importância <strong>da</strong>s<br />
trepa<strong>de</strong>iras como componente florístico, representan<strong>do</strong> 18% <strong>da</strong>s espécies (Lima & Gue<strong>de</strong>s-<br />
Bruni, 1994). Dois levantamentos florísticos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s na região su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil,<br />
mostraram Leguminosae como uma <strong>da</strong>s famílias mais representativa em número <strong>de</strong> espécies<br />
<strong>de</strong> <strong>lianas</strong> nas áreas estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s (Resen<strong>de</strong> & Ranga, 2005).<br />
Os estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> <strong>anatomia</strong> <strong>de</strong> <strong>lianas</strong> <strong>da</strong> Floreta Atlântica são escassos. Porém duas<br />
pesquisas recentes po<strong>de</strong>m ser cita<strong>da</strong>s, uma com a espécie Serjania corrugata (Araújo, 2005) e<br />
a outra com a família Menispermaceae (Tamaio, 2006). Estes estu<strong>do</strong>s abor<strong>da</strong>m vários<br />
aspectos anatômicos <strong>do</strong> <strong>lenho</strong> incluin<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento e implantação <strong>da</strong>s variações<br />
cambiais.<br />
A família Leguminosae<br />
Na maioria <strong>da</strong>s leguminosas algumas características anatômicas comuns ao <strong>lenho</strong> são:<br />
porosi<strong>da</strong><strong>de</strong> difusa, vasos curtos, com placas <strong>de</strong> perfuração simples, pontoações intervasculares<br />
alternas guarneci<strong>da</strong>s, pontoações raiovasculares semelhantes às intervasculares e cristais em<br />
células subdividi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> parênquima axial. As variações na família são principalmente quanto: