anatomia do lenho e dendrocronologia de lianas da famÃlia ...
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RESULTADOS<br />
As quatro espécies estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s apresentam periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> no crescimento radial com a<br />
formação <strong>de</strong> uma cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> crescimento por ano. Ao início <strong>da</strong> estação chuvosa, em<br />
setembro, o câmbio produz vasos gran<strong>de</strong>s, que vão gra<strong>da</strong>tivamente diminuin<strong>do</strong> a medi<strong>da</strong> que<br />
a estação seca se aproxima (Fig. 2 a 5). Não foi possível <strong>de</strong>tectar o tipo <strong>de</strong> parênquima<br />
marginal. Em nenhum indivíduo ocorreu a formação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma cama<strong>da</strong> por ano.<br />
A i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s <strong>lianas</strong> coleta<strong>da</strong>s variou <strong>de</strong> 5 a 27 anos. Os indivíduos que apresentaram<br />
maior i<strong>da</strong><strong>de</strong> são <strong>da</strong> espécie D. frutescens, chegan<strong>do</strong> à 27 anos. Em P. micracantha o indivíduo<br />
mais velho apresentou 19 anos. A média <strong>de</strong> crescimento radial por ano (taxa <strong>de</strong> crescimento)<br />
foi maior nas espécies S. tenuifolia (2,76 mm/ano) e P. adiantoi<strong>de</strong>s (2,44 mm/ano), e um<br />
pouco menor em P. micracantha (2,07 mm/ano) e D. frutescens (1,91 mm/ano) (Tabela 1,<br />
Fig. 8). Entre to<strong>da</strong>s as espécies estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, a média <strong>de</strong> crescimento foi 2,30 mm por ano. A<br />
taxa <strong>de</strong> crescimento máxima observa<strong>da</strong> entre indivíduos <strong>de</strong> S. tenuifolia foi 2,89 mm/ano, em<br />
P. adiantoi<strong>de</strong>s 3,15 mm/ano, em P. micracantha 2,85 mm/ano e em D. frutescens 3,26<br />
mm/ano.<br />
Foi estima<strong>da</strong> a i<strong>da</strong><strong>de</strong> utilizan<strong>do</strong> a média <strong>de</strong> crescimento radial <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> espécie para<br />
caules com 5 cm <strong>de</strong> diâmetro (25 mm <strong>de</strong> raio) e observaram-se os seguintes valores: S.<br />
tenuifolia com 9 anos, P adiantoi<strong>de</strong>s com 10 anos, P. micracantha com 12 anos e D.<br />
frutescens com 13 anos. A mesma estimativa, quan<strong>do</strong> realiza<strong>da</strong> com a taxa <strong>de</strong> crescimento<br />
máxima <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> espécie, obtém-se S. tenuifolia com 8 anos, P adiantoi<strong>de</strong>s com 7 anos, P.<br />
micracantha com 8 anos e D. frutescens com 7 anos. Contu<strong>do</strong> a i<strong>da</strong><strong>de</strong> obti<strong>da</strong> através <strong>da</strong> média<br />
<strong>do</strong> incremento acumula<strong>do</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> espécie, que reflete as medi<strong>da</strong>s realiza<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />
crescimento <strong>do</strong>s indivíduos, foi 10 anos em S. tenuifolia, 8 anos em P. adiantoi<strong>de</strong>s, 12 anos<br />
em P. micracantha e 13 anos em D. frutescens (Fig. 8). Pô<strong>de</strong>-se também constatar que o<br />
caule, com 2,5 cm <strong>de</strong> diâmetro (12,5 mm <strong>de</strong> raio), apresentou em média 6 anos nas espécies S.<br />
tenuifolia, P. micracantha e D. frutescens e 5 anos em P. adiantoi<strong>de</strong>s. (Fig. 8).<br />
A ocorrência <strong>de</strong> anéis <strong>de</strong>scontínuos e <strong>de</strong> anéis muito estreitos foi nota<strong>da</strong> em algumas<br />
regiões <strong>do</strong> caule nas <strong>lianas</strong> <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> e foram mais freqüentes em D. frutescens, on<strong>de</strong><br />
somente um indivíduo não apresentou cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong>scontínuas.<br />
Foi observa<strong>da</strong> alta intercorrelação entre os raios medi<strong>do</strong>s em ca<strong>da</strong> indivíduo e os<br />
valores mais altos foram <strong>de</strong> P. adiantoi<strong>de</strong>s e D. frutescens (Fig. 6). Foram excluí<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s<br />
análises <strong>de</strong> correlação subseqüentes as séries temporais <strong>de</strong> indivíduos que apresentaram baixa<br />
correlação entre os raios (coeficiente <strong>de</strong> intercorrelação < 0,4).