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anatomia do lenho e dendrocronologia de lianas da família ...

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Na maioria <strong>da</strong>s espécies em estu<strong>do</strong> os elementos <strong>de</strong> vaso são curtos com<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 400 µm em média, exceto em D. frutescens on<strong>de</strong> foram observa<strong>do</strong>s<br />

elementos <strong>de</strong> vaso muito curtos, com média <strong>de</strong> 201,62 µm. A espécie que apresentou os<br />

elementos <strong>de</strong> vaso mais longos foi P. micracantha, com média <strong>de</strong> 435,16 µm. Estu<strong>do</strong>s têm<br />

<strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> que o comprimento <strong>do</strong>s elementos <strong>de</strong> vaso está mais relaciona<strong>do</strong> com gêneros e<br />

espécies próximas <strong>do</strong> que com o hábito (Carlquist 1985), contu<strong>do</strong> po<strong>de</strong>m ser verifica<strong>da</strong>s<br />

diferenças quan<strong>do</strong> compara<strong>da</strong>s <strong>lianas</strong> e árvores <strong>da</strong> mesma espécie. As Leguminosas<br />

apresentam elementos <strong>de</strong> vaso muito curtos a médios não ultrapassan<strong>do</strong> 800 µm (Baretta-<br />

Kuipers 1981; Wheeler & Baas 1992), o que foi corrobora<strong>do</strong> neste estu<strong>do</strong>.<br />

A ocorrência <strong>de</strong> variações cambiais em <strong>lianas</strong> é bem conheci<strong>da</strong>. Contu<strong>do</strong> variação<br />

cambial na subfamília Mimosoi<strong>de</strong>ae é pouco relata<strong>da</strong>. Evans et al. (2006), que estu<strong>da</strong>ram a<br />

<strong>anatomia</strong> <strong>do</strong> <strong>lenho</strong> <strong>de</strong> 70% <strong>do</strong>s gêneros <strong>da</strong> subfamília, constatou somente no gênero Enta<strong>da</strong><br />

tal característica. Neste estu<strong>do</strong> Senegalia grandistipula, S. martiusiana, S. pedicellata e S.<br />

lacerans apresentam um cambio único, normal em produtos mas anormal na conformação,<br />

com formato loba<strong>do</strong> e não fragmenta<strong>do</strong> no corte transversal nas três primeiras espécies cita<strong>da</strong>s<br />

e com xilema fissura<strong>do</strong> em S. lacerans. A variação que confere o formato loba<strong>do</strong> já havia si<strong>do</strong><br />

observa<strong>da</strong> por Obaton (1960) em Acacia pennata e em outra espécie <strong>de</strong> Acacia por Netto<br />

(1863 apud Obaton 1960). Nestes tipos <strong>de</strong> variação o câmbio produz floema para o la<strong>do</strong><br />

externo e xilema para o la<strong>do</strong> interno, contu<strong>do</strong> em algumas regiões o câmbio produz menos<br />

xilema que em outras (Carlquist 2001). No tipo caule loba<strong>do</strong> a variação é nota<strong>da</strong> no la<strong>do</strong><br />

externo <strong>do</strong> caule sem necessitar a secção transversal, contu<strong>do</strong> na espécie que apresenta xilema<br />

fissura<strong>do</strong> a variação é somente nota<strong>da</strong> após ser secciona<strong>do</strong> transversalmente. O xilema<br />

fissura<strong>do</strong> é <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> uma pequena porção <strong>do</strong> câmbio que produz mais floema e menos<br />

xilema, tornan<strong>do</strong>-se quase unidirecional (Carlquist 2001). Em to<strong>da</strong>s as espécies com variação<br />

cambial analisa<strong>da</strong>s geralmente ocorre a redução <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> xilema em 4 regiões <strong>do</strong> caule.<br />

Ao parênquima axial paratraqueal nas <strong>lianas</strong> é atribuí<strong>da</strong> a função <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong><br />

teci<strong>do</strong> vascular após injuria (Fisher & Ewers 1989), aumento <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> (Putz &<br />

Holbrook 1991) ou ain<strong>da</strong> a função <strong>de</strong> segurança e manutenção <strong>do</strong> sistema condutor,<br />

hidrolisan<strong>do</strong> o ami<strong>do</strong> a açúcar, moven<strong>do</strong> este para a água presente no vaso e geran<strong>do</strong> pressão<br />

osmótica que eleve a água a esta porção <strong>do</strong> vaso, evitan<strong>do</strong> ou eliminan<strong>do</strong> ar <strong>do</strong>s vasos largos<br />

(Carlquist 1985). Reserva <strong>de</strong> ami<strong>do</strong> no parênquima adjacente aos vasos foi relata<strong>do</strong> por<br />

Carlquist (1985) em três gêneros <strong>de</strong> <strong>lianas</strong> <strong>da</strong> família Leguminosae (Har<strong>de</strong>nbergia, Mucuna,<br />

Wisteria). Nesse estu<strong>do</strong> foi observa<strong>do</strong> que o ami<strong>do</strong> não se concentrava apenas no parênquima

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