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anatomia do lenho e dendrocronologia de lianas da família ...

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histoquímicos e foi confirma<strong>da</strong> a presença <strong>de</strong> ami<strong>do</strong> no interior <strong>da</strong>s fibras septa<strong>da</strong>s. Em<br />

algumas fibras não septa<strong>da</strong>s também se notou a presença <strong>de</strong> ami<strong>do</strong>. Apesar <strong>de</strong> não terem si<strong>do</strong><br />

quantifica<strong>da</strong>s, constatou-se que as fibras septa<strong>da</strong>s foram mais abun<strong>da</strong>ntes nas espécies <strong>do</strong><br />

gênero Senegalia, e menos abun<strong>da</strong>ntes no gênero Pipta<strong>de</strong>nia. A presença <strong>de</strong> fibras septa<strong>da</strong>s<br />

também é referi<strong>da</strong> como comum em <strong>lianas</strong> <strong>da</strong> família Bignoniaceae (Gasson & Dobbins<br />

1991). As características observa<strong>da</strong>s nas espécies <strong>de</strong> Pipta<strong>de</strong>nia e Senegalia se enquadram nas<br />

<strong>de</strong>scrições realiza<strong>da</strong>s por Evans et al. (2006) para o grupo Pipta<strong>de</strong>nia <strong>da</strong> tribo Mimoseae e<br />

para o grupo Acacia <strong>da</strong> tribo Acaciaeae, respectivamente.<br />

Bamber & Ter Welle (1994) estu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a liana Acacia albizioi<strong>de</strong>s observaram<br />

diâmetro <strong>de</strong> vasos com média <strong>de</strong> 265 µm, 39% <strong>de</strong> parênquima, 2-3 células <strong>de</strong> largura e 1 mm<br />

<strong>de</strong> altura <strong>do</strong>s raios, maior porcentagem <strong>de</strong> parênquima <strong>do</strong> que <strong>de</strong> fibras. No presente estu<strong>do</strong>,<br />

as espécies <strong>do</strong> gênero Senegalia, antes trata<strong>da</strong>s com Acacia, apresentaram menor diâmetro<br />

<strong>do</strong>s vasos <strong>do</strong> que o observa<strong>do</strong> pelos referi<strong>do</strong>s autores e a largura <strong>do</strong>s raios na maioria <strong>da</strong>s<br />

espécies foi semelhante, exceto para S. tenuifolia que apresentou raios largos. Nenhuma<br />

espécie <strong>do</strong> gênero Senegalia, apresentou raios com altura média maior que 1 mm. Em S.<br />

tenuifolia os raios chegam a atingir 3,26 mm, mas a média é <strong>de</strong> 0,71 mm. A porcentagem <strong>de</strong><br />

parênquima foi maior que a observa<strong>da</strong> pelos autores cita<strong>do</strong>s acima, com nenhuma espécie<br />

possuin<strong>do</strong> menos <strong>de</strong> 42% <strong>de</strong> parênquima.<br />

A presença <strong>de</strong> cristais <strong>de</strong> oxalato <strong>de</strong> cálcio é uma característica conspícua em<br />

Leguminosae. No <strong>lenho</strong> <strong>de</strong> Papilionoi<strong>de</strong>ae e Mimosoi<strong>de</strong>ae os cristais são usualmente<br />

solitários, em câmaras compartimentaliza<strong>da</strong>s (Zindler-Frank 1987). To<strong>da</strong>s as espécies<br />

estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s apresentaram cristais prismáticos <strong>de</strong> oxalato <strong>de</strong> cálcio, em séries parenquimáticas<br />

com um cristal por subdivisão. As espécies com cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> crescimento distintas<br />

apresentavam várias séries cristalíferas em seu limite, Segun<strong>do</strong> Evans et al. (2006), na família<br />

Mimosoi<strong>de</strong>ae os cristais são freqüentes no parênquima axial e comuns em fibras<br />

compartimentaliza<strong>da</strong>s. Esses autores citam uma maior freqüência <strong>de</strong> cristais nos limites entre<br />

parênquima axial e fibras o que dificulta a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> célula os encerram (Evans<br />

et al. 2006). A mesma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> foi encontra<strong>da</strong> no presente trabalho.<br />

O parênquima axial po<strong>de</strong> auxiliar na distinção <strong>de</strong> gêneros (Baretta-Kuipers 1981), a<br />

exemplo <strong>de</strong> Dalbergia <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais gêneros <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>. No entanto o padrão <strong>do</strong> parênquima<br />

axial não permitiu a diferenciação <strong>da</strong>s espécies <strong>do</strong> gênero Senegalia e Pipta<strong>de</strong>nia. O gênero<br />

Dalbergia apresenta uma combinação <strong>de</strong> características anatômicas <strong>do</strong> <strong>lenho</strong> que permite uma<br />

fácil distinção <strong>do</strong>s outros gêneros <strong>de</strong> Leguminosae (Wheeler & Baas 1992). Isto também foi<br />

nota<strong>do</strong> neste estu<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> D. frutescens, diferiu <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais espécies por apresentar:

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