anatomia do lenho e dendrocronologia de lianas da famÃlia ...
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(1991) refere <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> Lieberman et al., coleta<strong>do</strong>s na Costa Rica, que <strong>de</strong>monstram que o<br />
aumento anual no diâmetro <strong>da</strong>s espécies varia <strong>de</strong> 0,0 a 5,2 mm, contu<strong>do</strong> algumas espécies<br />
foram pouco representa<strong>da</strong>s. Machaerium seemannii apresentou crescimento <strong>de</strong> com 5,2 mm<br />
por ano e Bauhinia sp. <strong>de</strong> 4,3 mm por ano, valores próximos aos obti<strong>do</strong>s no presente trabalho.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>stes estu<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s acima soma<strong>do</strong>s aos obti<strong>do</strong>s no presente,<br />
<strong>de</strong>monstram que as <strong>lianas</strong> <strong>da</strong> família Leguminosae têm o crescimento rápi<strong>do</strong> quan<strong>do</strong><br />
compara<strong>do</strong> a <strong>lianas</strong> <strong>de</strong> outras famílias.<br />
Foi observa<strong>do</strong> nos indivíduos estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s que existe relação entre diâmetro e i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Notam-se variações na taxa <strong>de</strong> crescimento entre os indivíduos, mas geralmente apresentam<br />
uma relação próxima a linear, como também observou Bonisegna et al. (1989) em Cedrella<br />
fissilis na Argentina e Worbes (1999) em espécies arbóreas tropicais, que em situações<br />
naturais ten<strong>de</strong>m a apresentar um crescimento contínuo. Esta relação mais ou menos linear<br />
permite uma simples estimação <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> através <strong>do</strong> diâmetro. A estimativa <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />
assumi<strong>da</strong> com muita cautela visto o <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> uma tendência linear <strong>de</strong> crescimento. Gerwing<br />
(2004) estimou a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>lianas</strong> através <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> crescimento médio e máximo <strong>de</strong> algumas<br />
espécies <strong>de</strong> <strong>lianas</strong> e encontrou valores discrepantes para <strong>lianas</strong> com 5 cm <strong>de</strong> diâmetro. Em<br />
Cronton ascen<strong>de</strong>ns estimou 25 anos através <strong>da</strong> média e 7 anos através <strong>do</strong> máximo. Em<br />
Memora schomburgkii estimou 169 anos através <strong>da</strong> média e 30 anos através <strong>do</strong> máximo. Nas<br />
espécies estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s no presente trabalho, quan<strong>do</strong> estima<strong>da</strong> a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> caules com 5 cm <strong>de</strong><br />
diâmetro pela média <strong>de</strong> crescimento, S. tenuifolia apresentou 9 anos, P adiantoi<strong>de</strong>s 10 anos,<br />
P. micracantha 12 anos e D. frutescens 13 anos. A mesma estimativa, quan<strong>do</strong> realiza<strong>da</strong> com o<br />
crescimento máximo foi 8 anos em S. tenuifolia e P. micracantha e 7 anos em P adiantoi<strong>de</strong>s e<br />
D. frutescens. Os valores estima<strong>do</strong>s pela taxa <strong>de</strong> crescimento médio foram bem próximos aos<br />
valores observa<strong>do</strong>s através <strong>da</strong> contagem e mensuração. Contu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> estima<strong>do</strong> pelo<br />
crescimento máximo estes valores foram subestima<strong>do</strong>s. Isso <strong>de</strong>monstra que o crescimento<br />
médio seria o melhor parâmetro para estimação <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> em <strong>lianas</strong>.<br />
Poucos estu<strong>do</strong>s estimaram a i<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> algumas <strong>lianas</strong>. Kanngiesser (1906 apud<br />
Schweingruber & Poschlod, 2005) estimou 41 anos em Clematis vitalba L. e utilizou as<br />
cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> crescimento para este fim. Burkill (1944 apud Schweingruber & Poschlod, 2005)<br />
estima a i<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> Tamus communis L. em 20 anos, porém o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> estimação por<br />
ele utiliza<strong>do</strong> é <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>. A i<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima observa<strong>da</strong> em <strong>lianas</strong> <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> foi 27 anos<br />
em D. frutescens. É importante salientar que as i<strong>da</strong><strong>de</strong>s obti<strong>da</strong>s são subestima<strong>da</strong>s <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao<br />
tempo que o indivíduo levou para <strong>de</strong>senvolver-se <strong>de</strong> plântula até a altura <strong>de</strong> on<strong>de</strong> foi removi<strong>da</strong><br />
a amostra.