Ed. 114 - NewsLab
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alterações hormonais decorrentes do<br />
diabetes gestacional.<br />
Elucidar as principais consequências<br />
do diabetes gestacional tanto para<br />
a mãe quanto para o feto.<br />
Metodologia<br />
Este trabalho consta de uma investigação<br />
exploratória e descritiva,<br />
sendo realizada por meio de levantamento<br />
e revisão de literatura, com<br />
artigos sobre o tema entre os anos de<br />
2000 a 2011, enfocando a relação das<br />
alterações hormonais sofridas durante<br />
a gestação e o diabetes gestacional.<br />
A realização do levantamento foi<br />
feita através de busca na Internet,<br />
onde consultamos a biblioteca: Scientific<br />
Eletronic Online (Scielo), Biblioteca<br />
Virtual em Saúde (Bireme), entre<br />
outros. Utilizando os seguintes descritores:<br />
alterações hormonais, gestação<br />
+ Diabetes Gestacional. Utilizamos a<br />
combinação de três descritores, visto<br />
que ao realizar tentativas com outros<br />
descritores, obtivemos os mesmos<br />
artigos em duplicidade aos encontrados<br />
com os descritores supra citados.<br />
Foram selecionados artigos e textos<br />
disponíveis na língua portuguesa e língua<br />
inglesa no íntegro acesso online.<br />
Resultados<br />
Há muitas semelhanças entre a resistência<br />
à insulina em não gestantes<br />
e em mulheres com diabetes gestacional,<br />
mas as tentativas de diagnóstico<br />
por meio da dosagem de hemoglobina<br />
glicada e também pela frutosamina,<br />
tentando mostrar uma resistência à<br />
insulina podem ser frustradas. Marcadores<br />
inespecíficos tanto da placenta<br />
quanto da função endócrina fetal como<br />
estradiol, HLP e hCG, também não<br />
conseguiram mostrar a diferença entre<br />
a gestante com diabetes e a gestante<br />
normal. Há uma elevação nos níveis de<br />
HLP no terceiro trimestre de gestantes<br />
diabéticas, tal alteração é complicada<br />
pela macrossomia fetal (20)<br />
Os filhos em que a mãe desenvolveu<br />
diabetes durante a gestação<br />
podem ser grandes para a idade gestacional<br />
e também apresentar macrossomia.<br />
A macrossomia é caracterizada<br />
pelos bebês com peso maior que 4 kg<br />
e são mais suscetíveis ao trauma do<br />
parto. Além do mais, podem desenvolver<br />
hipoglicemia neonatal pelo excesso<br />
residual de insulina pelas células<br />
estimuladas pela ação do HLP. Tal<br />
situação é mais incidente em mulheres<br />
com diabetes do que em mulheres<br />
normais. Os níveis de -hCG em mães<br />
diabéticas bem controladas são mais<br />
baixos em relação às concentrações de<br />
mães não-diabéticas e não apresenta<br />
correlação com a macrossomia fetal.<br />
A hiperglicemia no início da gestação,<br />
ou seja, fase de crescimento fetal, há<br />
um aumento de risco de malformações<br />
e abortos espontâneos (20, 21, 22).<br />
As IGFs produzidas pela placenta e<br />
também pelo feto cursam para a macrossomia<br />
fetal associada ao diabetes<br />
materno. Semelhante às gestantes<br />
normais, as com diabetes gestacional<br />
apresentam maiores concentrações<br />
séricas de IGF-I e IGF-II, atingindo o<br />
platô no terceiro trimestre de gestação.<br />
Os níveis de ambas as IGFs na<br />
circulação materna são comparáveis,<br />
porém as concentrações são maiores<br />
no cordão umbilical dos recém-nascidos<br />
de mães diabéticas (20).<br />
Os níveis de leptina no sangue do<br />
cordão umbilical estão aumentados<br />
em bebês grandes para a idade gestacional<br />
e estão relacionados com o<br />
peso e índice de massa corporal após<br />
o parto (20, 23).<br />
A leptina é produzida potencialmente<br />
pelo tecido adiposo fetal, porém sua<br />
produção pela placenta contribui para<br />
a hiperleptinemia em gestantes diabéticas.<br />
O aumento do índice de massa<br />
corporal nas gestantes deve-se pela<br />
leptina. Gestantes com intolerância à<br />
glicose após o parto, voltando ao seu<br />
peso antes da gestação, apresentam<br />
uma redução nos níveis de leptina. É<br />
possível utilizar os níveis desse hormônio<br />
materno para o rastreamento<br />
de macrossomia fetal (20).<br />
Discussão<br />
Soad, 2004 (24) ao contrário de<br />
Reis et al., 2002 (20), afirma que<br />
os níveis de leptina e insulina estão<br />
normais em bebês com duas semanas<br />
de vida de mães saudáveis e<br />
também de filhos de mães diabéticas.<br />
Entretanto, os filhos de mães com<br />
diabetes gestacional e aquelas com<br />
franca diabetes mellitus em controle<br />
de dieta apresentam significante<br />
hipoglicemia, indicando um distúrbio<br />
no metabolismo da glicose nessas<br />
crianças. A rápida queda nos níveis de<br />
leptina após o parto é um importante<br />
estímulo para o início da produção e<br />
consumo de energia.<br />
Há uma significante associação<br />
entre leptina e insulina no soro em filhos<br />
de mães com diabetes gestacional<br />
que aumenta a hipótese de que o eixo<br />
adipoinsular esteja presente nesses<br />
bebês (24, 23).<br />
Ng et al., 2000 (23) afirmam a<br />
ausência de associações entre leptina<br />
e cortisol ou hormônios tireoidianos,<br />
ao contrário de Montenegro et<br />
al., 2000 (22) que afirmam a presença<br />
do cortisol atuando indiretamente<br />
na via glicose/insulina afetando a<br />
produção de leptina.<br />
Não há diferença na liberação de<br />
resistina, adiponectina entre gestantes<br />
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<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>114</strong> - 2012