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Anais - Engenharia de Redes de Comunicação - UnB

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2. Ontologia<br />

Uma ontologia <strong>de</strong>screve um vocabulário comum usando conceitos (objetos) e<br />

proprieda<strong>de</strong>s (relacionamentos) que são importantes para um <strong>de</strong>terminado domínio.<br />

Esta <strong>de</strong>scrição é alcançada através <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições que associam os<br />

conceitos à linguagem humana, <strong>de</strong>screvendo seus significados e um conjunto <strong>de</strong><br />

axiomas (formais) que restringem a interpretação e o uso <strong>de</strong>stes conceitos<br />

[Konstantinou, Spanos e Mitrou 2008]. Por exemplo, no domínio “alunos <strong>de</strong> uma<br />

universida<strong>de</strong>”, conceitos po<strong>de</strong>riam ser aluno, professor, curso, disciplina, etc. Os<br />

relacionamentos po<strong>de</strong>riam ser “é aluno <strong>de</strong>”, “é professor <strong>de</strong>”, “é disciplina <strong>de</strong>”, etc.<br />

Outro recurso <strong>de</strong> uma ontologia é permitir interoperabilida<strong>de</strong> entre sistemas<br />

através <strong>de</strong> seu vocabulário comum, permitindo que inferências sejam feitas <strong>de</strong> acordo<br />

com os axiomas pré-<strong>de</strong>finidos [Dou, McDermott e Qi 2004]. Axiomas são <strong>de</strong>finições,<br />

expressas através <strong>de</strong> lógica <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m, que envolvem classes, instâncias,<br />

relacionamentos e operadores lógicos. Axiomas são utilizados para representar uma<br />

verda<strong>de</strong> reconhecida para um <strong>de</strong>terminado domínio <strong>de</strong> conhecimento. Os mesmos são<br />

avaliados por máquinas <strong>de</strong> inferência – software que faz <strong>de</strong>duções a partir do<br />

conhecimento expresso em uma ontologia, com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivar <strong>de</strong>sta ontologia um<br />

novo conhecimento. Tomando como exemplo o domínio <strong>de</strong> conhecimento “alunos <strong>de</strong><br />

uma universida<strong>de</strong>” citado acima, um axioma para tal domínio po<strong>de</strong>ria ser “todo aluno<br />

do curso <strong>de</strong> matemática é aluno da disciplina álgebra”, apresentado aqui em lógica <strong>de</strong><br />

primeira or<strong>de</strong>m:<br />

“AlunoDisciplinaAlgebra ≡ ∃éAlunoDe.CursoMatematica”<br />

De acordo com Gruber [1993], os critérios preliminares que <strong>de</strong>vem ser levados<br />

em consi<strong>de</strong>ração antes <strong>de</strong> se construir uma ontologia são clareza, coerência,<br />

extensibilida<strong>de</strong> e um mínimo compromisso ontológico.<br />

Observando esses critérios, algumas escolhas <strong>de</strong>vem ser feitas quando se vai<br />

construir uma ontologia. Por exemplo, <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> classes e axiomas <strong>de</strong>vem restringir<br />

o número <strong>de</strong> interpretações possíveis para satisfazer o critério da clareza. Porém,<br />

minimizar o compromisso ontológico significa admitir vários possíveis mo<strong>de</strong>los para<br />

um domínio <strong>de</strong> conhecimento. Portanto, <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong>vem ser tomadas <strong>de</strong><br />

acordo com o objetivo da ontologia.<br />

A principal vantagem <strong>de</strong> se utilizar ontologia para mo<strong>de</strong>lar dados é o fato <strong>de</strong>sta<br />

prover uma semântica explícita e formal. Além disto, a ontologia po<strong>de</strong> ser<br />

compartilhada (utilizada em vários sistemas escritos em linguagens diferentes) e<br />

reutilizada − adaptada para contemplar outros objetivos. Através do uso <strong>de</strong> inferências,<br />

ontologias também po<strong>de</strong>m prover informações sobre um <strong>de</strong>terminado domínio que não<br />

estejam explicitamente <strong>de</strong>finidas na base <strong>de</strong> conhecimento [Konstantinou, Spanos e<br />

Mitrou 2008]. Usando o exemplo do domínio <strong>de</strong> conhecimento “alunos <strong>de</strong> uma<br />

universida<strong>de</strong>”, se existe um aluno do curso <strong>de</strong> matemática na base <strong>de</strong> conhecimento da<br />

ontologia, a informação <strong>de</strong> que esse aluno está inscrito na disciplina álgebra não<br />

precisaria ser manualmente adicionada na ontologia, pois esta informação seria<br />

automaticamente inferida a partir <strong>de</strong> um axioma.<br />

3. Ontologia Baseada em Estratégia<br />

Para satisfazer os critérios propostos por Gruber [Gruber 1993] na construção da<br />

ontologia, utilizou-se inicialmente a taxonomia <strong>de</strong> ataques apresentada pelo website da<br />

CAPEC [CAPEC 2011]. A CAPEC <strong>de</strong>screve mecanismos utilizados para explorar<br />

falhas <strong>de</strong> software <strong>de</strong> acordo com a perspectiva do atacante. Esta <strong>de</strong>scrição é feita em<br />

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