arquivo .PDF - Jornalismo da UFV
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movimentos sociais lutam contra a ordem vigente e buscam através <strong>da</strong> mobilização mu<strong>da</strong>r<br />
alguns padrões sociais, por lutarem por direitos “incomuns” aos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de colocam<br />
alguns assuntos em pauta exigindo do governo e socie<strong>da</strong>de civil uma maior discussão acerca<br />
do assunto.<br />
Todos os temas colocados até o momento são considerados como movimentos<br />
sociais atuais. A agroecologia por lutar pela vi<strong>da</strong>, as EFA‟s por lutar por um outro modelo<br />
de educação, a cultura popular por se constituir enquanto força mobilizadora agente <strong>da</strong>s<br />
transformações, se constituem enquanto movimentos sociais por lutarem por outro modelo<br />
de socie<strong>da</strong>de.<br />
Nessa perspectiva outros grupos também trouxeram contribuições significativas no<br />
contexto <strong>da</strong> elaboração de um novo conhecimento: o Movimento dos Trabalhadores Rurais<br />
Sem-Terra- MST, o Movimento dos Atingidos pelas Barragens- MAB, os militantes <strong>da</strong><br />
Comissão Pastoral <strong>da</strong> Terra- CPT, Via Campesina, entre outros. A presença dessas pessoas<br />
que vem se movimentando dentro <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de em busca de seus direitos se constituem<br />
como forças <strong>da</strong> emancipação social desses grupos. Para Boaventura de Sousa Santos o único<br />
problema é que<br />
esta tem sido organiza<strong>da</strong> por meio de uma tensão entre regulação e emancipação<br />
social, entre ordem e progresso, entre uma socie<strong>da</strong>de com muitos problemas e a<br />
possibili<strong>da</strong>de de resolvê-los em outra melhor, que são as expectativas. Então, é<br />
uma socie<strong>da</strong>de que pela primeira vez cria essa tensão entre experiências correntes<br />
do povo, que ás vezes são ruins, infelizes, desiguais, opressoras, e a expectativa de<br />
uma vi<strong>da</strong> melhor, de uma socie<strong>da</strong>de melhor. (idem, 2007, p.17-18)<br />
O autor ain<strong>da</strong> coloca que os instrumentos que regulam essas diferenças estão em<br />
crise, “entretanto, não está em crise a ideia de que necessitamos de uma socie<strong>da</strong>de melhor,<br />
de que necessitamos de uma socie<strong>da</strong>de mais justa. As promessas <strong>da</strong> moderni<strong>da</strong>de- a<br />
liber<strong>da</strong>de, a igual<strong>da</strong>de e a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de- continuam sendo uma aspiração mundial.”<br />
(BOAVENTURA, 2007, p.18-19)<br />
A presença desses grupos é exatamente para que eles tragam as suas contribuições<br />
para gerar um novo patamar de conhecimento e claro <strong>da</strong>r visibili<strong>da</strong>de a essas pessoas que<br />
são excluí<strong>da</strong>s desse modelo de educação universitária, que não propõe um ensino voltado<br />
para outras reali<strong>da</strong>des. Trazer essas pessoas é a possibili<strong>da</strong>de, quem sabe, <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de<br />
fazer uma inversão e apren<strong>da</strong> também com outras reali<strong>da</strong>des. Os movimentos sociais tem se<br />
colocado como um ótimo exemplo em ganho de força política.<br />
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