arquivo .PDF - Jornalismo da UFV
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Capítulo Cultura<br />
Popular<br />
Guilherme (Padeiro)<br />
Apresentação <strong>da</strong> Folia<br />
de Reis do Estouro-<br />
Araponga<br />
Rafaela<br />
Tião Farinha<strong>da</strong><br />
Márcio<br />
campo. E aí eu lanço para eles uma pergunta: entre as nossas<br />
dificul<strong>da</strong>des enfrenta<strong>da</strong>s e o modelo convencional, se eles<br />
gostariam de ficar com a gente ou de voltar para uma escola<br />
convencional? Porque a gente consegue ver com eles lá, a<br />
olhos vistos, apesar <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des, as transformações que<br />
esses jovens fazem durante esse processo de formação e que<br />
aí, pra mim, a educação pega a agroecologia, cultura e todo o<br />
contexto do meio ambiente. Não existe educação sem<br />
transformação, e nem transformação sem educação. E é isso<br />
que eu queria deixar aqui.<br />
Cantoria<br />
Não vou sair do campo pra poder ir pra escola<br />
Educação no campo é direito e não esmola.<br />
Imagens em off <strong>da</strong> bandeira <strong>da</strong> EFA.<br />
Thyaga: Bom dia para vocês e agradecer a oportuni<strong>da</strong>de de<br />
estarmos aqui, nesse momento e a gente vai fazer uma<br />
brincadeira, liga<strong>da</strong> a tantos movimentos indígenas e também<br />
de várias culturas de pessoas que se unem em volta de uma<br />
ro<strong>da</strong> e também as crianças nas suas brincadeiras de ro<strong>da</strong>, nos<br />
seus cancioneiros populares.<br />
Adê e Thyaga cantam<br />
Nossas mãos estão liga<strong>da</strong>s carregando a cultura, a amizade e<br />
alegria<br />
Gira Girô, nossa ro<strong>da</strong> já chegou (4x)<br />
Fazer um pouco do relato de como surgiu essa idéia de ter<br />
uma instalação de cultura. Quando a gente veio desde o ano<br />
passado, no primeiro Troca de Saberes, com o ciclo de<br />
cultura, a gente trouxe pro círculo mestres <strong>da</strong> cultura, artistas<br />
<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> região; pessoas que estavam envolvi<strong>da</strong>s com a<br />
arte, com a cultura.<br />
Música instrumental.<br />
O que eu vivi é minha tradição, o que minha mãe viveu que<br />
eu aprendi é isso assim <strong>da</strong> gente pensar que cultura primeiro<br />
é na gente assim, a gente tem muita coisa dentro <strong>da</strong> gente que<br />
vem pra gente não perder nossa própria identi<strong>da</strong>de, não<br />
esquecer <strong>da</strong>s nossas memórias, ancestrais, vô, vó, <strong>da</strong> onde a<br />
gente veio, tá na gente, como que a gente aprendeu, que que<br />
a gente come, não tá distante, não tá em lugar pago, não tá<br />
em clube, não tá na escola apenas, tá na gente primeiro.<br />
Esse espaço nosso aqui é exatamente pra fomentar isso na<br />
gente, provocar. E o mais importante é a gente entender que<br />
nós somos um ser cultural, nós somos um ser cultural, o que<br />
nós temos nos pertence, foi nos <strong>da</strong>do her<strong>da</strong>do de família.<br />
A gente trazer isso pra dentro <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de é importante,<br />
aí trago tá aqui o Sebastião Farinha<strong>da</strong>, é um agente cultural,<br />
ele não tem diploma superior pra trabalhar com isso, agora<br />
olha o trabalho que é feito em Espera Feliz nas comuni<strong>da</strong>des.<br />
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