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arquivo .PDF - Jornalismo da UFV

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Consideramos a participação dos atores sociais nas políticas sociais um elemento<br />

vivo e atuante nas socie<strong>da</strong>des modernas. Sua presença é elemento crucial para a<br />

consoli<strong>da</strong>ção do processo democrático, principalmente no que se refere ás<br />

estruturas locais. Certamente as formas de manifestação e o modo de mobilização<br />

<strong>da</strong>s pessoas têm se transformado. (GOHN, 2001, p.83-84)<br />

O MST na luta pela reforma agrária, por exemplo, mostra que essa luta é também<br />

dos estu<strong>da</strong>ntes e técnicos <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de, que em sua maioria se formam e trabalham para<br />

os grandes latifundiários. A própria produção do conhecimento é sempre volta<strong>da</strong> para os<br />

donos do poder econômico. O MAB ao lutar pelos direitos de quem é expulso de sua terra<br />

em situações de barragem, mostra que essa é também uma luta que envolve to<strong>da</strong> a<br />

socie<strong>da</strong>de, pois estão destruindo a natureza e o meio ambiente. Aliás, colocar a luta do MAB<br />

é muito pertinente também por questão de justiça, pois muitas <strong>da</strong>s pessoas que são expulsas<br />

de suas terras para que sejam construí<strong>da</strong>s as barragens, tem uma relação muito mais<br />

profun<strong>da</strong> com a terra do que a própria geração de ren<strong>da</strong>. São pessoas que vivem <strong>da</strong> terra,<br />

gostam de estar no campo e isso nenhuma empresa nunca vai conseguir indenizar. É assim<br />

que essas forças sociais que surgem dos movimentos sociais conquistam aos poucos seu<br />

espaço e assim, transformam também os conceitos de justiça e ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. Maria <strong>da</strong> Glória<br />

Gohn coloca<br />

que é necessário refun<strong>da</strong>r a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de e redefinir os direitos porque estamos<br />

numa nova era política e social, na qual os conflitos sociais não são apenas pela<br />

distribuição <strong>da</strong> ren<strong>da</strong>, mas são, fun<strong>da</strong>mentalmente, conflitos de interpretação sobre<br />

o sentido de justiça. Isto confere um papel importante a todos os processos de<br />

gestão social e política. Deve-se fazer um esforço para buscar um consenso entre o<br />

justo e o injusto. Assim, a questão <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia ganha centrali<strong>da</strong>de. (idem, 2001, p.<br />

89)<br />

A generosi<strong>da</strong>de, soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de e digni<strong>da</strong>de são conceitos subjetivos, mas sem<br />

dúvi<strong>da</strong> são termos que a nossa socie<strong>da</strong>de precisa resignificar para avançarmos no atual<br />

modelo de socie<strong>da</strong>de muito liga<strong>da</strong> as questões materiais e que se esquece dos aspectos<br />

humanos.<br />

1.1 Comunicação e Mu<strong>da</strong>nças Sociais<br />

Historicamente, os grandes meios de comunicação sempre pertenceram á uma<br />

pequena parcela <strong>da</strong> população, o que dificultava o acesso de classes menos privilegia<strong>da</strong>s a<br />

esses meios. A concentração dos grandes meios de comunicação reproduz uma lógica de<br />

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