arquivo .PDF - Jornalismo da UFV
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Mariana<br />
Elza Ilza<br />
Beth<br />
Capítulo sobre<br />
Educação no Campo.<br />
Rosânia<br />
Gilmar<br />
estejam presentes em todos os espaços. Então na construção<br />
já <strong>da</strong> Troca de Saberes a gente tá lá o tempo todo preocupado<br />
com isso.<br />
Acho que em to<strong>da</strong> convivência, todo relacionamento tem<br />
uma palavrinha que é muito mágica né, que é o respeito né?<br />
A partir do momento que a gente se respeita e respeita o<br />
outro você dá oportuni<strong>da</strong>de de se conhecer. Eu acho que<br />
muitas vezes o que falta dessa relação homem e a mulher é<br />
um respeitar o direito e deveres de ca<strong>da</strong> um.<br />
Então quando ela fala assim, essa questão do respeito, essa é<br />
até uma questão muito forte, essa relação do poder, por mais<br />
que essa mulher não está inseri<strong>da</strong> nessa discussão, nesse<br />
conjunto <strong>da</strong> agricultura familiar, mas ela tem aquilo como o<br />
espaço dela de poder.<br />
A gente tem aí, uma socie<strong>da</strong>de que é desigual né, a gente<br />
percebe isso né, a socie<strong>da</strong>de patriarcal, extremamente<br />
machista, onde as mulheres não têm as mesmas<br />
oportuni<strong>da</strong>des que os homens né. Então se a gente tá<br />
construindo um espaço de construção do conhecimento e<br />
esse espaço ele é diferenciado, a gente tá querendo fazer algo<br />
revolucionário, então assim, o mais democrático possível é<br />
importante que a gente esteja preocupado com as inserção<br />
<strong>da</strong>s mulheres nesses espaços. Então quando a gente faz uma<br />
abor<strong>da</strong>gem de gênero num espaço como o Troca de Saberes<br />
qual é a intencionali<strong>da</strong>de disso? É garantir espaços de poder<br />
iguais para homens e mulheres.<br />
Tião Farinha<strong>da</strong> e Gilmar cantam:<br />
Não vou sair do campo pra poder ir pra escola<br />
Educação no Campo é direito e não esmola<br />
O povo agricultor, o homem e a mulher<br />
O negro quilombola com seu canto de afoxé<br />
de cunha caeté, castanheira e seringueira<br />
pescadores e você, e com certeza estão de pé.<br />
Não vou sair do campo pra poder ir pra escola<br />
Educação no Campo é direito e não esmola.<br />
Se houver educação e não houver transformação também aí<br />
não funciona. Então a educação para nós é levar em conta o<br />
ser humano, a pessoa. E quando a gente fala <strong>da</strong> prática e<br />
teoria de uma escola, que a gente quer mu<strong>da</strong>r, a gente fala de<br />
modelo de educação, porque pra mim o problema está em<br />
todo o sistema de educação, tem muita coisa para melhorar e<br />
ser adequa<strong>da</strong> à reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s pessoas e onde ela está inseri<strong>da</strong>.<br />
Eu acho que a educação do campo vem como uma forma,<br />
como um exemplo de mu<strong>da</strong>nça.<br />
Ca<strong>da</strong> Escola Família Agrícola, ela surge a partir de uma<br />
necessi<strong>da</strong>de de uma comuni<strong>da</strong>de, <strong>da</strong>s famílias, <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des<br />
<strong>da</strong>quela região. A partir <strong>da</strong>í eles percebem a necessi<strong>da</strong>de de,<br />
além de discutir a terra, a água, a produção, é importante<br />
também discutir a educação.<br />
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