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arquivo .PDF - Jornalismo da UFV

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Beth<br />

Margari<strong>da</strong><br />

Mariana<br />

Lucas<br />

Beth<br />

o que o nosso menino come. É nessa questão de que nós<br />

mulheres é quem sabe. Porque nós é que sabe o dia em que o<br />

feijão tá pouco; é nós mulheres é que sabe quando a coberta<br />

tá fina e que tem um que está lá sem descobrir; nós é que<br />

sabe que o chinelo do outro arrebentou; é nós que sabe tudo.<br />

Então, se nós é que sabe tudo, é nós quem tem que man<strong>da</strong>r<br />

no trem.<br />

E aí na agricultura familiar é onde a gente vê isso se<br />

expressando mais claramente, porque se confunde um pouco<br />

o que que é o trabalho doméstico, o trabalho dito reprodutivo<br />

com o trabalho produtivo, aquele que gera ren<strong>da</strong>, que gera o<br />

dinheiro pras famílias né? Então existe uma certa confusão<br />

entre esses papéis, porque na agricultura familiar o espaço do<br />

quintal e <strong>da</strong> casa também são espaços produtivos né, não são<br />

espaços só dos trabalhos domésticos e tal. E isso nem sempre<br />

é visível.<br />

Na valorização do trabalho invisível <strong>da</strong> mulher, como já foi<br />

falado por outro grupo; esse trabalho que garante a economia<br />

<strong>da</strong> família, que é o trabalho invisível dos quintais, que<br />

realmente tem-se soberania alimentar e que esse trabalho não<br />

é aparecido, ele é invisível. Então ali que a gente vai se, que<br />

aparece na nossa vi<strong>da</strong>. E no poder de decisão e autonomia<br />

<strong>da</strong>s mulheres, porque ela não pode ser só aquela pessoa que<br />

está ali, „mais um‟; mas que tem que participar e tem que ter<br />

poder de decisão também.<br />

A mulher tem gerado ren<strong>da</strong> dentro de casa e antes <strong>da</strong> ren<strong>da</strong><br />

ela tem gerado a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e isso gera saúde, porque<br />

a mulher se potencializa, a alta estima dela vai lá em cima,<br />

sabe que além de pensar na criação do filho, na educação do<br />

filho ela também tá contribuindo financeiramente e isso<br />

muito assim nos orgulha e faz com que a gente ca<strong>da</strong> vez mais<br />

se doa nesse sentido.<br />

A produção no campo é a produção <strong>da</strong> família. Se a gente<br />

não traz essa autonomia também pra mulher, pra ela<br />

produzir, pra ela ter seu ganha-pão e ter de onde tira o<br />

alimento, enquanto a gente não conseguir isso vai continuar<br />

acontecendo <strong>da</strong> mulher, até reproduzir e de nós<br />

reproduzirmos de que a mulher não produz na<strong>da</strong>, que ela não<br />

traz na<strong>da</strong> de bom, sendo que na ver<strong>da</strong>de, a mulher sempre tá<br />

ali no dia-a-dia trazendo muito equilíbrio, muita produção<br />

pra casa.<br />

Então assim, as mulheres elas lutam muito pra conseguir<br />

expressar o valor do trabalho delas e que ele seja<br />

reconhecido. E dentro <strong>da</strong> Troca de Saberes é fun<strong>da</strong>mental a<br />

gente manter esse espaço, um espaço <strong>da</strong>s mulheres e o<br />

espaço, e e e e, não é só a gente pensar nos eventos: ah, tem<br />

um espaço pras mulheres e o resto do evento os homens<br />

conduzem, acho que a gente tem que, por uma questão de<br />

democracia, a gente tem que garantir que as mulheres<br />

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