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o diletrrahennenêutico 149 foi pegado de surprésa em Jerusalém e que já sabia de antemão o que estava fazendo (I=
150 o dilema hermenêutico cláusulas, como metodologia, sem por ora questionar seus pressupostos. Por exemplo: deriva-se a "lei" da feitura de lendas da observação dos próprios textos bíblicos ou é ela importada para dentro do domínio bíblico de alguma outra parte Onde estamos em posição de poder observar a feitura de lendas em processo, verificamos que os escritores do Nôvo Testamento são severamente intolerantes com essa feitura. A cristologia docetista introduzida nas congregações da Ásia Menor (por Cerinto) é uma espécie de embelezamento lendário da história de· Jesus de Nazaré. A primeira epístola de João se opãeaisso reafirmando o fato evangélico original e básico de Jesus como o Cristo que veio na carne, visível, audível e palpàvelmente, e ferreteando a "lenda" como produto do espírito do Anticristo. O clima da igreja primitiva não parece ter sido favorável ao crescimento exuberante de lendas. E qual a situação com respeito à "lei" da recorrente atualização - reinterpretação - variação da proclamação do evangelho A gente se espanta ao ver a segurança com que eruditos fazem distinções e juízos respeito aos vários "estratos" das tradições encerradas nos evangelhos escritos. O leitor não iniciado dificilmente adivinhará quan~ ta coisa nesses estudos está na dependência de conjetura, reconstrução ehipótesesi com todos os perigos de julgamento subjetivo e interpretação errônea involuntária dos dados que assistem a essas tentativas no sentido de penetrarnos bastidores do evan.gelho à cata de formas literárias ou tradições não literárias de época anterior. O solo sob os pés da erudição não é tão firme aqui como talvez se poderia supor, e o consenso entre os eruditos de forma nenhuma é tão grande como F. C. Grant (com muitas outras exposições populares) sugere. Mas à margem disso, qual a evidência do próprio Nôvo Testamento em casos onde podemos realmente observar o processo I Coríntios 15 é um caso dêsses. Aqui Paulo se sente obrigado a "atualizar" de nôvo o evangelho à vista do fato de que em Corinto havia "alguns" que negavam a ressurreição dos mortos. De que maneira Paulo "atualiza" o evangelho Acaso o reinterpreta e modifica Não parece. Leva seus leitores de volta ao catecismo menor de Corinto: "Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por êle também sais salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei (I Coríntios 15.1,2). Repete, nos têrmos mais simples, os fatos básicos do evangelho (I Coríntios 15.3-11). E tudo o que se segue no capítulo quinze não é, para Paulo, uma "reinterpretação" ou "variação" do evangelho, senão que simplesmente uma explicitação do que já está im-
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