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A JAZIDA DE CRIOLITA DA MINA PITINGA (AMAZONAS) - ADIMB

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A Jazida de Criolita da Mina Pitinga (Amazonas)<br />

idades isotópicas (Tabela 2) distribuem-se entre 1.879 Ma.<br />

e 1.888 Ma. corroborando a grande afinidade existente<br />

entre estes granitos (com exceção do granito Alto Pitinga)<br />

e o Grupo Iricoumé evidenciada pelos dados petrográficos<br />

e geoquímicos. Não se obteve resultados isotópicos<br />

confiáveis nas amostras dos granitos Bom Futuro Norte<br />

e Alto Pitinga, fato lastimável especialmente no caso deste<br />

último corpo que apresenta algumas características<br />

geoquímicas que em parte o assemelham à Suite Madeira.<br />

Com relação a esta suíte, os trabalhos foram concentrados<br />

no corpo circular (granito Europa) no qual, por meio<br />

de mapeamento e trabalhos analíticos adicionais, procurou-se<br />

identificar a rocha responsável pelas anomalias de<br />

solo detectadas em antigas campanhas de prospecção.<br />

Petrografia do Grupo Iricoumé<br />

Nos trabalhos de campo e estudos petrográficos foram<br />

identificadas rochas efusivas e piroclásticas, de acordo<br />

com a classificação genética para depósitos vulcânicos<br />

(McPhie et al. 1993).<br />

As rochas efusivas são volumetricamente predominantes<br />

na região e em geral são acompanhadas por<br />

intrusões sin-vulcânicas petrograficamente semelhantes<br />

às lavas. As rochas piroclásticas são comuns na área e<br />

foram individualizadas em: ignimbritos, tufos de queda coignimbríticos<br />

e depósitos do tipo ondulado (surge).<br />

Rochas efusivas<br />

Tabela 2 – Idades de rochas da região de Pitinga obtidas por<br />

análises 207 Pb/ 206 Pb por evaporação de zircão.<br />

Neste item foram reunidos os depósitos de lava e os<br />

corpos ígneos globulosos posicionados em fraturas próximas<br />

à superfície (Pierosan et al. 2004). Estes litotipos<br />

consistem predominantemente em riolitos e feldspato alcalino<br />

riolitos, com textura porfirítica a glomeroporfirítica,<br />

em que os fenocristais atingem dimensões de 0,1 cm a<br />

3,5 cm e constituem até 35% do volume das rochas (Figura<br />

6a). Os fenocristais são de feldspato alcalino, em<br />

geral com o desenvolvimento de pertitas do tipo albita<br />

chessboard (Figura 6b), sendo o plagioclásio prismático<br />

alongado e percentualmente subordinado. Quartzo<br />

freqüentemente se encontra restrito à matriz e, quando<br />

na condição de fenocristal, possui hábito prismático<br />

bipiramidado, típico de quartzo-β (Figura 6c). A mineralogia<br />

varietal como fenocristal é rara e freqüentemente substituída<br />

por minerais de alteração. A preservação parcial<br />

do hábito pseudohexagonal (Figura 6d) e a ocorrência de<br />

raros minerais tardios de anfibólio sugerem a presença<br />

original de mineral do grupo da hornblenda. Biotita é constituinte<br />

comum da matriz, que é holocristalina a<br />

hemicristalina e de composição dominantemente quartzo-feldspática.<br />

As texturas micropoiquilítica (Figura 6e),<br />

esferulítica e de intercrescimento (Figura 6f), observadas<br />

nos termos efusivos, atestam a atuação de processos<br />

de desvitrificação associados a resfriamento rápido<br />

(Hibbard 1995).<br />

Nas lavas são observadas foliações de fluxo, marcadas<br />

pela alternância de bandas quartzo-feldspáticas com diferentes<br />

graus de cristalinidade (Figura 6g), que assumem<br />

atitude subvertical nas proximidades das zonas de alimentação.<br />

A alternância de bandas com diferentes graus de<br />

cristalinidade sugere segregação de voláteis pelo fluxo,<br />

gerando bandas com maior cristalinidade em que ocorre<br />

concentração de voláteis, propiciando alta taxa de crescimento<br />

em relação à taxa de nucleação.<br />

As lavas diferenciam-se dos corpos hipabissais principalmente<br />

por possuírem menores quantidades de<br />

fenocristais (~10%), matriz com textura mais fina e texturas<br />

micropoiquilítica e de intercrescimento menos desenvolvidas.<br />

Nos termos hipabissais são particularmente<br />

observados enclaves microgranulares (Figura 6h) e<br />

fenocristais de feldspato alcalino de até 3,5 cm, além de<br />

rara textura traquitóide subvertical, indicando fluxo de<br />

natureza laminar, durante a ascensão do magma.<br />

A alteração hidrotermal atuante na região é principalmente<br />

de natureza propilítica e está associada espacialmente<br />

às intrusões graníticas. A mineralogia secundária,<br />

em ambos os litotipos (Figura 7a), é constituída por mica<br />

branca, epidoto, clorita, minerais opacos e carbonato. Esta<br />

associação mineral substitui fenocristais e minerais da<br />

matriz, sendo mais expressiva nas proximidades dos contatos<br />

com os corpos graníticos. Feições de deformação e<br />

recristalização (Figura 7b) são observadas também nestes<br />

locais, sugerindo origem relacionada às intrusões<br />

graníticas.<br />

Rochas píroclásticas<br />

Os termos piroclásticos são comuns na área de Pitinga,<br />

sendo constituídos dominantemente por ignimbritos, tufos<br />

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