A JAZIDA DE CRIOLITA DA MINA PITINGA (AMAZONAS) - ADIMB
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A Jazida de Criolita da Mina Pitinga (Amazonas)<br />
(a) (b) (c)<br />
Figura 9 – (a) Diagrama de classificação química TAS (Le Maitre et al. 1989). (b) Diagrama de classificação química TAS<br />
para rochas plutônicas (Middlemost 1994); (c) Diagrama de Shand (Maniar & Piccoli 1989). (ol) olivina normativa; (qzo)<br />
quartzo normativo.<br />
O conjunto de amostras, quando plotado no diagrama<br />
TAS, forma trend próximo ao limite observado entre séries<br />
magmáticas subalcalinas e alcalinas. Dados das rochas<br />
intermediárias do Grupo Iricoumé no Escudo das<br />
Guianas (Veiga Jr. et al. 1979; Valério et al. 2005) deverão<br />
ser utilizados em trabalhos posteriores para obter<br />
melhor entendimento da evolução magmática da área.<br />
Os valores de SiO 2<br />
das rochas vulcânicas e graníticas<br />
associados variam de 65,29% a 77,25% e o padrão de<br />
distribuição destes teores em relação aos demais elementos<br />
maiores reflete a diferenciação, conforme ilustrado<br />
nos diagramas de Harker (Figura 10).<br />
As correlações negativas de Al 2<br />
O 3<br />
, TiO 2<br />
, MgO, CaO,<br />
P 2<br />
O 5<br />
, Sr e Ba com o índice de diferenciação são comuns<br />
aos litotipos vulcânicos e granitóides associados. Em ambos<br />
observa-se que os conteúdos de Rb, Nb e a razão<br />
FeO t /(FeO t +MgO) tendem a aumentar com a diferenciação,<br />
além de correlação simpatética entre Sr e CaO. Os<br />
teores de Zr variam de 119,8 ppm a 463,6 ppm e apresentam<br />
padrão disperso em relação ao índice de diferenciação.<br />
Observa-se dispersão dos álcalis com a diferenciação,<br />
fato este que pode estar relacionado a modificações<br />
tardi-magmáticas e a processos de alteração secundária.<br />
A utilização de diagramas multi-elementares<br />
(spidergrams) de alguns HFSE (high field strength<br />
elements) como Y, Zr, Nb, Ta, e de LILE (large ion<br />
lithophile elements) como Rb, Ba e Sr, além de ETR,<br />
permite a comparação do comportamento relativo desses<br />
elementos (Figura 11 e 12).<br />
Os padrões de distribuição de alguns elementos traços,<br />
normalizados pelo padrão condrítico (Thompson et<br />
al. 1982) estão representados nos diagramas multi-elementares<br />
(spidergrams) da figura 11, em que se destaca<br />
o comportamento semelhante entre as rochas vulcânicas<br />
(efusivas e piroclásticas) e os granitos associados. As<br />
anomalias negativas de Ba, Nb, Ta, Sr e Ti podem refletir<br />
o fracionamento de feldspatos e minerais máficos com a<br />
diferenciação magmática. No granito Alto Pitinga não<br />
foram observadas anomalias negativas de P e Ta, sendo<br />
a anomalia de Nb pouco pronunciada.<br />
Os padrões de distribuição de ETR das rochas vulcânicas<br />
e granitos associados, normalizados pelo padrão<br />
condrítico (Haskin et al. 1968), indicam enriquecimento<br />
em ETRL em relação a ETRP, com razão La N<br />
/Yb N<br />
de<br />
6,4 a 12 nos vulcanitos, e de 7,7 a 18,9 nos granitos. A<br />
razão média La N<br />
/Sm N<br />
varia de 2,8 a 5,9 nas vulcânicas e<br />
entre 3,4 e 6,3 nos granitos, enquanto os ETRP apresentam<br />
padrão horizontalizado, representado pela razão média<br />
Gd N<br />
/Yb N<br />
de 1,4 para granitos e vulcânicas.<br />
Anomalias negativas de Eu são observadas em todas<br />
as amostras (Eu/Eu* vulcânicas<br />
: 0,18 – 0,71; Eu/Eu* granitos<br />
:<br />
0,13 – 0,73), sugerindo fracionamento principalmente de<br />
plagioclásio em relação aos demais minerais. Padrão distinto<br />
é observado no granito Alto Pitinga, caracterizado<br />
por enriquecimento de ETRP em relação a ETRL, com<br />
anomalia negativa de Eu.<br />
Os dados geoquímicos permitem estabelecer similaridades<br />
entre as rochas vulcânicas e os granitos associados,<br />
exceção feita ao granito Alto Pitinga, que pode ter<br />
gênese distinta ou ter sofrido modificações geoquímicas<br />
posteriores. O comportamento dos elementos traço das<br />
rochas ignimbríticas não divergem substancialmente das<br />
unidades efusivas, indicando que a elutriação da fração<br />
fina, comum em depósitos de fluxo piroclástico, aparentemente<br />
não influenciou de forma significativa nas composições<br />
dos ignimbritos estudados.<br />
As correlações de negativas de TiO 2<br />
, FeO t , MgO,<br />
Al 2<br />
O 3<br />
, CaO em relação a SiO 2<br />
podem ser explicadas pelo<br />
fracionamento de magnetita, biotita, plagioclásio e feldspato<br />
alcalino durante a evolução do magmatismo Iricoumé<br />
em Pitinga e granitos de mesma afinidade litogeoquímica.<br />
As variações nos teores de álcalis em litotipos com<br />
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