A JAZIDA DE CRIOLITA DA MINA PITINGA (AMAZONAS) - ADIMB
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A Jazida de Criolita da Mina Pitinga (Amazonas)<br />
(a) (b) (c)<br />
(d)<br />
Figura 30 – Imagens MEV da fase sólida de inclusões fluidas<br />
em criolita do depósito criolítico maciço. (a) calcita<br />
no interior de cavidade de IF com sinais de corrosão na<br />
parede; (b) siderita no interior de cavidade de IF, observando-se<br />
a orientação de cavidades de IF e cristais bem<br />
formados de criolita; (c) silvita (s) e halita anédrica (h)<br />
na cavidade de IF; (d) cristal de halita na cavidade de IF.<br />
Figura 31 – Desenho esquemático de fragmento da amostra<br />
FC 17/16A, mostrando a existência de duas gerações de<br />
criolita, sendo a primeira maclada, com IF de alta e baixa<br />
salinidades, e a segunda não maclada, associada a fraturas<br />
com quartzo e zircão, e com IF de baixa salinidade. Nas IF<br />
próximas às fraturas as salinidades são baixas.<br />
perfície da lâmina estudada, resultam de processos de<br />
vazamento. O grau de preenchimento da fase líquida das<br />
IF bifásicas é variável entre 0,7 e 0,9. Nas IF com minerais<br />
de saturação o grau de preenchimento das fases sólidas<br />
é muito irregular, ocorrendo pequenos cristais em<br />
grandes cavidades, assim como grandes cristais em cavidades<br />
comparativamente pequenas, o que sugere o caráter<br />
acidental destes últimos. O sólido mais comum é halita,<br />
acompanhada por até três outros minerais. Foram<br />
tentativamente identificados ao microscópio petrográfico<br />
a anidrita (cristais de hábito prismático) e óxidos (de coloração<br />
ocre avermelhado). Um terceiro mineral forma<br />
cristais anédricos não identificados. Em análises ao MEV<br />
(Figura 30), os minerais identificados nas cavidades de<br />
IF foram, mais freqüentemente, halita (cúbica, Figura 30d,<br />
ou anédrica) e, subordinadamente, silvita, que podem ocorrer<br />
associadas (Figura 30c). Foram também observados,<br />
separadamente, calcita, quartzo, siderita (Figura 30b) e<br />
pirocloro. Mais raramente, se observou cavidades com<br />
sinais de corrosão na parede, contendo calcita como sólido<br />
incluso (Figura 30a).<br />
Nas amostras de criolita caramelo do DCM notou-se<br />
a existência de duas gerações, a primeira maclada, a segunda<br />
não maclada (Figura 31). Criolita maclada é fraturada,<br />
formando faixas escuras nas quais ocorrem zircão<br />
e quartzo, este último com muitas inclusões fluidas. A partir<br />
das fraturas desenvolvem-se “línguas”, como frentes de<br />
recristalização () que destroem as maclas pré-existentes,<br />
criando uma segunda criolita, diferente da primeira<br />
por ser homogênea. As fraturas eventualmente cortam<br />
inclusões fluidas tornando-as escuras, o que caracteriza<br />
vazamento. O processo de recristalização ocorre em nível<br />
microscópico, o que muitas vezes não permite separar<br />
claramente as duas gerações. Finalmente, cabe registrar<br />
a ocorrência de inclusões fluidas monofásicas claras<br />
aparentemente secundárias, muito ramificadas e claramente<br />
associadas e controladas pelas maclas.<br />
Nas amostras de criolita branca os tipos de IF presentes<br />
são os mesmos da criolita caramelo, mas dois tipos de<br />
inclusões parecem ser comparativamente mais abundantes,<br />
as IF escuras provavelmente relacionadas a vaza-<br />
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