A JAZIDA DE CRIOLITA DA MINA PITINGA (AMAZONAS) - ADIMB
A JAZIDA DE CRIOLITA DA MINA PITINGA (AMAZONAS) - ADIMB
A JAZIDA DE CRIOLITA DA MINA PITINGA (AMAZONAS) - ADIMB
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Caracterização de Depósitos Minerais em Distritos Mineiros da Amazônia<br />
é branca e maciça. Ao MEV (Figura 20G) observam-se<br />
cristais (≅1µm) formando agregados arredondados. Análise<br />
ao MEV caracteriza o mineral como fluoreto de ítrio,<br />
contendo significativas quantidades de ETRP (Figura 48).<br />
A atroarita (encontrada por J. Maximino Ferron) ocorre<br />
em vênulas de espessura milimétrica, como cristais<br />
octaédricos incolores (Figura 20H) em associação com<br />
galena. Análise semiquantitativa (MEV) indica tratar-se<br />
de fluoreto no qual o principal cátion é Al (Figura 49). Os<br />
trabalhos em andamento permitirão refinar as estruturas<br />
e definir as composições químicas e as propriedades físicas<br />
destes novos minerais.<br />
X. GEOQUÍMICA ISOTÓPICA<br />
Diversas técnicas isotópicas já foram utilizadas em<br />
estudos no albita granito, como U-Pb em zircão (Fuck et<br />
al. 1993), 207 Pb/ 206 Pb SHRIMP em zircão e 40 Ar/ 39 Ar<br />
em mica (Lenharo 1998), e Sm-Nd (Costi 2000), buscando<br />
estabelecer sua idade e obter indicações de fonte, de<br />
modo que outros caminhos deveriam ser seguidos para<br />
que o projeto trouxesse contribuição nova para a investigação<br />
da evolução metalogenética. Em Pitinga ocorre a<br />
mineralização de criolita, um caso muito raro e somente<br />
estudado em Ivigtut onde, entretanto, não ocorrem Sn e<br />
Nb. Por outro lado, estes dois elementos constituem em<br />
Pitinga o único caso mundial em que formam depósitos<br />
econômicos associados numa mesma rocha peralcalina.<br />
Neste sentido, a possibilidade de existirem eventos<br />
metalogenéticos superpostos era uma das principais indagações.<br />
Outra possibilidade considerada foi a existência<br />
de diferentes fontes para os elementos mineralizados<br />
no albita granito. Petrologicamente, a fonte do albita granito<br />
foi discutida com base em dados isotópicos por<br />
Lenharo (op. cit.) e por Costi (op. cit.), ambos utilizando<br />
a sistemática Sm-Nd. Destes trabalhos resultaram 4 hipóteses,<br />
nenhuma delas capaz de responder às indagações<br />
de cunho metalogenético.<br />
Em conseqüência, o estudo isotópico foi focado nos<br />
minerais de minério e incluiu, adicionalmente ao método<br />
Sm-Nd, o método Pb-Pb visando especialmente a investigação<br />
de fonte. Foram efetuadas separações minerais<br />
de criolita e pirocloro e, complementarmente, de gagarinita,<br />
galena e feldspato, além de amostras de rocha total. As<br />
observações petrográficas de controle então efetuadas<br />
não mostraram, nem poderiam fazê-lo, a perda de Pb de<br />
pirocloro associada à columbitização e as baixíssimas<br />
concentrações de ETR em criolita do DCM. Assim, apenas<br />
uma amostra de pirocloro e uma de criolita forneceram<br />
dados isotópicos. Embora as análises das demais<br />
amostras tenham fornecido informações, os resultados<br />
obtidos são considerados preliminares. Paralelamente foi<br />
efetuado o estudo de isótopos estáveis, utilizando, também,<br />
amostras de separações minerais.<br />
Tabela 15 – Análises isotópicas Sm-Nd.<br />
Média de + 100 razões isotópicas, 1,0 V de intensidade iônica para o 146 Nd e multicoleção com 146 Nd no coletor axial. (*) normalização para o 146 Nd/<br />
144<br />
Nd= 0,7219 e ajustado para o bias usando o Nd SPEX, com valor sugerido de 143 Nd/ 144 Nd= 0,511110 e calibrado contra o Nd La Jolla usando valor<br />
de 143 Nd/ 144 Nd de 0,511856. Erro em ppm γNd (t)<br />
calculados a 1830 Ma. Spike misto RS-1A. Branco Nd