A JAZIDA DE CRIOLITA DA MINA PITINGA (AMAZONAS) - ADIMB
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A Jazida de Criolita da Mina Pitinga (Amazonas)<br />
na evolução, relacionadas à diminuição da atividade de F no fluido<br />
responsável pela columbitização. A distribuição de pirocloro e<br />
columbita mostra que a columbitização foi promovida pelo mesmo<br />
fluido responsável pela formação do DCM ao qual se atribui algumas<br />
das diferenças entre as paragêneses do AGN e AGB.<br />
O estudo de inclusões fluidas em criolita do DCM possibilitou<br />
verificar que as temperaturas de homogeneização variam, em geral,<br />
entre 100ºC e 300ºC, têm forte tendência vertical na Zona Criolítica<br />
Zero (a mais próxima à superfície) correspondendo a resfriamento de<br />
400ºC a 100ºC. As variações refletem alterações nas condições físicoquímicas<br />
do fluido e não processos posteriores. Dois grupos de<br />
salinidade estão presentes, um em torno de 5% peso eq. NaCl (criolita<br />
não maclada e recristalização na criolita maclada) e outro acima de<br />
10% peso eq. NaCl (criolita maclada). Os resultados em criolita são<br />
corroborados pelos resultados obtidos em quartzo e fluorita do DCM<br />
e nos minerais hidrotermais estudados na encaixante, nos quais os<br />
dois grupos de salinidade também são observados. A associação de IF,<br />
com ampla variação de salinidade e TH, e com ausência de CO 2<br />
é<br />
característica de eventos pós-magmáticos. A ausência de CO 2<br />
é atribuída<br />
à ascensão/cristalização do magma ao longo de 3 fases.<br />
O sistema 208 Pb- 207 Pb forneceu a idade de 1.686 Ma +110/-170<br />
Ma e indicou o envolvimento de fontes mantélica, crustal profunda e<br />
crustal rasa. Os valores de µNd na maioria das amostras evidenciam<br />
que o sistema foi fortemente afetado pela riqueza de F no ambiente<br />
hidrotermal. As amostras que forneceram resultados coerentes são<br />
compatíveis com sistemas gerados no manto, com participação<br />
subordinada de crosta continental. Os resultados são corroborados<br />
por estudos de isótopos estáveis. A composição isotópica (δ 18 O, δD)<br />
da água em equilíbrio com a mica da fase pegmatóide na maioria das<br />
amostras é de água magmática; subordinadamente ocorrem valores de<br />
água de formação e de granitos de fusão intracrustal. A composição do<br />
δ 34 S da galena é mantélica. Os valores de δ 18 O em quartzo, albita e<br />
feldspato potássico indicam fonte mantélica com contaminação<br />
crustal.<br />
O caráter polimetálico do depósito é atribuído à participação de<br />
duas fontes distintas: mantélica (F e Nb) e crustal (Sn). Relativamente<br />
à evolução da mineralização de criolita foi possível verificar que esta<br />
se iniciou em estágio magmático (minério disseminado) a partir de<br />
magma excepcionalmente rico em flúor, prosseguiu no estágio<br />
pegmatítico e teve seu ápice no estágio hidrotermal. Neste último,<br />
fluidos hidrotermais salinos residuais do albita granito, previamente<br />
desprovidos de CO 2<br />
, ascendentes de suas partes inferiores, formaram<br />
o DCM e enriqueceram o minério disseminado. Ao longo do processo,<br />
ocorreu abertura do sistema, relacionada a reativação de fraturas. O<br />
sistema hidrotermal passou a ter caráter convectivo, incorporando<br />
fluidos meteóricos re-aquecidos em profundidade, implicando em<br />
diluições parciais do fluido mineralizador até a deposição de criolita<br />
maciça mais tardia.<br />
O principal critério para prospecção de criolita é a associação<br />
com corpos de albita granito, por sua vez associados com as demais<br />
rochas da Suíte Intrusiva Madeira. Depósitos em rochas do Grupo<br />
Iricoumé ou em granitos Mapuera, relacionados a corpo de albita<br />
granito subjacente, também podem ocorrer. Outros critérios<br />
prospectivos são: em escala regional, associação com lineamento de<br />
direção NE-SW; em escala de depósito, associação com estruturas<br />
rúptil de direção N-S, possivelmente identificável como morfoestrutura<br />
em imagens LANDSAT e com forte alteração hidrotermal<br />
associada, possivelmente identificável (mais especialmente em granito<br />
Mapuera) por tratamento de dados orbitais com o apoio de<br />
espectrorradiometria; intersecção de lineamento NE-SW com<br />
estruturas menores N-S representa um sítio muito favorável à formação<br />
do depósito; depósito em granito Mapuera pode ser associado a<br />
brechas de falha, ser constituído por stockworks ou ter morfologia<br />
filoneana; depósito associado a rochas do Grupo Iricoumé pode ter<br />
forte caráter stratabound; a depósito de grande porte pode estar<br />
associada anomalia gravimétrica; depósito aflorante corresponderia a<br />
área de relevo rebaixado; anomalia geoquímica de F nos cursos d’água<br />
que drenam o depósito; aluviões associados com concentrações<br />
anômalas de zircão; rochas encaixantes com padrões de ETR<br />
relativamente planos, enriquecimento relativo em ETRP e<br />
concentrações anômalas em F, Zr e Rb; solo com anomalias destes<br />
mesmos elementos. O granito Alto Pitinga foi identificado como o<br />
mais novo e principal prospecto do distrito mineiro.<br />
ABSTRACT<br />
The Iricoumé Group rocks are predominant in the Pitinga mining<br />
district. The volcanic rocks were dated ca. 1.888 Ma (Pb/Pb). They<br />
comprise effusive and hypabissal rhyolite, felsic pyroclastic deposits,<br />
including welded ignimbrites, co-ignimbritic ash tuffs and surge<br />
deposits. The alternating effusive and pyroclastic activity and the<br />
lack of evidence for a subaquatic volcanic environment indicate the<br />
cyclicity of the explosive-effusive aerial volcanic regime.<br />
Geochemistry of granitic rocks (Simão, Rastro, Bom Futuro Sul, Bom<br />
Futuro Norte and Alto Pitinga granites) and effusive and pyroclastic<br />
units indicates the similarity of all rocks, except for the Alto Pitinga<br />
Granite. The acid rocks have SiO 2<br />
values higher than 66 wt% and high<br />
FeO t<br />
/(FeO t<br />
+ MgO) and middly metaluminous to peraluminous<br />
character. Geochemical patterns of the Iricoumé volcanic rocks and<br />
associated granites show strong depletion in Ba, Nb, Sr and Ti, and<br />
enrichment of LREE relative to HREE with La N<br />
/Yb N<br />
ratio of 8-13.<br />
Negative Eu anomalies are remarkable in all samples. Behavior of<br />
TiO 2<br />
, FeO t<br />
, MgO, Al 2<br />
O 3<br />
, CaO, Ba and Sr against SiO 2<br />
suggests<br />
fractionation of plagioclase + alkali feldspar + mafic minerals during<br />
magmatic evolution. The large volume of effusive and pyroclastic<br />
volcanic rocks and associated epizonal granite bodies (Mapuera<br />
Intrusive Suite) suggest a cauldron complex environment.<br />
The east side of Europa granite (Madeira Intrusive Suite) has two<br />
facies. ZrO 2<br />
, Nb 2<br />
O 5<br />
and Ta 2<br />
O 5<br />
soil anomalies are related with the Naamphibole-pertite<br />
granite facies. What is the other facies<br />
The Madeira granite is constituted of amphibole-biotite<br />
sienogranite, biotite-alkali-feldspar granite, porphyritic hipersolvus<br />
alkali-feldspar granite and albite granite facies, the latter divided in<br />
core albite granite (AGN) and border albite granite (AGB). The ore,<br />
including the polymetalic (Sn, Nb, Ta, and criolite) deposit and its<br />
subproducts (Zr, ETR, Y, Li e U) is restricted to the albite granite.<br />
The different ores occur disseminated in AGN and AGB, with exception<br />
of cryolite that is disseminated (~150Mtons, with 4,2% of Na 3<br />
AlF 6<br />
)<br />
only in AGN, and as a massif deposit (DCM) (10Mtons with 32% of<br />
Na 3<br />
AlF 6<br />
) in the central part of AGN below surface.<br />
The disseminated ore is constituted of magmatic and hydrothermal<br />
cryolite. The DCM has a mushroom-like form, and is formed of<br />
subhorizontal bodies (veins and stockworks) of cryolite that are<br />
concentrated in three cryolite zones. The bodies are constituted of<br />
cryolite (~85% p. vol.) + quartz + zircon + K-feldspar + galena.<br />
Cryolite belongs to three generations: nucleated, brown and white<br />
(late). In the upper part of DCM brown and nucleated cryolite occur,<br />
the latter subordinate. In the middle portion, nucleated and brown<br />
cryolite occur in equal proportions. In the lower part nucleated cryolite<br />
predominates, brown cryolite is of lighter collour and white cryolite<br />
occurs also.<br />
Analyses of Y and REE allows to correlate the cryolite<br />
mineralization with the albite granite that has the highest REE contents<br />
and the lower LREE fractionation, relative enrichment of HREE and<br />
the largest Eu negative anomaly. Magmatic fluorite has REE/Y e LREE/<br />
ETRP ratios ≥ 1 and Y ~1.200 ppm. Compared with fluorite, magmatic<br />
cryolite has lower ΣREE and is richer in HREE and Y relatively to the<br />
LREE. It also has a negative Eu anomaly and Y~ 200ppm.<br />
Hydrothermal and disseminated cryolite is characterized by increase<br />
of LREE/HREE ratio, Y depletion (~20ppm), and negative Eu anomaly<br />
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