A JAZIDA DE CRIOLITA DA MINA PITINGA (AMAZONAS) - ADIMB
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A Jazida de Criolita da Mina Pitinga (Amazonas)<br />
mm, ou forma agregados de cristais com dimensões de<br />
0,15 mm a 2,22 mm. Também ocorre em vênulas que<br />
cortam indistintamente a rocha (Figura 20F). Tem coloração<br />
marrom alaranjado a esverdeado, pleocoísmo médio<br />
a forte, e sua clivagem é destacada por hidróxidos de<br />
ferro. Torita é geralmente opaca, com tamanho de 0,05<br />
mm a 0,37 mm. Ocorre de modo intersticial na matriz,<br />
com auréola reativa em relação aos minerais vizinhos.<br />
Em fissuras radiais a partir da torita ocorrem minerais<br />
opacos.<br />
Depósito criolítico maciço DCM<br />
Características gerais<br />
O DCM é formado por um conjunto de corpos de<br />
criolita maciça que ocorrem desde a cota (+)78 m até a<br />
cota (-)163 m, concentrados em duas zonas principais:<br />
Zona Criolítica A (ZCA), entre as cotas (+)78 m e (-)36<br />
m, e Zona Criolítica B (ZCB), entre as cotas (-)10 m e (-<br />
)163 m (Figura 15). Entre as cotas (+)82 m e (+)55 m<br />
ocorrem corpos esparsos que podem representar uma<br />
terceira zona, quase totalmente erodida, denominada Zona<br />
Criolítica Zero.<br />
Constata-se nos testemunhos (sondagem efetuada<br />
verticalmente e sem coleta de testemunhos orientados)<br />
que os ângulos de contato entre os corpos de criolita e a<br />
encaixante são variados, permitindo supor a presença de<br />
corpos desde horizontais até fortemente inclinados. Entretanto,<br />
as correlações laterais entre os furos sugerem<br />
existir predominantemente corpos sub-horizontais com<br />
contatos irregulares. Neste sentido, observa-se que as<br />
projeções em plano horizontal das duas zonas criolíticas<br />
(Figura 21) não indicam direção preferencial. Mesmo<br />
assim, a presença de veios inclinados e zonas de<br />
stockwork não pode ser descartada, podendo ser muito<br />
significativa. No topo da ZCA, na sua parte central, os<br />
corpos de criolita são horizontais a sub-horizontais. Afastando-se<br />
da zona central, têm mergulhos de 10º a 20º para<br />
os 4 quadrantes, configurando uma forma de cogumelo.<br />
Nas demais porções os corpos são sub-horizontais, com<br />
extensão de até 300 m e possança de até 30 m e têm<br />
maior continuidade lateral na base da ZCA e no topo da<br />
ZCB. A maior concentração de corpos situa-se na parte<br />
mediana da ZCB.<br />
As formas das zonas criolíticas obtidas pelo<br />
modelamento (Figura 22) correspondem à forma que<br />
envelopa o conjunto de corpos constituindo o minério<br />
economicamente explorável. Nos diversos perfis<br />
efetuados, a ZCA é a mais irregular, tanto lateral como<br />
verticalmente. No AGN os teores de Sn, Nb, Ta<br />
decrescem de forma linear com a profundidade. O teor<br />
de corte de Sn, por exemplo, é de 0,1%, situando-se, em<br />
Figura 21 – Projeção do depósito criolítico maciço em superfície<br />
obtida pelo modelamento geológico com software<br />
GEMCOM 4.11, com a localização da malha de sondagem<br />
rotativa.<br />
média, na cota (+)50 m. No entorno do DCM, as curvas<br />
de isoteor de Sn permanecem sub-horizontais (Figura<br />
22B). Entretanto, as curvas de Nb (Figura 22A),<br />
acompanhadas por Ta (Figura 22C), aprofundam-se de<br />
forma muito destacada na região do DCM, onde a curva<br />
de 0,1% de Nb situa-se na cota (-)100 m (porção mediana<br />
da ZCB). No conjunto de perfis, constata-se a existência<br />
de enriquecimentos localizados de Nb e Ta em meio às<br />
zonas criolíticas e uma tendência de maiores<br />
concentrações de Nb em profundidade ocorrerem na parte<br />
NE do DCM. As zonas criolíticas não exercem influência<br />
nas curvas de isoteores de U e Th.<br />
A maior parte da ZCA encontra-se encaixada no AGN.<br />
Na sua parte inferior, ocorrem intercalações do granito<br />
hipersolvus albitizado, na forma de lentes interdigitadas,<br />
com espessuras que variam entre 5 m e 10 m,<br />
acompanhando a base da ZCA e o topo da ZCB. Neste<br />
local, o contato entre o GH e AGN é marcado pela<br />
ocorrência de fenocristais de feldspato alcalino do granito<br />
hipersolvus no AGN, constituindo prováveis relictos do<br />
primeiro no segundo. Observa-se albitização no granito<br />
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