revista motricidade
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6 | A. Santos, C. Valente, R. Batista<br />
O exercício é considerado uma componente<br />
essencial de qualquer programa de redução do<br />
peso (Bjorntorp, 1983; Geliebter, 1982;<br />
Kayman, Bruvold, & Stern 1990; Pavlou &<br />
Steffee, 1989). Está bem documentada a<br />
associação inversa entre a atividade física e o<br />
ganho de peso a longo termo (Fogelholm &<br />
Kukkonen-Harjula, 2001). A busca por uma<br />
melhor qualidade de vida é cada vez mais<br />
procurada pela população, sendo o treino da<br />
força uma atividade que proporciona ao<br />
indivíduo variedade de modo e de intensidades<br />
de treino, e principalmente, exigem sessões<br />
muito demoradas (Santos, Nascimento, &<br />
Liberali, 2008). A força muscular refere-se à<br />
capacidade do sistema neuromuscular se opor<br />
ou vencer uma resistência externa (pesos,<br />
bandas elásticas, peso do próprio peso e<br />
máquinas de treino de força). A<br />
implementação sistemática deste tipo de<br />
exercício é denominada Treino de Força (Mota,<br />
Orsatti1, Costa, & Júnior, 2010). Tem sido<br />
demonstrando que o treino de força se<br />
repercute positivamente no controlo dos níveis<br />
de gordura subcutânea, sendo atualmente uma<br />
das atividades mais populares entre jovens<br />
adultos (Santos et al., 2008).<br />
Está também documentado que o treino de<br />
endurance promove, tal como o treino da força,<br />
benefícios substanciais em fatores relacionados<br />
com a saúde e com a condição física, incluindo<br />
a maioria dos fatores de risco da síndrome<br />
metabólica (Eriksson, Taimela, & Koivisto,<br />
1997; Pollock et al., 2000). Está ainda por<br />
esclarecer o efeito da ordem de aplicação da<br />
componente “endurance” na perda de massa<br />
gorda de adultos jovens pré-obesos do género<br />
feminino. Assim, o nosso objectivo foi<br />
determinar a influência do treino da<br />
componente de resistência em diferentes fases<br />
da sessão de treino. Assim, constituímos dois<br />
grupos experimentais, o GFR que realizou a<br />
componente de endurance na parte final da<br />
sessão e o GRF que realizou a componente de<br />
endurance na parte inicial da sessão. Um<br />
terceiro grupo, com características idênticas,<br />
serviu como grupo de controlo.<br />
MÉTODO<br />
Desenho do estudo<br />
Foram recrutadas trinta e duas raparigas<br />
(21.4 ± 3.97 anos) estudantes universitárias e<br />
distribuídas aleatoriamente por dois grupos<br />
experimentais (treino de 2 sessões/semana<br />
durante 10 semanas) e por um grupo de<br />
controlo.<br />
As sessões de treino estavam estruturadas<br />
de modo a contemplar sempre duas<br />
componentes de treino: força (modo isotónico)<br />
e treino de endurance (aula de grupo précoreografada).<br />
Um grupo treinou a<br />
componente de força em 1º lugar na sessão e a<br />
componente de endurance em segundo lugar<br />
(GFR: n = 11); outro grupo treinou a<br />
componente de endurance em 1º lugar na<br />
sessão e a componente de força em segundo<br />
lugar (GRF: n = 11); um terceiro grupo de<br />
estudante serviu de controlo (GC: n = 10; não<br />
realizou qualquer programa de treino e foi-lhes<br />
solicitado que se abstivessem de participar em<br />
sessões regulares de exercícios de força e<br />
resistência).<br />
As sessões de treino começavam com um<br />
período de 10 minutos dedicados ao<br />
aquecimento (7 minutos com uma intensidade<br />
suficiente para aumentar as frequências<br />
cardíacas e respiratórias, 3 minutos de<br />
alongamentos estáticos e aquecimento<br />
específico para as articulações).<br />
O programa de treino era composto por<br />
lançamentos de peito de bolas suíças (1 kg),<br />
lançamentos de peito de bolas medicinais (1, 3<br />
e 5 kg), subidas para uma plataforma de 30 cm<br />
de altura seguida de descida (em marcha nas<br />
primeiras 5 semanas e em corrida nas segundas<br />
5 semanas, apenas 2 apoios entre plataformas),<br />
aula de grupo de resistência muscular précoreografada<br />
e aula de grupo de endurance précoreografada.<br />
Todos os participantes realizaram, uma<br />
semana antes da 1ª avaliação, duas sessões de<br />
familiarização com os testes usados.<br />
Uma descrição mais detalhada do programa<br />
de treino pode ser consultada na Tabela 1.