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revista motricidade

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54 | R. Mendes, P.M. Silva, V.M. Reis<br />

dias da semana ou, em alternativa, acumular,<br />

no mínimo, 75 minutos de atividade física de<br />

intensidade vigorosa. A atividade física de<br />

intensidade moderada é definida como a que<br />

produz um dispêndio energético entre 3.0 e 5.9<br />

METs e a atividade física vigorosa 6.0 ou mais<br />

METs (Haskell et al., 2007). Podem ser<br />

realizadas combinações de atividades de<br />

intensidade moderada e vigorosa para cumprir<br />

estas recomendações, realizadas de forma<br />

contínua, ou acumulada ao longo do dia em<br />

frações de, pelo menos, 10 minutos, de forma a<br />

despender um total mínimo de 1000 kcal por<br />

semana (Garber et al., 2011).<br />

De acordo com os resultados deste estudo,<br />

a marcha a uma velocidade de 5.8 km/h, parece<br />

ser um exercício aeróbio de intensidade<br />

moderada (5.42 ± .77 METs) e o objetivo de<br />

1000 kcal semanais poderá ser atingido com<br />

apenas 145 minutos acumulados (6.91 ± 1.03<br />

kcal/min). A corrida a uma velocidade de 8.4<br />

km/h parece ser claramente um exercício de<br />

intensidade vigorosa (8.92 ± 1.46 METs) e um<br />

dispêndio energético de 1000 kcal poderá ser<br />

atingido com cerca de 88 minutos semanais<br />

(11.37 ± 1.93 kcal/min). Estes valores estão<br />

muito próximos dos valores recomendados de<br />

150 e 75 minutos de atividade moderada e<br />

vigorosa, respectivamente.<br />

A análise dos resultados revelou também<br />

que a corrida a 8.4 km/h proporciona um<br />

dispêndio energético significativamente<br />

superior à marcha a 5.8 km/h. A corrida<br />

despende mais 4.46 kcal/min do que a marcha,<br />

às referidas velocidades. Quando o objetivo da<br />

prescrição de exercício é o dispêndio de um<br />

volume elevado de energia (como no controlo<br />

de peso) a corrida poderá ser o modo de<br />

exercício mais efectivo, desde que não existam<br />

contra-indicações. Os resultados do presente<br />

estudo estão de acordo com resultados de<br />

outros estudos que analisaram o dispêndio<br />

energético da marcha e da corrida, embora a<br />

diferentes velocidades e em diferentes<br />

populações (Anjos, Wahrlich, Bossan, Salies, &<br />

Silva, 2008; Ford et al., 2010; Greiwe & Kohrt,<br />

2000; Hall, et al., 2004).<br />

CONCLUSÕES<br />

A marcha a 5.8 km/h e a corrida a 8.4 km/h<br />

revelaram-se modos de exercício eficazes para<br />

o cumprimento das recomendações mínimas<br />

de atividade física associadas a benefícios para<br />

a saúde, em jovens adultos do sexo masculino.<br />

A corrida a 8.4 km/h proporcionou um<br />

dispêndio energético significativamente<br />

superior à marcha a 5.8 km/h e pode ser<br />

considerado um modo efetivo de exercício<br />

quando se pretendem despender elevados<br />

volumes de energia, como nos programas de<br />

controlo de peso.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Andersen, L., Anderssen, S., Bachl, N., Banzer, W.,<br />

Brage, S., & Brettschneider, W. (2009).<br />

Orientações da União Europeia para a actividade<br />

física: Politicas recomendadas para a promoção da<br />

saúde e do bem-estar. Lisboa: Instituto do<br />

Desporto de Portugal.<br />

Anjos, L. A., Wahrlich, V., Bossan, F. M., Salies, M.<br />

N., & Silva, P. B. (2008). Energy expenditure of<br />

walking at different intensities in Brazilian<br />

college women. Clinical Nutrition, 27(1), 121-<br />

125. doi: 10.1016/j.clnu.2007.09.007<br />

Bauman, A., Bull, F., Chey, T., Craig, C. L.,<br />

Ainsworth, B. E., & Sallis, J. F. (2009). The<br />

international prevalence study on physical<br />

activity: Results from 20 countries. International<br />

Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity,<br />

6(1). doi: 10.1186/1479-5868-6-21<br />

Donnelly, J. E., Blair, S. N., Jakicic, J. M., Manore,<br />

M. M., Rankin, J. W., & Smith, B. K. (2009).<br />

American College of Sports Medicine position<br />

stand: Appropriate physical activity<br />

intervention strategies for weight loss and<br />

prevention of weight regain for adults. Medicine<br />

& Science in Sports & Exercise, 41(2), 459-471.<br />

doi: 10.1249/MSS.0b013e3181949333<br />

Ford, P., Bailey, R., Coleman, D., Stretch, D.,<br />

Winter, E., & Woolf-May, K. (2010). Energy<br />

expenditure and perceived effort during brisk<br />

walking and running in 8- to 10-year-old<br />

children. Pediatric Exercise Science, 22(4), 569-<br />

580.<br />

Garber, C. E., Blissmer, B., Deschenes, M. R.,<br />

Franklin, B. A., Lamonte, M. J., & Lee, I.-M.<br />

(2011). Quantity and quality of exercise for<br />

developing and maintaining cardiorespiratory,<br />

musculoskeletal, and neuromotor fitness in

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