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Franz Kafka com Felice Bauer, em Budapeste, 1917. - Academia ...

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Antônio Sérgio Mendonça e Leodegário A. de Azevedo Filho<br />

conjunto da obra); 2.°) de Kipling escolheu O Livro de Jângal; 3.°) de Anatole<br />

France destacou Sobre a Pedra Branca; 4.°) já de Émile Zola sobressaiu-se o livro<br />

Fecundidade; 5.°) e <strong>com</strong>o fonte direta de suas reflexões a respeito do t<strong>em</strong>a Sublimação<br />

evidenciou-se a importância do Leonardo da Vinci, de Merejkovski; 6.°)<br />

mas de Gottfried Keller foi escolhido o seu A Gente de Seldwyle. E, dando continuidade<br />

à lista dos “dez bons livros” de seus dez parceiros literários, Freud<br />

destacará, ainda, mais quatro títulos, que são: 7.°) Os Últimos Dias de Hutten, de<br />

Ferdinand Meyer; 8.°) Ensaios, de Macauley; 9.°) Esboços, de Mark Twain; e 10.°)<br />

destacadamente, os Pensadores Gregos, de Gomperz, pois deste texto absorveu <strong>em</strong><br />

sua obra o valor erótico de LOGOS (sintetizador, no nível do pensamento, do<br />

duo EROS/PSIQUÉ) por oposição ao masoquismo de ANANKÉ. Tal concepção<br />

se irá, também, presentificar na obra posterior de Jacques Lacan <strong>com</strong>o<br />

resultante da efetivação do DESEJO na hiância entre EROS (d<strong>em</strong>anda) e<br />

ANANKÉ (necessidade), ou seja, entre a d<strong>em</strong>anda erótica e a necessidade<br />

masoquista, ficando LOGOS (o Saber), dito Gozo do Outro, para ser conjugado<br />

no fértil terreno da infinitude onde, desde o quinhentismo, habitam a<br />

UTOPIA e a SUBLIMAÇÃO.<br />

Porém, dando continuidade ao nosso raciocínio, dir<strong>em</strong>os que, se de qualificação<br />

interpretativa se trata, ir<strong>em</strong>os inscrevê-la não só nos estudos das fontes<br />

conceituais da psicanálise, no caso freudiana, mas também nos horizontes do<br />

que, <strong>em</strong> nome deste autor (Freud), Lacan evoca <strong>com</strong>o sendo os da Psicanálise<br />

Extensiva, cuja matriz freudiana é o mal-estar civilizatório, isto é, trata-se da<br />

intervenção (interpretativa) da Psicanálise na Cultura, e estes aspectos são, nos<br />

dois pensamentos, hiperdeterminados. Assim sendo, trata-se de interpretar a<br />

significação (Deutung), o que quer dizer, <strong>em</strong> termos do Lacan do classicismo, a<br />

necessária simbolização do Imaginário e, <strong>em</strong> favor do próprio dito freudiano,<br />

jamais do “psicanalisar”, isto é, do “delírio interpretativo”, pois este apenas registra<br />

mais uma das impossibilidades apontadas pelo pensador austríaco,<br />

<strong>com</strong>o igualmente o são, a seu juízo, o educar e o governar.<br />

Estabelecida esta pr<strong>em</strong>issa, observar<strong>em</strong>os que o trabalho do Dr. Rouanet<br />

irá reivindicar uma implícita fonte interpretativa na obra desses “amigos”, que,<br />

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