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Questionando um mito - Organização Internacional do Trabalho

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<strong>Questionan<strong>do</strong></strong> <strong>um</strong> <strong>mito</strong>: custos <strong>do</strong> trabalho de homens e mulheres<br />

Igualdade de Oportunidades para as Mulheres, elabora<strong>do</strong>s pelo Serviço<br />

Nacional das Mulheres (Sernam). Tinha como objetivo testar a possibilidade<br />

de <strong>um</strong>a medição direta nas empresas <strong>do</strong>s custos <strong>do</strong> trabalho diferencia<strong>do</strong>s<br />

por sexo e fazer <strong>um</strong>a primeira aproximação da magnitude <strong>do</strong> problema em<br />

questão (Todaro, 1996).<br />

Como antecedente, e parte das condições institucionais para o<br />

desenvolvimento desse estu<strong>do</strong>, assinala-se que, desde 1993, o Instituto<br />

Nacional de Estatísticas (INE) realiza no Chile <strong>um</strong>a Pesquisa de<br />

Remuneração e de Custos de Mão-de-Obra, com <strong>um</strong>a amostra de<br />

aproximadamente 1.600 empresas das diferentes regiões <strong>do</strong> país e que tem<br />

o objetivo de construir <strong>um</strong> índice mensal para analisar a evolução dessas<br />

variáveis. No entanto, essa pesquisa não era aplicada com <strong>um</strong>a desagregação<br />

por sexo 6 . O estu<strong>do</strong> acima menciona<strong>do</strong> aplicou a duas empresas o<br />

questionário da pesquisa, solicitan<strong>do</strong> informações por sexo, e complementou<br />

essas informações com entrevistas em profundidade, na quais também se<br />

indagava sobre as licenças por motivos de saúde, acidentes e maternidade.<br />

Em 1997, esse primeiro estu<strong>do</strong> foi amplia<strong>do</strong> com o objetivo de cobrir <strong>um</strong><br />

maior número de casos e aprofundar a análise. Mesmo que o número de<br />

empresas das quais se pôde obter informação quantitativa confiável só tenha<br />

chega<strong>do</strong> a cinco, o seu tamanho, assim como a gama de setores abarca<strong>do</strong>s,<br />

foi muito relevante para dar projeção a esse tipo de estu<strong>do</strong> (Lerda e Todaro,<br />

1997).<br />

Os resulta<strong>do</strong>s de ambos os estu<strong>do</strong>s evidenciaram, em primeiro lugar, a<br />

dificuldade de obter informação das empresas devi<strong>do</strong>, basicamente, ao fato<br />

de que muitas delas não dispõem <strong>do</strong>s registros estatísticos referentes ao<br />

diversos componentes <strong>do</strong>s custos e remuneração <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res,<br />

desagrega<strong>do</strong>s por categoria profissional e por sexo. Em segun<strong>do</strong> lugar, a<br />

resistência de muitas delas em revelar esse tipo de informação. No entanto,<br />

o fato de, apesar <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is fatores anteriores, ter si<strong>do</strong> possível obter<br />

informações relevantes de alg<strong>um</strong>as empresas demonstra a viabilidade de<br />

6<br />

Em maio de 2000, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), por encomenda <strong>do</strong><br />

Serviço Nacional da Mulher (Sernam), coletou pela primeira vez informação desagregada<br />

por sexo.<br />

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