27.01.2015 Views

Questionando um mito - Organização Internacional do Trabalho

Questionando um mito - Organização Internacional do Trabalho

Questionando um mito - Organização Internacional do Trabalho

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Questionan<strong>do</strong></strong> <strong>um</strong> <strong>mito</strong>: custos <strong>do</strong> trabalho de homens e mulheres<br />

no México, esse item não constitui <strong>um</strong> custo direto para o emprega<strong>do</strong>r, porque<br />

está coberto pela seguridade social, da mesma forma que a assistência médica<br />

durante a gravidez e o parto e o salário-maternidade.<br />

3.3. Direito à lactância<br />

A legislação <strong>do</strong>s cinco países estabelece o direito da mulher de realizar duas<br />

interrupções diárias de meia hora cada <strong>um</strong>a na sua jornada de trabalho para<br />

amamentar seu filho. Estabelece também que esse tempo deve ser<br />

considera<strong>do</strong> como de trabalho e remunera<strong>do</strong> enquanto tal. A duração desse<br />

benefício varia em cada país: até que a criança tenha 6 meses (Brasil e<br />

Uruguai), <strong>um</strong> ano (Argentina) e 2 anos (Chile). No México, como a legislação<br />

não estabelece a duração <strong>do</strong> benefício, nos contratos coletivos em geral<br />

negociam-se perío<strong>do</strong>s de 6 meses a <strong>um</strong> ano. A Convenção 183 da OIT<br />

também estabelece esse direito, por <strong>um</strong> perío<strong>do</strong> a ser defini<strong>do</strong> pela legislação<br />

de cada país.<br />

Da mesma forma que em relação à creche, existem também muitos problemas<br />

para que o direito à lactância seja observa<strong>do</strong>. Na verdade, ele tende a ser<br />

concretiza<strong>do</strong> apenas nos poucos casos em que existe <strong>um</strong>a creche no local de<br />

trabalho, garantin<strong>do</strong> com isso a proximidade física entre a mãe e a criança<br />

durante a jornada de trabalho. Por causa disso, muitas vezes essa disposição<br />

legal é simplesmente ignorada; em outros casos, negocia-se a redução de<br />

<strong>um</strong>a hora no começo ou no fim da jornada de trabalho da mãe que está<br />

amamentan<strong>do</strong>. Em vários países a redução horária é bastante generalizada,<br />

especialmente entre as trabalha<strong>do</strong>ras menos qualificadas.<br />

Durante o processo de revisão da Convenção 103 da OIT (concluí<strong>do</strong> em<br />

junho de 2000), muitos <strong>do</strong>s representantes empresariais e alguns<br />

governamentais propunham a não-inclusão desse direito na nova convenção,<br />

arg<strong>um</strong>entan<strong>do</strong> justamente que isso implicaria <strong>um</strong> custo adicional na<br />

contratação das mulheres e que poderia significar, além de problemas para<br />

as empresas, maiores limitações a suas possibilidades de contratação. No<br />

entanto, a maioria <strong>do</strong>s representantes de governo, <strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res e das agências internacionais especializadas, tais como a<br />

Organização Mundial da Saúde e a UNICEF, defendiam a posição contrária,<br />

usan<strong>do</strong> como arg<strong>um</strong>ento a enorme importância da amamentação para a saúde<br />

36

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!