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Questionando um mito - Organização Internacional do Trabalho

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Custos <strong>do</strong> trabalho e reprodução social em cinco países latino-americanos<br />

identificar a média de dias não-trabalha<strong>do</strong>s pelos homens e pelas mulheres<br />

em <strong>um</strong> perío<strong>do</strong> da<strong>do</strong> de tempo e as principais causas dessas ausências 15 .<br />

No caso <strong>do</strong> Chile, foi aplica<strong>do</strong> <strong>um</strong> questionário a 135 empresas da região<br />

metropolitana de Santiago, que empregavam 45.323 trabalha<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s quais<br />

18.687 (41,2%) eram mulheres. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s indicam que os dias<br />

de licença utiliza<strong>do</strong>s em média pelas mulheres em <strong>um</strong> perío<strong>do</strong> de 12 meses<br />

nas empresas pesquisadas superam significativamente as licenças <strong>do</strong>s<br />

homens: 17 dias anuais, ao passo que no caso <strong>do</strong>s homens a cifra é de cinco<br />

dias. As licenças-maternidade e devi<strong>do</strong> a complicações ligadas à gravidez<br />

representam sete dias desse total de 17. Ainda que o direito esteja previsto<br />

na legislação <strong>do</strong> país, não se registra o uso de licenças por <strong>do</strong>ença <strong>do</strong>s filhos<br />

por parte <strong>do</strong>s homens; no entanto, para as mulheres, esse item equivale a,<br />

em média, <strong>do</strong>is dias não-trabalha<strong>do</strong>s por ano.<br />

Os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s de caso realiza<strong>do</strong>s no Brasil referem-se a oito empresas<br />

<strong>do</strong>s setores metalúrgico e químico (com <strong>um</strong> total de 1.318 trabalha<strong>do</strong>res,<br />

<strong>do</strong>s quais 12% são mulheres). Registra-se <strong>um</strong>a baixa incidência de ausências<br />

e licenças, mas ambas são superiores para os homens, tanto no que se refere<br />

ao número de licenças anuais concedidas em média por trabalha<strong>do</strong>r (0,9 no<br />

caso das mulheres e 1,6 no caso <strong>do</strong>s homens) como no que se refere à sua<br />

duração média (número de dias não-trabalha<strong>do</strong>s) ao ano por trabalha<strong>do</strong>r<br />

(6,2 para as mulheres e 6,5 para os homens).<br />

A principal causa das ausências ao trabalho, tanto para homens como para<br />

mulheres, são os acidentes de trabalho, que correspondem, respectivamente,<br />

a 58% e a 51% <strong>do</strong> total de dias não-trabalha<strong>do</strong>s. No caso das mulheres, a<br />

média de dias não-trabalha<strong>do</strong>s por ano por acidentes de trabalho (3,2) supera<br />

inclusive aqueles não-trabalha<strong>do</strong>s em função da licença-maternidade (2,5,<br />

que correspondem a 40% <strong>do</strong> total de ausências das mulheres).<br />

É muito baixa, nas empresas analisadas, a incidência de outros tipos de<br />

ausência vinculadas ao cuida<strong>do</strong> infantil, inclusive entre as mulheres: 0,08<br />

15<br />

As causas especificadas foram: licença-maternidade/paternidade; enfermidades<br />

ligadas à gravidez; horas não-trabalhadas devi<strong>do</strong> à amamentação/alimentação da criança;<br />

enfermidades próprias; enfermidades de filhos; acidentes de trabalho.<br />

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