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ACTAS DAS I JORNADAS as vias do Algarve da ... - Calçadinha

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supomos ter si<strong>do</strong> uma d<strong>as</strong> mais importantes vi<strong>as</strong><br />

roman<strong>as</strong> <strong>do</strong> território hoje nacional: a via que de<br />

Olisipo leva a Bracara 7 .<br />

E também na dissertação de João Luís <strong>da</strong> Inês<br />

Vaz 8 , <strong>as</strong> vi<strong>as</strong> que de Viseu partiam ocuparam papel<br />

<br />

aí se mantiveram até hoje <strong>do</strong>s mais bonitos e bem<br />

<br />

Evidentemente, <strong>da</strong> Geira nem falo – que outros,<br />

melhor que eu, saberão <strong>da</strong> multiplici<strong>da</strong>de de estu<strong>do</strong>s,<br />

<strong>da</strong> multiplici<strong>da</strong>de de intenções, <strong>do</strong> sem-número de<br />

projectos, de tantos que <strong>as</strong> investigaram, investigam<br />

e investigarão. Não posso deixar de recor<strong>da</strong>r, to<strong>da</strong>via,<br />

a obra Milliarios <strong>do</strong> Conventus Bracaraugustanus<br />

em Portugal <strong>do</strong> sau<strong>do</strong>so Padre Martins Capella<br />

(Porto, 1895), com reedição facsimila<strong>da</strong> em<br />

1987, precisamente o ano em que se celebrou,<br />

em Tarazona, um simpósio sobre La Red Viaria<br />

en la Hispania Romana, cuj<strong>as</strong> act<strong>as</strong> a Institución<br />

«Fernan<strong>do</strong> el Católico», de Zaragoza, viria a editar<br />

em 1990, a mesma instituição que acolherá, <strong>do</strong>is<br />

anos depois, a obra de Joaquín Lostal Pros, Los<br />

Miliarios de la Provincia Tarraconense. Aliás, esse<br />

ano de 1987 parece ter si<strong>do</strong> crucial nesses estu<strong>do</strong>s,<br />

pois então se publica, sob a responsabili<strong>da</strong>de de<br />

G. Ari<strong>as</strong> Bonet, o Repertorio de Caminos de la<br />

Hispania Romana, de 1987, cuja reedição (revista)<br />

foi publica<strong>da</strong> em 2004 – uma prova mais <strong>do</strong> interesse<br />

que esta problemática vem despertan<strong>do</strong>.<br />

<br />

Composto pelo Padre José de Mattos Ferreira,<br />

clerigo <strong>do</strong> Habito de São Pedro e natural <strong>da</strong><br />

Augusta ci<strong>da</strong>de de Braga<br />

M<strong>as</strong> que não vá o Norte sem resposta, pois que<br />

Luís Marinho de Azeve<strong>do</strong>, autor de uma obra sobre<br />

a Fun<strong>da</strong>ção, Antigui<strong>da</strong>des e Grandez<strong>as</strong> <strong>da</strong> Mui<br />

Insigne Ci<strong>da</strong>de de Lisboa e Seus Varões Ilustres em<br />

Santi<strong>da</strong>de, Arm<strong>as</strong> e Letr<strong>as</strong><br />

augustíssima majestade de el-rei D. José I», em 1753<br />

(trata-se <strong>da</strong> 2ª edição de uma obra <strong>do</strong> século XVII),<br />

tem, no livro III, o capítulo XXIV: «D<strong>as</strong> vi<strong>as</strong> militares<br />

que de Lisboa saíam para Méri<strong>da</strong> e Braga, segun<strong>do</strong><br />

o Itinerário <strong>do</strong> Impera<strong>do</strong>r António [sic]». E explicita,<br />

desde logo, que «o principal intento com que est<strong>as</strong><br />

<br />

pretores e lega<strong>do</strong>s pudessem como<strong>da</strong>mente<br />

conduzir os exércitos a seus alojamentos e, por<br />

<br />

estes caminhos com rodeios, para que os sol<strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

march<strong>as</strong>sem à sua vontade e os pretores visit<strong>as</strong>sem<br />

os lugares que governavam, tocan<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s<br />

os principais, ain<strong>da</strong> que estivessem desvia<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

caminho direito» (p. 92).<br />

Regressemos à Geira. Miliários no sítio, miliários<br />

desloca<strong>do</strong>s… um aqui, outro acolá, mais além um<br />

M<strong>as</strong> – voltan<strong>do</strong> um pouco atrás – também a Câmara<br />

de Terr<strong>as</strong> de Bouro não deixara de, em Abril de<br />

1982, <strong>da</strong>r à estampa o curiosíssimo Thesouro de<br />

Braga descuberto no Campo <strong>do</strong> Gerez, em que<br />

se manifestão settenta e quatro padrões que<br />

na estra<strong>da</strong> imperial <strong>da</strong> Geira, e Gerez <strong>da</strong> parte<br />

<br />

descubrirão, obr<strong>as</strong> maravilhos<strong>as</strong> <strong>do</strong>s Empera<strong>do</strong>res<br />

<br />

tirad<strong>as</strong> de notíci<strong>as</strong> e memori<strong>as</strong> cert<strong>as</strong> in<strong>da</strong>gad<strong>as</strong><br />

<br />

Figura 1<br />

Miliários na Geira<br />

7<br />

V<strong>as</strong>co Gil <strong>da</strong> Cruz Soares MANTAS, A Rede Viária Romana <strong>da</strong> Faixa Atlântica entre Lisboa e Braga. Facul<strong>da</strong>de de Letr<strong>as</strong> <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Coimbra,<br />

1996. 2 volumes, policopia<strong>do</strong>s.<br />

8<br />

A Civit<strong>as</strong> de Viseu – Espaço e Socie<strong>da</strong>de¸ Coimbra, 1997 (sobretu<strong>do</strong> p. 371-402).<br />

<strong>ACTAS</strong> <strong>DAS</strong> I JORNA<strong>DAS</strong> 57

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