56 <strong>Logweb</strong> | edição nº<strong>85</strong> | Mar | 2009 |Multimo<strong>da</strong>lMaiores exigências do cliente➧➧➧➧Nível máximo de quali<strong>da</strong>de;Pontuali<strong>da</strong>de;Segurança;Bom atendimento por umpreço o mais razoávelpossível;➧Superação <strong>da</strong>s expectativasatravés de: rastreabili<strong>da</strong>de/visibili<strong>da</strong>de dos processos,antecipação de problemas oufacilitadores, medi<strong>da</strong>s deeficiência/performance emelhorias contínuas;➧➧➧Cumprimento integral dos prazosde entregas contratados;Certificações de quali<strong>da</strong>de e desegurança, no segmento deprodutos químicos;Comprometimento total <strong>da</strong>transportadora;➧➧➧➧➧Profissionalismo;Transparência;Credibili<strong>da</strong>de;Quali<strong>da</strong>de;Preço do frete.Ain<strong>da</strong> em São Paulo:inspeção veicularDesde 1º de outubro de 2008,é obrigatória a inspeção veicularpara caminhões em São Paulo afim de verificar o nível de poluiçãoque ca<strong>da</strong> veículo está emitindo.Para Benatti, <strong>da</strong> NTC&Logística,é um procedimento válidoporque visa a controlar a emissãode poluentes dos veículos.“A frota de caminhões em circulaçãonas ci<strong>da</strong>des e estra<strong>da</strong>s évelha, com tecnologia ultrapassa<strong>da</strong>.O ideal seria ter uma políticade renovação e sucateamento decaminhões, para, enfim, mu<strong>da</strong>r operfil <strong>da</strong> frota com motoresmenos poluentes”, expõe.Concor<strong>da</strong> com ele Cruz, doGrupo Itapemirim. “O governodeve instituir leis que limitem ai<strong>da</strong>de média <strong>da</strong> frota, e as montadorasdevem produzir veículosmenos poluentes.”Apesar de váli<strong>da</strong>, do ponto devista de Ferreira, <strong>da</strong> Rápido 900 edo Setcesp, a inspeção está apresentandoalguns problemas queprecisam ser resolvidos, como adificul<strong>da</strong>de de agen<strong>da</strong>mento, fiscalizaçãoe procedimentos tomadospara a sua realização. Também,segundo ele, há a questãoLobarinhas, <strong>da</strong> Brasiliense:muitas empresas detransporte de médio egrande porte estãoagregando outros serviçosDepentor, <strong>da</strong> Jamef: uma<strong>da</strong>s maiores exigências domercado é a informaçãoprecisa, em tempo recordedos veículos que estão registradosem outras praças, mas que eventualmentecirculam em São Paulo.Outro ponto citado por ele epor Pelucio, também do Setcesp,é que foram deixados de fora <strong>da</strong>inspeção veicular os veículosfabricados antes de 2003, que“geralmente são mais poluentes”,apontam.Lobarinhas, <strong>da</strong> Brasiliense, eDepentor, <strong>da</strong> Jamef, acreditamque a inspeção deve ser feitacom uma metodologia melhor, ouseja, ser uma ação bem estrutura<strong>da</strong>para trazer resultados reais demelhoria <strong>da</strong>s condições de vi<strong>da</strong><strong>da</strong> população e dos trabalhadoresdo setor, e não ficar apenas naação <strong>da</strong> multa.Schneider, <strong>da</strong> Coopercarga,concor<strong>da</strong>. “Sou favorável, desdeque seja eficaz e tenha a dinâmicaque este processo requer erecomen<strong>da</strong>.”Na opinião de Helou, <strong>da</strong>Braspress, <strong>da</strong> forma como estásendo realiza<strong>da</strong>, a inspeçãoconspira contra a própria ci<strong>da</strong>de,pois os próprios transportadoresvão acabar emplacando os veículosem outras ci<strong>da</strong>des ca<strong>da</strong> vezmais. “Além disso, a empresacontrata<strong>da</strong> precisa ter infraestruturapara atender às necessi<strong>da</strong>des<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, o que não ocorrehoje”, declara.TRC X OLSobre a pergunta se ostransportadores estão perdendoespaço para os Operadores Logísticos,as opiniões se divergem.Ferreira, <strong>da</strong> Rápido 900 e doSetcesp, acredita que não. “Emgeral, as grandes empresas detransporte rodoviário de cargaestão ampliando o seu escopo deatuação e passando a atuar comoOperadores Logísticos. É umaevolução natural do mercado”,declara.Também acha que nãoDepentor, <strong>da</strong> Jamef. “Os OLs sãoresponsáveis pela cadeia comoum todo, e os transportadoresrepresentam um braço dela. Umcomplementa o outro.”Segundo Benatti, <strong>da</strong> NTC&Logística, o mo<strong>da</strong>l rodoviáriocontinua sendo o único a fazer oque se chama de porta-a-porta.“Na ver<strong>da</strong>de, ser um OperadorLogístico acabou sendo um novonicho de mercado para algumasempresas ampliarem seusnegócios”, conta.Para Pelucio, do Setcesp,realmente tem sido amplia<strong>da</strong> aparticipação desta ativi<strong>da</strong>de nomercado de transportes, masconsidera que, até o momento, omercado tem absorvido ambas asativi<strong>da</strong>des, “até porque muitosOperadores Logísticos sãotransportadores de cargas”.Na opinião de Lobarinhas, <strong>da</strong>Brasiliense, muitas empresas detransporte de médio e grandeporte estão agregando outrosserviços e planejando se tornarum ver<strong>da</strong>deiro Operador Logístico,principalmente por ser o serviçode transporte o elo de uma cadeialogística integra<strong>da</strong>, o que mais éterceirizado pelas empresas,enquanto armazenagem e movimentaçõesde materiais/estoquesain<strong>da</strong> têm sua execução feitapelas próprias empresas, assimtornando mais fácil a oferta denovos serviços para astransportadoras.Por outro lado, segundo oprofissional, tem-se vistotambém empresas de excelênciaem transporte fazendo aliançascom grandes OperadoresLogísticos. “Assim, acredito que,de uma maneira ou de outra,somente teremos espaço paraempresas que tenham capaci<strong>da</strong>dede investir em infraestrutura,atualização tecnológica e emcapaci<strong>da</strong>de profissional – esteúltimo fun<strong>da</strong>mental para aquelaempresa de transporte quequeira se transformar numOperador Logístico de fato”, diz.Schneider, <strong>da</strong> Coopercarga,não crê que o transportadorperca espaço para os OperadoresLogísticos, mas, sim, que hajauma reconfiguração de modelooperacional, com ca<strong>da</strong> umexercendo sua função. Ou seja,ou o transportador presta serviçodiretamente para o embarcador(indústria) ou presta serviço parao Operador Logístico.Nos casos em que o OL estámontando sua própria transportadorae emitindo seus CTRC, Cruz,do Grupo Itapemirim, acreditaque há per<strong>da</strong> de espaço dotransportador. Caso contrário, não.Ferreira, <strong>da</strong> Rápido 900:as grandes empresas deTRC estão passando aatuar como OperadoresLogísticos
| edição nº<strong>85</strong> | Mar | 2009 | <strong>Logweb</strong>57Helou, <strong>da</strong> Braspress, não crênesta situação, pois, de acordocom ele, quem abastece omercado são os transportadores.“Os Operadores Logísticosacabam mais é fazendo gestãode estoques em warehouse.Somos nós, transportadores, quetransportamos para todos osmunicípios com rastreamento <strong>da</strong>carga, portanto, os ver<strong>da</strong>deirosOperadores Logísticos são os quefazem a distribuição, o resto éativi<strong>da</strong>de imobiliária com freioABS”, avalia.Novas atribuiçõesComo tudo evolui, também omercado de TRC vem tendonovas atribuições. A principal,neste momento de crise, segundoFerreira, <strong>da</strong> Rápido 900, é manteros patamares de tonelagem decarga, conseguir bons valores defrete e, ao mesmo tempo, brigarpara reduzir custos.Na lista de Lobarinhas, <strong>da</strong>Schneider, <strong>da</strong> Coopercarga:transportador precisa seprofissionalizar e fazeruma gestão efetiva dosseus custosBrasiliense, estão: desenvolvernovas capaci<strong>da</strong>des/serviços, criarprocessos e medições de suaperformance e investir em capaci<strong>da</strong>deprofissional e infraestrutura,principalmente tecnológica, “tudoisso com responsabili<strong>da</strong>desocioambiental”, lembra.Para Cruz, do GrupoItapemirim, as novas atribuiçõesestão liga<strong>da</strong>s diretamente àsdeman<strong>da</strong>s de mercado, exigênciaslegais, Tecnologia <strong>da</strong> Informação,equipamentos adequados namovimentação de cargas etreinamento constante depessoas em to<strong>da</strong>s as áreas.Concor<strong>da</strong> Depentor, <strong>da</strong> Jamef.“Uma <strong>da</strong>s maiores exigências domercado é a informação precisa,em tempo recorde.”Schneider, <strong>da</strong> Coopercarga,salienta que o transportadorprecisa se profissionalizar e fazeruma gestão efetiva dos seuscustos. “Ele tem o desafio deviabilizar a sua ativi<strong>da</strong>de dentrode um mercado que é ca<strong>da</strong> vezmais competitivo. O crescimentosustentado numa conjunturamacroeconômica e de perfil demercado é o grande desafio dotransportador rodoviário decargas, que deve ter uma gestãomuito apura<strong>da</strong> e estar atento àcompetitivi<strong>da</strong>de, aos desafios esurpreender os clientes em termosde nível de serviço e atendimento,que é a garantia de espaço naoperação”, expõe. ●NotíciasRápi<strong>da</strong>sEfacec tambémoferece WMSA Efacec do Brasil (Fone: 115591.1999) trabalha com tecnologiaem movimentação demateriais, tendo como principaisprodutos comercializados transelevadores,miniloads, AGVs eseus periféricos (transportadores,etc.). “Para estes componentesse movimentarem, fora a parteelétrica, é necessário umsoftware base do próprioequipamento (HCS), e também aEfacec oferece um software degerenciamento do armazém(WMS). Todos estes próprios”,conta Fernan<strong>da</strong> Sampaio, gerente<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de Automação e Robótica.Ela adianta que a empresaestá em fase de projeção denovos equipamentos de movimentaçãoe separação de materiais.