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IR E VIR - Governo do Estado de São Paulo

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Aspectos teóricos sobre a estrutura organizacional da Câmara Municipal <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>rida<strong>de</strong>s em um sistema em que to<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem prestar contas a um nível hierárquicosuperior, sen<strong>do</strong> que no caso da CMSP o último nível hierárquico é representa<strong>do</strong>pela Mesa Diretora. Essa característica <strong>de</strong>fine os níveis <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> verticalmente,apresentan<strong>do</strong> uma forma piramidal quan<strong>do</strong> da representação gráfica da organização.Será verifica<strong>do</strong> a existência <strong>de</strong>ssas formas piramidais nos organogramas daCMSP nos anos <strong>de</strong> 1948 e 2012, o que comprova o seu caráter burocrático relativoà sua estruturação hierárquica.d. O mo<strong>de</strong>lo burocrático apresenta uma divisão horizontal <strong>do</strong> trabalho, na qual asativida<strong>de</strong>s são distribuídas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os objetivos a serem alcança<strong>do</strong>s, em umprocesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentalização que visa agrupar as diferentes ativida<strong>de</strong>s em áreascom características semelhantes. Na CMSP é clara a divisão em duas vertentes, aadministrativa e a relacionada ao processo legislativo, fato esse constata<strong>do</strong> na estruturaorganizacional <strong>de</strong>finida pela Resolução nº 3 <strong>de</strong> 1948 e que se manteve até 2012.Maximiano (2006) afirma que as relações pessoais que integram as organizaçõesburocráticas são governadas pelos cargos que tais pessoas ocupam e pelos direitose <strong>de</strong>veres investi<strong>do</strong>s nesse cargo. Aquele investi<strong>do</strong> em um cargo que possua autorida<strong>de</strong>tem o seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>limita<strong>do</strong> pela legislação, e a obediência <strong>do</strong>s seus eventuaissubordina<strong>do</strong>s não lhe é <strong>de</strong>vida pessoalmente, mas ao cargo que ocupa. Esses aspectoscaracterizam o caráter impessoal das organizações, em que o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> cada indivíduonão é <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> da sua figura pessoal, como ocorre na li<strong>de</strong>rança carismática, e nemé proveniente <strong>de</strong> um direito familiar ou hereditário, como no po<strong>de</strong>r tradicional, massim da norma cria<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> cargo que institui as atribuições <strong>do</strong> mesmo.O profissionalismo, em uma organização burocrática, se relaciona ao fato <strong>de</strong>que o direito <strong>de</strong> ocupar um cargo nesse tipo <strong>de</strong> sistema social se baseia na qualificaçãoe capacida<strong>de</strong> técnica <strong>do</strong> indivíduo, impedin<strong>do</strong> que motivos parciais e subjetivosinterfiram nesse processo <strong>de</strong> escolha. Esse aspecto é observa<strong>do</strong> na CMSP quan<strong>do</strong> seanalisa o processo <strong>de</strong> formação <strong>do</strong> corpo <strong>de</strong> funcionários estatutários cujo direito àinvestidura no cargo público se <strong>de</strong>u por meio <strong>de</strong> concurso <strong>de</strong> provas e títulos, em queeram mensura<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma objetiva e imparcial a capacida<strong>de</strong> e qualificação técnica<strong>do</strong>s candidatos.Em alguns momentos o profissionalismo e o caráter impessoal acima menciona<strong>do</strong>spo<strong>de</strong>m se sobrepor, conforme aponta Motta (1991, p. 33):Um aspecto essencial através <strong>do</strong> qual se expressa o caráter impessoal das burocraciasrefere-se à forma <strong>de</strong> escolha <strong>do</strong>s funcionários. Nos sistemas não burocráticos,os administra<strong>do</strong>res são escolhi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com critérios eminentementeirracionais. Fatores como linhagem, prestígio social e relações sociais <strong>de</strong>terminarãoa escolha. O novo rei ou o senhor feudal é escolhi<strong>do</strong> porque é filho primogênito<strong>do</strong> último soberano. Na empresa familiar, o filho suce<strong>de</strong> o pai por direitohereditário. Esse mesmo filho, parentes e afilha<strong>do</strong>s são coloca<strong>do</strong>s em postos <strong>de</strong>relevo <strong>de</strong>ntro da empresa, sem serem levadas em consi<strong>de</strong>ração sua competênciae sua habilitação para o cargo.RPP São <strong>Paulo</strong> v.2 n.3 p.98-111 jul./<strong>de</strong>z. 2012 103

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