agronegócio tiveram um aumento <strong>de</strong> 16,3%, o que ain<strong>da</strong> é explicado pelo alto preço alcançadopelas commodities, já que o crescimento <strong>da</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s exporta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> vários produtos foi bemmais discreto, havendo inclusive em alguns casos até redução <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> exporta<strong>da</strong>.Em 2010, os Estados Unidos, a Holan<strong>da</strong> e a Argentina foram os principais mercados para as exportaçõescatarinenses, seguidos pelo Japão e Alemanha. Nos <strong>da</strong>dos acumulados dos primeiros<strong>de</strong>z meses <strong>de</strong> 2011, entretanto, a Argentina já aparece na segun<strong>da</strong> posição, o Japão na terceira, aHolan<strong>da</strong> na quarta e a China substituindo a Alemanha na quinta colocação.As importações catarinenses <strong>de</strong> 2010, por sua vez, aumentaram 61,9% em relação a 2009 e 48,5%em relação a 2008, o que reflete a valorização do Real frente a outras moe<strong>da</strong>s, particularmenteem relação ao Dólar, tornando os produtos importados extremamente atrativos e competitivos nomercado nacional. No agronegócio, os percentuais <strong>de</strong> crescimento <strong>da</strong>s importações são bem maisdiscretos: em 2010, o valor <strong>da</strong>s importações catarinenses <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>sse setor aumentou 13,6%em relação a 2009 e 12,8% em relação a 2008.Em 2011, até outubro, as importações já tiveram elevação <strong>de</strong> 24,9% em relação ao mesmo período<strong>de</strong> 2010. Para os produtos do agronegócio esse percentual chega a 31,8%.A China está se consoli<strong>da</strong>ndo como o principal fornecedor <strong>de</strong> produtos importados para <strong>Santa</strong><strong>Catarina</strong>. Em 2011, os outros principais países dos quais o Estado adquiriu produtos foram: Chile,Argentina, Estados Unidos e Alemanha.Na Parte 2 <strong>de</strong>ste documento constam duas tabelas com informações <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s sobre exportaçõese importações catarinenses atualiza<strong>da</strong>s.Outro <strong>da</strong>do importante e que sinaliza a saú<strong>de</strong> econômica do Estado é sua arreca<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> impostos.No caso específico do ICMS, houve crescimento <strong>de</strong> 21,3% na arreca<strong>da</strong>ção no último ano, sendoque o setor <strong>de</strong> comércio/serviços foi o que mais contribuiu para esse resultado (Tabela 3). Em2010 o Estado pulou para a 6ª posição no ranking nacional em relação ao ICMS per capita (éramoso 8º em 2000), com o valor <strong>de</strong> R$ 1.659,00. A média nacional é <strong>de</strong> R$ 1.362,00.Tabela 3/I. Arreca<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> ICMS, por ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica - <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> - 2006-10(1.000 RS$)Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica 2006 2007 2008 2009 2010<strong>Agricultura</strong> 15.566 15.665 17.546 20.223 24.267Indústria 2.396.487 2.739.586 3.018.342 3.356.998 4.011.055Comércio e serviços 3.704.945 4.009.388 4.695.954 4.949.877 6.066.443Total 6.116.998 6.764.639 7.731.842 8.327.098 10.101.765Fonte: Confaz e Secretarias <strong>de</strong> Fazen<strong>da</strong>, Finanças ou Tributação - IBGE.Síntese <strong>Anual</strong> <strong>da</strong> <strong>Agricultura</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> - 2010-201110
Alho - Concentração <strong>da</strong> produção por microrregiãogeográfica - <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> - Safra 2009(Total = 11.553 t)Desempenho <strong>da</strong>produção vegetalAlhoPARTE IMarco Antônio LuciniEngº Agrº Epagri/Curitibanosmarcolucini@epagri.sc.gov.brProdução e mercado mundialA produção mundial <strong>de</strong> alho no ano <strong>de</strong> 2009, segundo a FAO, Tabela 1, foi <strong>de</strong> 22,28 milhões <strong>de</strong>tonela<strong>da</strong>s, com uma área cultiva<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1.370,6 mil hectares. Dados extra-oficiais dão conta <strong>de</strong> aumentosnas áreas <strong>de</strong> cultivo e produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do alho no mundo, na safra 2010/2011, em especial achinesa. Informações vin<strong>da</strong>s do país asiático indicam que a produção <strong>de</strong> alho na China na safra <strong>de</strong>2010/11 aumentou 20%. Essa não é uma boa notícia para os produtores <strong>de</strong> alho do Brasil, pois oschineses, diante <strong>de</strong> uma supersafra, voltaram a ven<strong>de</strong>r alho barato no mercado internacional, comreflexos imediatos no mercado interno nacional.Existem no mundo quatro gran<strong>de</strong>s centros <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> alho: asiático, europeu, norte-americanoe sul-americano. O centro mais importante é o asiático, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>staca a China como o maiorprodutor, consumidor e exportador mundial <strong>de</strong> alho. Os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> 2009 indicam que o país asiáticoplantou 779,2 mil hectares e colheu 17.96,9 mil tonela<strong>da</strong>s, representando 80% <strong>da</strong> produção mundial.A China exporta 8% do que produz durante os doze meses do ano, utilizando a frigoconservação.No centro europeu, <strong>de</strong>stacam-se a Espanha, tradicional produtor e exportador <strong>de</strong> alho, e a Fe<strong>de</strong>raçãoRussa. Com o domínio do mercado <strong>de</strong> alho pela China nos últimos anos, a Espanha reduziuconsi<strong>de</strong>ravelmente sua produção e exportação. Na safra <strong>de</strong> 2009, cultivou 16 mil hectares e colheu154 mil tonela<strong>da</strong>s, já a Fe<strong>de</strong>ração Russa plantou 27,2 mil hectares e produziu 227,3 mil tonela<strong>da</strong>s.O centro norte-americano produz alho basicamente para os mercados dos Estados Unidos e México.O México exporta uma pequena quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alho todo ano para o Brasil e em 2010 foi <strong>de</strong>apenas 229 tonela<strong>da</strong>s.No centro sul-americano o <strong>de</strong>staque é a Argentina, maior exportador regional <strong>de</strong> alho. Já o Brasil éo segundo maior importador mundial <strong>de</strong>sse bulbo. Na safra <strong>de</strong> 2009, a Argentina cultivou 13.937hectares e colheu 120.391 tonela<strong>da</strong>s, 75% <strong>da</strong>s quais <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s à exportação, tendo no Brasil seumaior comprador.A China domina o mercado mundial do alho, com exportações anuais <strong>de</strong> 150 milhões <strong>de</strong> caixas <strong>de</strong>10 kg, segundo a FAO. Poucos são os países on<strong>de</strong> não se encontra o bulbo asiático, <strong>de</strong> boa aparênciae tamanho, mas <strong>de</strong> pouca pungência. Do total exportado pela China, o Brasil compra 6,5%.Síntese <strong>Anual</strong> <strong>da</strong> <strong>Agricultura</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> - 2010-201111
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