Arrozconsequência, subiu 18% em relação à safra anterior. A produção do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e <strong>de</strong> <strong>Santa</strong><strong>Catarina</strong>, soma<strong>da</strong>, representa 73,5% <strong>da</strong> produção do País, mas alcança apenas 47,5% <strong>da</strong> área. Ocultivo nestes dois estados é feito quase que exclusivamente na forma irriga<strong>da</strong>, pois assim a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>é bem superior à do sequeiro.O aumento na produção do País se refletiu no estoque final (ou estoque <strong>de</strong> passagem), <strong>da</strong> safra2010/11, que aumentou <strong>de</strong> 1.686 mil para 1.819 mil tonela<strong>da</strong>s, segundo o levantamento <strong>de</strong> julho/2011 <strong>da</strong> Conab (Tabela 4). O impacto no estoque final só não foi bem maior porque houve umagran<strong>de</strong> compensação nas estimativas <strong>de</strong> consumo, <strong>de</strong> exportação e <strong>de</strong> importação que, soma<strong>da</strong>s,provocaram uma redução no estoque final em 1.518 mil tonela<strong>da</strong>s. O consumo aumentou <strong>de</strong>12.500 mil para 12.800 mil tonela<strong>da</strong>s, as exportações aumentaram <strong>de</strong> 627 mil para 1.300 mil tonela<strong>da</strong>se as importações diminuíram <strong>de</strong> 1.045 mil para 500 mil tonela<strong>da</strong>s.O preço caiu expressivamente no primeiro semestre <strong>de</strong> 2011. Por ocasião do plantio <strong>da</strong> safra 2010/11, o preço se encontrava acima <strong>de</strong> R$ 26,00 e, em abril/2011, caiu abaixo <strong>de</strong> R$ 20,00. Esta que<strong>da</strong>foi provoca<strong>da</strong> pelo aumento na estimativa do estoque final <strong>da</strong> safra 2009/10, medido em 28 <strong>de</strong>fevereiro <strong>de</strong> 2011, que previa 584,1 mil tonela<strong>da</strong>s no levantamento <strong>da</strong> Conab <strong>de</strong> agosto/2010 e <strong>de</strong>poissubiu para 1.207,8 mil tonela<strong>da</strong>s no levantamento <strong>de</strong> fevereiro/2011.Quanto ao comércio internacional, a maiorparte <strong>da</strong>s importações <strong>de</strong> arroz feitas peloBrasil é proveniente <strong>de</strong> três países doMercosul (Uruguai, Argentina e Paraguai). Háalguns anos, quase a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> nossasimportações é oriun<strong>da</strong> <strong>de</strong>stes países. No fluxoinverso, as exportações do arroz brasileirosão dirigi<strong>da</strong>s, na maior parte (cerca <strong>de</strong> 80%),para a África do Sul, Nigéria, Senegal, Benin,Suíça, Gâmbia e Camarões, pela or<strong>de</strong>m.Produção e mercado estadualTabela 4/I. Arroz em casca - Balanço <strong>da</strong> oferta e <strong>de</strong>man<strong>da</strong> - Brasil -Safras 2005/06 -2010/11(mil t)Discriminação 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11Estoque inicial 3.732 3.070 2.327 1.892 2.108 1.686Produção 11.972 11.421 12.265 12.702 11.661 13.733Importação 828 1.070 590 908 1.045 500Suprimento 16.532 15.570 15.182 15.502 14.813 15.919Consumo 13.000 12.930 12.500 12.500 12.500 12.800Exportação 452 313 790 894 627 1.300Estoque final 3.079 2.327 1.892 2.108 1.686 1.819Fonte: Conab – Julho <strong>de</strong> 2011.O Estado <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> é o segundo maior produtor nacional <strong>de</strong> arroz, ain<strong>da</strong> que com umaárea bem inferior a <strong>de</strong> vários outros estados (Tabela 3). As informações do IBGE relativas ao Estado<strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, para a safra 2010/11 (Tabela 5), são <strong>de</strong> uma área planta<strong>da</strong> <strong>de</strong> 151.100 hectares,produção <strong>de</strong> 984 mil tonela<strong>da</strong>s e rendimento médio <strong>de</strong> 6.513 kg/ha (130 sacos/ha). Praticamentetodo o arroz é irrigado. Cerca <strong>de</strong> um terço <strong>da</strong> área e <strong>da</strong> produção se concentram numaúnica MRG (Microrregião Geográfica), a <strong>de</strong> Araranguá. O sul do Estado (Araranguá, Criciúma e Tubarão)contribui com 61% <strong>da</strong> área e 59% <strong>da</strong> produção.Na última safra (2010/11), a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> foi bastante prejudica<strong>da</strong> em todo o Estado por problemasclimáticos, principalmente a falta <strong>de</strong> insolação, atingindo apenas 6.511 kg/ha, uma que<strong>da</strong> <strong>de</strong>6% em relação à safra anterior.Síntese <strong>Anual</strong> <strong>da</strong> <strong>Agricultura</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> - 2010-201120
ArrozO preço iniciou o ano <strong>de</strong> 2010 acima <strong>de</strong> R$33,00 e terminou um pouco abaixo <strong>de</strong> R$ 27,00.Em abril <strong>de</strong> 2011 já havia caído abaixo dos R$20,00, o preço mais baixo dos últimos 35 anosou mais (Tabela 6). Este nível <strong>de</strong> preço está provocandouma crise sem prece<strong>de</strong>ntes entre osprodutores <strong>de</strong> arroz, sobretudo entre os arren<strong>da</strong>tários,por causa do alto preço pago pelo arren<strong>da</strong>mento(30% <strong>da</strong> produção, em média) etambém por causa <strong>da</strong> alta participação dos custosvariáveis, acima <strong>de</strong> 85% do custo total.Tabela 5/I. Arroz - Área planta<strong>da</strong> e produção por MicrorregiãoGeográfica – <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> - Safras 2006/07 – 2010/11Discriminação 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11Área planta<strong>da</strong> (ha)<strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> 154.812 153.100 148.900 150.473 151.130Joinville 20.512 20.642 20.556 20.552 20.539Rio do Sul 11.824 11.804 10.910 10.913 10.972Blumenau 8.975 8.985 8.812 8.987 8.874Itajaí 10.925 10.490 8.180 8.900 10.290Tijucas 3.015 2.713 2.710 2.713 2.713Florianópolis 3.126 3.120 3.308 3.410 3.410Tubarão 20.690 21.066 21.337 22.057 21.133Criciúma 20.769 20.666 20.726 20.847 20.883Araranguá 50.220 50.130 49.480 49.480 50.092Outras MRG (1) 4.756 3.484 2.881 2.614 2.224Produção (mil t)<strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> 1.038 1.018 1.034 1.042 984Joinville 140 149 149 151 147Rio do Sul 97 61 82 91 64Blumenau 74 66 55 66 69Itajaí 74 72 55 62 74Tijucas 21 19 19 20 21Florianópolis 17 15 17 19 19Tubarão 144 133 151 156 129Criciúma 148 150 152 135 132Araranguá 313 344 347 334 319Outras MRG (1) 11 8 8 8 7(1)São as outras 11 MRG com área menor que 1.000 ha.Fonte: IBGE.Quanto à viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica <strong>da</strong> cultura,quando analisa<strong>da</strong> por um período maior, constata-seque o maior preço <strong>da</strong>s últimas três safrasocorreu em outubro <strong>de</strong> 2008, atingindo R$38,20 e o menor em maio <strong>de</strong> 2011, que chegoua R$ 19,18. Na média <strong>de</strong>ste período, o preçofoi <strong>de</strong> R$ 29,60. Todos os preços foram corrigidospara abril/2011. Pelo lado do custo, segundo<strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Epagri/<strong>Cepa</strong>, o <strong>da</strong> safra 2010/11foi <strong>de</strong> R$ 30,80 por saco, consi<strong>de</strong>rando-se a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>média dos últimos três anos (Tabela5 e Figura 1), que foi <strong>de</strong> 135,8 sacos por hectare.Portanto, para os produtores com produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> 135,8 sc/ha (ou acima), consi<strong>de</strong>rando-se o preço médio do período, que foi <strong>de</strong> R$ 29,60,a cultura não foi economicamente viável nas últimas três safras, embora tenha faltado pouco. Bastariaatingir a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 145 sc/ha, para ela ser economicamente viável.Tabela 6/I. Arroz - Preços pagos ao produtor (corrigidos para abr./2011) - <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> -2000-11Mês/ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011Jan. 35,44 28,96 39,89 40,34 53,92 35,05 24,34 27,43 26,19 35,67 33,37 23,51Fev. 33,08 28,24 30,46 38,09 49,64 31,34 23,80 25,11 27,00 35,71 32,20 20,90Mar. 28,95 26,59 29,31 40,56 46,21 29,34 23,78 25,80 27,51 34,02 31,14 20,60Abr. 27,75 26,34 29,25 40,05 46,31 28,77 23,32 28,49 31,12 33,01 30,40 19,85Maio 26,57 27,69 29,61 47,19 46,86 25,30 21,99 27,23 38,22 31,30 30,40 19,18Jun. 26,50 30,73 30,21 47,77 44,97 25,45 24,10 27,16 37,39 29,38 29,66Jul. 27,92 31,46 31,29 47,86 42,98 25,52 25,92 27,06 36,11 29,66 28,82Ago. 27,30 31,57 33,09 47,56 38,25 25,34 25,97 26,68 36,34 30,55 28,43Set. 27,11 33,47 35,15 47,07 41,32 23,69 25,84 27,58 36,44 30,55 27,99Out. 26,52 37,33 38,33 46,87 39,65 22,89 26,80 27,43 38,18 30,69 27,63Nov. 26,14 37,24 42,36 46,64 39,59 23,60 29,52 26,87 36,98 30,25 27,07Dez. 26,68 37,17 41,62 48,00 39,28 24,84 30,17 26,12 36,23 29,58 26,83Fonte: Epagri/<strong>Cepa</strong> com base no IGP-DI <strong>da</strong> FGV.[R$/saca 50 kg]Síntese <strong>Anual</strong> <strong>da</strong> <strong>Agricultura</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> - 2010-201121
- Page 1 and 2: Síntese Anual da Agriculturade San
- Page 3 and 4: ApresentaçãoEsta é a 32ª ediç
- Page 5 and 6: SumárioParte IUma breve análise d
- Page 7 and 8: Uma breve análise da agropecuária
- Page 9 and 10: Tabela 2/I. Quantidade, preço, val
- Page 11 and 12: Alho - Concentração da produção
- Page 13 and 14: AlhoOs países com maior área colh
- Page 15 and 16: cessários na safra de 2011/12. Rec
- Page 17 and 18: AlhoPara a safra de 2011/12, que es
- Page 19: ArrozEmbora seja o segundo cereal m
- Page 23 and 24: 01Banana - Concentração da produ
- Page 25 and 26: BananaSafra nacional 2010A safra na
- Page 27 and 28: Bananacontribuiu para que a produç
- Page 29 and 30: BananaO mercado estadual mantém um
- Page 31 and 32: CebolaNa última década a produç
- Page 33 and 34: CebolaO comportamento dos preços m
- Page 35 and 36: FeijãoNesta safra (2010/11) deve h
- Page 37 and 38: FeijãoTabela 5/I. Feijão - Área,
- Page 39 and 40: FeijãoCom relação ao balanço de
- Page 41 and 42: FumoTabela 2/I. Fumo - Principais p
- Page 43 and 44: FumoTabela 7/I. Fumo - Área, produ
- Page 45 and 46: Fumoços para a região como um tod
- Page 47 and 48: Maçã - Concentração da produç
- Page 49 and 50: MaçãDurante a safra ocorreram alg
- Page 51 and 52: MaçãTendo em vista as dificuldade
- Page 53 and 54: Produção agrícola - Mandioca por
- Page 55 and 56: MandiocaDurante a fase de desenvolv
- Page 57 and 58: MandiocaEm 2010, a venda catarinens
- Page 59 and 60: MilhoTabela 2/I. Milho - Principais
- Page 61 and 62: MilhoComo, no caso da soja e das ca
- Page 63 and 64: MilhoTabela 13/I. Milho - Área, pr
- Page 65 and 66: SojaO balanço de oferta e demanda
- Page 67 and 68: Sojapara depois comprar de outros e
- Page 69 and 70: Sojae seu preço mais alto em maio
- Page 71 and 72:
TomateNa América do Sul, o Brasil
- Page 73 and 74:
TomateO rendimento médio das lavou
- Page 75 and 76:
TomateÁguas Mornas com uma área d
- Page 77 and 78:
TrigoA China é o maior consumidor
- Page 79 and 80:
TrigoA maior concentração de cult
- Page 81 and 82:
TrigoNa safra 2010/11, as principai
- Page 83 and 84:
017,3%11,2%0203050459,4%09061114080
- Page 85 and 86:
Uva e vinhoTabela 2/I. Uva - Produ
- Page 87 and 88:
Uva e vinhoo vinho arraigado em sua
- Page 89 and 90:
Flores e plantasornamentaisGilberto
- Page 91 and 92:
Flores e plantasornamentaistos do a
- Page 93 and 94:
Perspectivas para as ornamentaisFlo
- Page 95 and 96:
HortifrutigranjeirosOs dados analis
- Page 97 and 98:
CalendárioAgrícolaProdutoAlhoArro
- Page 99 and 100:
Kong (terceiro importador) tem abas
- Page 101 and 102:
Carne bovinaTabela 7/I. Carne bovin
- Page 103 and 104:
Efetivo de frango por microrregiõe
- Page 105 and 106:
Carne de frangopara 7,5%; e Hong Ko
- Page 107 and 108:
Carne de frangoTabela 11 /I. Carne
- Page 109 and 110:
Efetivo de Suíno por microrregião
- Page 111 and 112:
Carne suínaTabela 4/I. Produção
- Page 113 and 114:
Carne suínaTabela 9/I. Carne suín
- Page 115 and 116:
Carne suínateceu recentemente em m
- Page 117 and 118:
Produção de origem animal - Leite
- Page 119 and 120:
Leitereal, que reduziu a competitiv
- Page 121 and 122:
Leitegrande parte provocada pela so
- Page 123 and 124:
LeiteCom a produção de leite dest
- Page 125 and 126:
Desempenho dapesca e daaquiculturaA
- Page 127 and 128:
Desempenho dapesca e daaquiculturaA
- Page 129 and 130:
Maricultura 5IntroduçãoDesempenho
- Page 131 and 132:
Desempenho dapesca e daaquiculturaO
- Page 133 and 134:
Desempenho dapesca e daaquiculturaE
- Page 135 and 136:
Desempenho dosetor florestalção p
- Page 137 and 138:
Desempenho dosetor florestalcomo im
- Page 139 and 140:
Desempenho dosetor florestalProduç
- Page 141 and 142:
Desempenho dosetor florestalFonte:
- Page 143 and 144:
Desempenho dosetor florestalEm 2010
- Page 145 and 146:
Desempenho dosetor florestalvendas
- Page 147 and 148:
Desempenho dosetor florestalProduç
- Page 149 and 150:
Desempenho dosetor florestalLenhaCa
- Page 151 and 152:
Desempenho dosetor florestalTabela
- Page 153 and 154:
Crédito ruralTabajara MarcondesEng
- Page 155 and 156:
Crédito ruralTabela 5/I. Pronaf -
- Page 157 and 158:
CréditofundiárioTabela 2/I. Evolu
- Page 159 and 160:
Divisão do territóriocatarinense
- Page 161 and 162:
Divisão do territóriocatarinense
- Page 163 and 164:
Divisão do territóriocatarinense
- Page 165 and 166:
Informações econômicasda agropec
- Page 167 and 168:
Informações econômicasda agropec
- Page 169:
Preços AgrícolasTabela 8/II. Pre
- Page 172 and 173:
Anexo IConceitosConsumo aparente de
- Page 174 and 175:
Lista de figuras- Parte IDesempenho
- Page 176 and 177:
Lista de tabelas- Parte ILista de t
- Page 178 and 179:
Lista de tabelas- Parte I7. Valor,
- Page 180 and 181:
Lista de tabelas- Parte ILeite1. Pr
- Page 182 and 183:
Índice remissivoAgricultura famili
- Page 184:
Síntese Anual da Agricultura de Sa