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o estágio supervisionado no curso de licenciatura em ciências ...

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10433IntroduçãoAo longo do século XX a lógica da estruturação dos <strong>curso</strong>s <strong>de</strong> Licenciatura estavafundamentada na concepção epist<strong>em</strong>ológica da racionalida<strong>de</strong> técnica, <strong>de</strong> acordo com a qual ateoria é colocada <strong>de</strong> um lado e a prática <strong>de</strong> outro, configurando-se uma relação <strong>de</strong>subordinação das disciplinas pedagógicas – consi<strong>de</strong>radas as disciplinas práticas, <strong>em</strong><strong>de</strong>trimento das teóricas – consi<strong>de</strong>radas as disciplinas científicas. Esse formato que ficouconhecido como 3 + 1, significando os três a<strong>no</strong>s iniciais do <strong>curso</strong> que correspondiam aformação teórica e 1 a<strong>no</strong>, final, <strong>de</strong> prática, representado pelas disciplinas pedagógicas,incluindo o Estágio Supervisionado.Esse mo<strong>de</strong>lo, 3 + 1, foi bastante discutido e criticado <strong>no</strong> final do século XX por váriosestudiosos da área, como Pérez Gomes (1992, p.98), que <strong>de</strong>screve essa visão curriculardicotômica da seguinte maneira:Os currículos são <strong>no</strong>rmativos, com a seqüência <strong>de</strong> conhecimentos dos princípioscientíficos relevantes, seguidos da aplicação <strong>de</strong>stes princípios e <strong>de</strong> um practicum,cujo objetivo é aplicar na prática cotidiana os princípios da ciência estudada. Dentroda racionalida<strong>de</strong> técnica o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências profissionais <strong>de</strong>vecolocar-se, portanto após o conhecimento científico básico e aplicado, pois não épossível apren<strong>de</strong>r competências e capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação antes do conhecimentoaplicável.Piconez (1998) corrobora o posicionamento <strong>de</strong> Pérez Gomes ao consi<strong>de</strong>rar aconcepção, t<strong>em</strong>poral e funcional, que configura a disciplina Estágio Supervisionado <strong>no</strong>scurrículos dos <strong>curso</strong>s <strong>de</strong> <strong>licenciatura</strong> como: uma disciplina <strong>de</strong> compl<strong>em</strong>entação, ou seja, a serrealizada <strong>no</strong> final do <strong>curso</strong> com a função <strong>de</strong> oportunizar que o licenciando colocasse <strong>em</strong>prática o que foi aprendido anteriormente, ou seja, para “compl<strong>em</strong>entar” a sua formação.Os reflexos <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>bates rebateram na elaboração da <strong>no</strong>va Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Basesda Educação Brasileira - LDB 9394/96, que aten<strong>de</strong>ndo aos anseios dos sujeitos envolvidos <strong>no</strong>processo <strong>de</strong> pesquisa e formação <strong>de</strong> professores, propõe <strong>no</strong>vas diretrizes para o EstágioSupervisionado, concebendo-o como componente curricular articulado e orientado pelosprincípios da relação teoria e prática, e caracterizado pela relação entre as especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>discussão dos aspectos básicos dos conteúdos específicos (<strong>de</strong> cada <strong>curso</strong>: Biologia, Química,Física, etc.) e das teorias da aprendizag<strong>em</strong> aplicadas <strong>em</strong> forma <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>, pesquisa e extensão.

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