11.07.2015 Views

VI. As artes e as confluências interculturais ou, destarte, a diferença ...

VI. As artes e as confluências interculturais ou, destarte, a diferença ...

VI. As artes e as confluências interculturais ou, destarte, a diferença ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>VI</strong> AS ARTES E AS CONFLUÊNCIAS INTERCULTURAIS...ainda, Arthur DANTO, The Philosophical Disenfranchisement of Art, ed. cit., pp. 233ss. Vide n.seguinte e n. 106.94Não se trata apen<strong>as</strong> do fim da distinção simbólica, m<strong>as</strong> da estruturação de um âmbito público(cf. Jürgen HABERMAS, Struktur der Öffentlichkeit, Frankfurt-a.-M., Suhrkamp V., 1962 ereed., pp. 151ss.; e ID., Erkenntnis und Interesse, Frankfurt-a.-M., Suhrkamp V., 1968) em quepossa ter lugar a «banalização» (vide ainda a reflexão de Lucien JERPHAGNON, De la banalité,Paris, Vrin, 1965…) e sua «transfiguração» artística: cf. Marc JIMENEZ, La querelle de l’art contemporain,Paris, Gallimard, 2005, pp. 200ss.: «Le banal transfiguré».95Algum<strong>as</strong> dest<strong>as</strong> perspectiv<strong>as</strong> esboçad<strong>as</strong> em Luc FERRY, Homo aestheticus, Paris, Gr<strong>as</strong>sey,1990, reed.; Le Sens du Beau – Aux origines de la culture contemporaine, Paris, Livre de Poche,2005, pp. 231ss., sobre a influência dos novos quadros científicos (também de «ficção»…)sobre <strong>as</strong> <strong>artes</strong>, em especial, pela repercussão do neo- e hiper-individualismo pós-moderno. Videainda Jean-Claude CHIROLLET, Esthétique et technoscience – P<strong>ou</strong>r la culture techno-esthétique,ed. cit., pp. 109ss., sobretudo no que se refere às nov<strong>as</strong> possibilidades do info-design, da «artenumérica», etc.96São alternativ<strong>as</strong> não apen<strong>as</strong> de sensibilidade, no que se pudesse constituir como uma históriados sentidos e da emoção (cf. Suzanne LANGER, Mind: an Essay on Human Feeling, Bal -ti more/Londres, John Hopkins Pr., 1970, 2 vols., vide vol. I, pp. 73ss.: «The Import ofArt»…), m<strong>as</strong> de uma diversa consciência dessa mesma «estética», tal se vislumbra já em RudolfARNHEIM, Visual Thinking, Berkeley/Los Angeles/Londres, Univ. of Califórnia Pr., 1969, pp.254ss.: «Art and Th<strong>ou</strong>ght», <strong>ou</strong> n<strong>as</strong> perspectiv<strong>as</strong> semiótic<strong>as</strong> de Gérard GENETTE, Mimologiques.Voyage en Cratylie, Paris, Seuil, 1976, pp. 93ss.: «Peinture et dérivation».97O curioso na postura de uma hermenêutica ainda pós- (pós-moderna, pós-industrial, atépós-cultural…) será a perda de uma referenciação identitária estável (nem sequer historicamentevalidável), dada uma geral nomadização de conceitos (cf. Isabelle STENGERS [dir.], D’unescience à l’autre. Des concepts nomades, Paris, Seuil, 1987) e a constituição de sucessiv<strong>as</strong> redespossíveis de que a «realidade» da cultura nacional não será senão um resíduo <strong>as</strong>sim «ficcionado».Cf. Jean-François BAYART, L’illusion identitaire, ed. cit., pp. 183ss.: «La matérialisationde l’imaginaire politique». Daí o valor do imaginário d<strong>as</strong> cultur<strong>as</strong> nacionais e até o específicopapel d<strong>as</strong> <strong>artes</strong> na construção (<strong>ou</strong> não) de tal imaginário, <strong>as</strong>sim «utópico». Cf., por exemplo:Teresa Santa-Clara GOMES, «Utopia e Sociedade», in Yvette CENTENO (coord.), Utopia, Mitose Form<strong>as</strong> (Act<strong>as</strong> do Colóquio – 1990), Lisboa, ed. Fund. Cal<strong>ou</strong>ste Gul benkian/Acarte, 1993,pp. 473ss.98Cf. Ana Paula Ribeiro TAVARES, «A Poesia Angolana – Tradição e Ruptura», in MariaBeatriz ROCHA-TRINDADE (coord.), Interculturalismo e cidadania em espaços lusófonos (Arrá-bida, 1996), Mem Martins, Europa-América, 1998, pp. 147-165, vide p. 148. Cf. tam bémAlfredo MARGARIDO, Estudos sobre Literatur<strong>as</strong> d<strong>as</strong> Nações African<strong>as</strong> de Língua Portuguesa,Lisboa, Regra do Jogo, 1980.99Cf. infra, n. 128. Cf. referênci<strong>as</strong> em António QUADROS, A Ideia de Portugal na LiteraturaPor tuguesa dos Últimos Cem Anos, Lisboa, Fundação Lusíada, 1989.100É este contexto de mutação dos quadros mentais da «representação» da realidade quetornam a questão da cultura, e da sua abordagem por via da confluência d<strong>as</strong> <strong>artes</strong>, mais complexae pluridimensional também. Cada uma d<strong>as</strong> «localizações» da manifestação estética266

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!